Presídio 16H40mMaraisa Pereira
E uma noite eu senti os raios solares ficarem em minha pele esperei o máximo que pude daquele cheiro.
Pode parecer estranho, mas aquele momento foi o único que eu me senti
um pouco mais Viva Por mais que ainda estivesse presa aqui.
Eu não havia conseguido dormir esta noite, era minha primeira vez dormindo aqui e eu nem sequer pregar os olhos pesadelo me tomavam ao fechar os olhos.Maiara e eu estava com medo daquele lugar onde estava ao meu lado deitada na grama de olhos fechados.
Provavelmente o único momento do dia que temos contato com o céu eo sol e ar de verdade.-É sempre assim? - perguntei observando as várias mulheres espalhadas pelo pátio.
Maiara franziu a testa me encarando.-Os grupinhos?
Assenti e ela se sentou na grama ficando ao meu lado e batendo suas mãos uma na outra provavelmente tirando as gramas. -Todo mundo aqui tem uma simpatia por alguém em maior, mas quer uma dica?
Fique longe do grupo da Larissa ferreira murmurou indicando com o olhar para um mulher do outro lado do pátio.Ela estava sentada em um das arquibancadas que tinha ali com uma mulher sentada em suas pernas e gesticulava com as mãos falando algo que todas ao seu redor prestavam atenção.
-Ela é tipo a malvada daqui
Ela furou o olho de uma da parceira de cela dela ano passado com um canivete, foi horrível, lembro como se fosse hoje que eu acordei atordoada com os gritos de dor da coitada
-Como ela conseguiu um canivete aqui? - perguntei incrédula.
Maiara riu negando com a cabeça.
-Algumas policiais aceitam grana das detentas em troca de favores, por exemplo a Hanna amiga da Lari pagou para uma das guardas para fazer parte da turma das cozinha, e as detentas que trabalham lá são as tipo presas "santas" e lá ela arrumou um canivete pra chefia.-falou fazendo aspas com dois dedos
-Mas voltando a falar da Lari, ela namora com aquela morena ali . Olhei para a morena mais a frente sentada no colo de Lari e como se ela soubesse do que estávamos falando virou o rosto para a Ferreira agarrando o cabelos de sua nuca chupando o seu lábio inferior enquanto Larissa passava descaradamente a mão sobre a intimidade da morena por cima da calça,
-Nossal - desviei o olhar com repulsa
-Eu não tenho nada contra a opção sexual das pessoas, mas essas duas conseguem ser nojentas.
Maiara riu ao meu lado prendendo seus longos cabelos em um coque cruzando os braços em seguida.
-Como você veio parar aqui, Maraisa? Traguei em seco ao escutar as palavras da mesma.
-Fui acusada de matar meus pais suspirei escondendo meu rosto em minhas mãos.
- Você... os matou?
-Não, armaram para mim! Pode ser que você não acredite em mim,mas...
- Ei, ei. - riu fraco levantando as mãos em rendição me interrompendo.
Eu acredito em você, só de olhar pra sua cara já da pra perceber que você não tem coragem de se quer matar uma mosca.
Sorri de lado me sentindo um pouco melhor de saber que pelo menos mais uma pessoa acreditava na minha inocência. Mas eu continuava presa ali.
- E você?
-Eu o que? - riu fraco abraçando seu próprio corpo devido a temperatura baixa que fazia.
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CELA 23 -MALILA
AçãoSua cabeça estava baixa enquanto o juiz decretava a sua sentença. Seu olhar brilhava de inocência, suas mãos tremiam em seu colo enquanto pagava por um crime não que cometeu. Um delegado preso aos encantos de uma presidiária. Um homem com seus valor...