cap 8

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Presidio Of Alcatraz-14h52min.

Point Of View- Marilia Mendonça.

Eu dava passos rápidos entre todos os policiais que caminhavam para fora do prédio.
As coisas haviam se agravado em um nível que nos não estávamos conseguindo controlar.

Os presos haviam invadido o departamento de segurança tendo acesso a todas as câmeras do presidio e chaves.
Todos os policiais estavam indo para fora do prédio e de lá iríamos monitorar tudo, eu não dava ouvido para todas as pessoas que passavam para o lado de fora tentando me convencer a sair logo dali.

Maraisa estava lá dentro,Sozinha.
Eu não iria deixar que nenhum daqueles homens conseguisse chegar perto dela, eles ainda não haviam chegado a parte das celas femininas, e eu lutava contra o tempo correndo igual um louco por aqueles corredores para conseguir chegar a tempo de acontecer alguma coisa.

Os corredores estavam praticamente vazios pois todos estavam do lado de fora do presídio.

Deixei que minha respiração saísse aliviada ao parar em frente ao portão que dava acesso as celas femininos vazios, o abri rapidamente correndo para dentro, estava um tremendo silêncio, o que me fez sentir uma raiva consumir em meu corpo ao imaginar que já pudessem ter a pego.

Assim que pensei nisso caminhei em passos rápidos até a cela 23.
Catel entre o molho de chaves que eu havia pego, já que o sistema de computação automática havia sido desligado e logo já estava em frente as grades da cela de Maraisa.

Ver seu corpo de costas para mim me causou um alivio fora do comum por notar que ela estava bem, que nenhum filho da puta havia conseguido tocar nela.

Assim que comecei a abrir sua cela, Maraisa se virou para mim e arregalou os olhos surpresa ao me ver.

-O-o que... O que A senhora ta fazendo aqui? -Perguntou intrigada enquanto se aproximava de mim.

-Não me diga que você agora vai dar um de guarda e me levar ao pátio,por que...

-Você vai ficar aí de ironia? Por que se você quiser eu te tranco aqui de novo e deixo você ser estuprada por oitenta homens.

- O QUE?

-Anda logo!

Maraisa parecia confusa, mas não exitou em me acompanhar entre o corredor em passos rápidos.
Assim que chegamos até o portão escutei algumas risadas masculinas e de súbito segurei na mão de Maraisa a deixando atrás de mim.

- Ora, ora...

Falou um homem alto e barrigudo com um ferro na mão e senti Maraisa apertar minha mão com medo.

-Se não temos aqui, nosso querida delegada e uma pequena presa!

O homem moreno ao seu lado riu alto olhando para as pernas de Maraisa mordendo os lábios.
Rapidamente colei seu corpo nas minhas costas entrelaçando nossos dedos.

-Diga o que vocês querem pra nos deixar passar! - falei rude.

O quê? - riu negando com a cabeça - Nos não vamos deixar a senhora passar, mas quem sabe...
O homem barrigudo de blusa suja de suor falou em seguida olhando para Maraisa atrás de mim com um sorriso malicioso,

-Nos dê a menininha e deixamos você sair ileso, delegada! -falou o homem ao seu lado.

Soltei as mãos de Maraisa dando alguns passos em direção aos homens.

-Marilia? - Maraisa choramingou - Por favor, não me deixa com esse homens, por favor.

Marilia?-o porco a minha frente falou divertido

-Quer dizer que a ninfetinha já ta Nessa intimidade toda com a senhora?Tomara que ela saiba pagar um bom boquete por que eu vou fazê-la...

Antes que ele terminasse meu punho acertou seu queixo com força o fazendo cair para trás.

O moreno caminhou até mim levantando o ferro em sua mão pronto pra acertar minhas costas, mas segurei em seu braço e com o outro soquei sua barriga consecutiva vezes o fazendo cair gemendo de dor.

Puxei seu braço o fazendo ficar de bruços e entortei o máximo que pude o fazendo gritar de dor, arranquei o ferro de sua mão acertando sua cabeça com força o fazendo apagar.

Um grito fez com que eu me virasse subitamente vendo o homem com a boca toda ensanguentada com um dos braços envoltas do pescoço de Maraisa e um canivete em seu pescoço.

-Calma...- murmurei erguendo meus braços para cima e jogando o ferro no chão

-Não a machuque, diga o que você quer e eu vou dar um jeito de te dar.

Maraisa chorava contendo seus soluços, seus olhos inundados por lágrimas me imploravam ajuda e me senti uma filha da mãe inútil por vê-la daquela forma.

-Você acha que eu sou burro delegada? -riu com escárnio.

-Você acha que eu vou cair nesse papo de que você vai me dar o que eu quero caso eu deixar sua princesa em paz? Tira o cavalo da chuva, quem sabe matando essa coisa linda -murmurou

Encostando o nariz no maxilar de Maraisa a fazendo fechar os olhos com nojo.

Fechei minhas mãos em punho tentando não me precipitar e esmurrar aquele merda toda.
Mas ele ainda tinha Maraisa como refém.

tentando fazê-lo mudar de idéia.

-Vamos lá, não a machuque. O que isso vai te trazer de bom?-falei

-Ver a sua cara enquanto mato essa bonequinha! - riu de maneira psicopata

-Não é feio pra você grande Mendonça? Uma delegada do presídio mais importante dos Estados Unidos e chefe do departamento de investigação do FBI de quatro por uma detenta, ao ponto de arriscar a própria vida? Você sabe que daqui a pouco os outros presos vão chegar aqui e aí.... riu passando a lingua sobre o lábio coberto de sangue.

-Vocês duas vão ser servidas como almoço para nós.

Meus olhos se desviaram para Maraisa que permanecia com os olhos fortemente fechados só que dessa vez ela permitia que seus soluços saissem sem pudor. Observei a mão do homem que segurava o canivete agora abaixada e antes que eu mesmo pudesse raciocinar puxei o braço de Maraisa a tirando dos braços daquele homem e chutei sua canela o fazendo cair de joelhos e comecei a esmurrar seu maxilar, metendo o joelho em seu nariz em seguida o empurrando no chão tão ensanguentado quanto o homem caído no chão.

-Vamos sair daqui!

Peguei na mão de Maraisa que parecia paralisada com tudo aquilo, mas logo começou a correr um pouco atrás de mim com nossos dedos entrelaçados em direção ao meu escritório.

Eu escutava o barulho de passos ritmados e soltei o ar com força de maneira aliviada ao notar que aquilo era o batalhão de choque para poder conter os presos.

Após alguns minutos correndo entre os corredores e logo abri a porta do meu escritório dando espaço para Maraisa entrar.
Assim que ela adentrou no mesmo, fechei a porta atrás de mim com o pé caminhando até ela calmamente.

- Maraisa?!

Ela não me respondeu, mas pelos movimentos de seus ombros pude ter certeza que ela chorava.

- Maraisa?!

-Eu não... Eu não aguento mais!

























Vocês estão merecendo mais um ....
Até o próximo da noite!!

CELA 23 -MALILAOnde histórias criam vida. Descubra agora