cap 6

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Marilia tirou o algodão da minha boca o jogando em um lixo próximo e cruzou os braços em frente ao peito me encarando com a testa franzida.

-Eu sou uma delegada, pequena Maraisa!
Eu não poderia deixar que você morresse nas mãos de uma das detentas, isso me prejudicaria.

Assenti com a cabeça lentamente de maneira irônica.

-Então tudo isso de estar cuidando do soco que eu levei, de me impedir de ser espancada por uma lésbica louca é tudo pra manter uma boa postura?

- E pelo que mais seria?-riu irônica.

Bufel irritada a empurrado da minha frente e descendo da maca, assim que dei meu primeiro passo em direção a porta da enfermaria para chamar alguma guarda pra me levar para cela senti uma mão agarrar meu braço me puxando para trás fazendo com que meu corpo batesse com o dela novamente.

O que eu disse sobre manter o respeito, pirralha? O que eu disse?

Sua mão apertava meu braço colado em seu peito me mantendo próxima demais a ela, e eu a encarava sem reação devido a tamanha proximidade.

- Anda garota, diz, o que foi que eu te disse? Eu não sou seus parceiros ou um amigo pra você me tratar assim, então quando for pra se dirigir a mim se dirija com a porra do respeito!
Seus olhos encaravam os meus raivosos e eu apenas a fitava sem reação sentindo um arrepio estranho no meu corpo junto a um nervosismo e um frio na boca do estómago.

Marilia folgou o aperto em meu braço ainda sem soltá-lo, entreabrindo seus lábios e me encarando tão intensamente quanto antes.Porém dessa vez não havia raiva.

Desviei meus olhos dos seus quando um choque de realidade me invadiu e soltei meu braço de sua mão devagar fitando o chão.

-Eu já posso ir para minha cela? -murmurei.

A delegada soltou o ar pelo nariz e sem me responder caminhou para fora do cómodo e após alguns segundos voltou com uma guarda que me lançou um olhar confuso ao ver meus trajes.

- A leve no vestiário para ela por uma roupa, tive que a trazer assim mesmo e depois a leve para cela.

-Sim senhora! - assentiu a mulher algemando minhas mãos.

Senti meu corpo começar a ser puxado para fora da enfermaria e não tive coragem para levantar meu olhar e encarar A senhora Marilia, e assim que sai daquela sala soitei o ar que até então não notei que prendia.

Eu só precisava respirar ar puro, descansar e esquecer o que havia acontecido na enfermaria.

   
Presidio Of Alcatraz - 15h35min

- Pereira?

    Point Of View -MARAISA PEREIRA

Virei meu rosto encarando o policial na porta da minha cela e me levantei rapidamente da minha cama caminhando até ele

- Visita para você! Abram a cela 23.

A voz grossa e rouca falou em tom alto e logo um trava foi acionada e a grade da cela começou a abrir automaticamente.
Sua mão que estava antes em minha cintura folgou e me virou em sua direção, e novamente eu não conseguia encara-lo nos olhos.
Eu olhava para sua blusa social com dois botões abertos, ela estava diferente naquele dia.
Sua mão puxou os meus pulsos para cima causando uma queimação por onde seus dedos tocavam e logo Marilia tirava minhas algemas.

Assim que a mesma soltou meu pulso a mão de Marilia que o segurava não a soltou.
Encarei seu rosto com a testa franzida e ela não me olhava. Delegava Mendonça olhava para sua mão em volta do meu pulso, e no segundo seguinte senti seu polegar acariciar minha pele sutilmente de maneira delicada. Deixei que um suspiro escapasse de meus lábios, como se em um simples toque dela pudesse me consolar. Meu comportamento pudesse estar sendo dessa forma apenas pelo fato dela ter me visto com os trajes que ela viu ontem, ou... ou nada, era apenas vergonha, por isso eu estava assim.

Seus dedos acariciavam meus pulsos em seguida guiando-os até a palma da minha mão.
Sua palma pousou sobre as costas da minha mão e senti minha respiração se tornar sem ritmo assim que levantel meu olhar e os olhos da delegada Mendonça fitavam nossas mãos subiu novamente até os meus.
Seus olhos se prenderam nos meus e assim passou por alguns segundos. Eu o olhava intrigada tentando entender o por que de ela estar me olhando daquela forma tão...intensa.

Mas tão rápido quanto começou acabou, Marilia desviou seus olhos rapidamente dos meus soltando sua mão da minha de maneira bruta.

- Entre na cela, a guarda vai vir pra te levar para o pátio.

Abaixei meu olhar de subito me sentindo uma tola. Aquela Mulher era estúpida e ignorante, ela jamais me tocaria com outras... meu Deus por que eu estou pensando nisso.

Entrei na minha cela e logo a mesma foi fechada, me recusei a me virar novamente para Marilia.
Apenas escutei seus passos se afastando e soltei um suspiro negando com a abeça tentando fazer com que o formigamento no meu corpo passasse.


























É  eita atrás de eita né Pereira? Kkkkk
Não esqueçam da minha estrelinha e embevecido posto mais ...

CELA 23 -MALILAOnde histórias criam vida. Descubra agora