Maraisa pereira Point Of View.
FLASHBACK ON.
Mansão dos Pereiras -2h47min PM.
- Filha?
Levantei minha cabeça e sorri de lado para o minha mãe, a mesma suspirou adentrando ao quarto pondo um pano que antes ocupava suas mãos em cima da minha cama.
Franzi a testa observando sua feição cansada, mas não estava como todos os dias longos de trabalho... Havia algo a mais a encomendando.
- Será que a gente podia conversar um pouco?
Assenti fechando o livro e o pondo ao meu lado na cama.
- Pode dizer!
- Eu só queria pedir desculpas.
Ri fraco confusa.
- Desculpa de que, mãe?
- Maraisa, você sabe que você é a filha que qualquer pai pediria a Deus, não sabe?
- Mãe... O que a senho...
- Me desculpe por não ser a mãe que você merecia que eu fosse, por que eu não posso deixar que o que vai acontecer aconteça, mas... - suspirou fechando os olhos com força - É algo que nem eu mesma posso impedir, por que eu estou envolvida e nos duas, somos grandes vítimas disso tudo.
Eu queria poder lhe pegar e nos podermos fugir disso tudo agora mesmo, mas eles...
- Algum problema, Almira? - meu pai surgiu de repente da porta do meu quarto e vi minha mãe arregalar os olhos e engolir a seco.
- Não! Nenhum.
-Há bom. disse estreitando os olhos.
Okay, mas o que estava acontecendo aqui?
- Tudo bem, pequena? meu pai perguntou sorrindo e sorri de lado ainda confusa com todo o papo da minha mãe e me levantei caminhando até ele e o abraçando.
- Só um pouco confuso, o que a mamãe quis...
- Esqueça o que sua mãe dissel - disse me soltando - Ela só está com aqueles papos dela de insegurança.
- Mas ela disse algo do tipo "eles", eles quem pai? perguntei querendo respostas, por que sempre tinham que esconder as coisas de mim?
- Esqueça, Maraisa disse bruto.- Volte a estudar!
Assenti fitando o chão e suspirei assim que a porta se fechou.
FLASHBACK OFF.
Presidio Of Alcatraz.- 09h23min AM.
Minhas pernas tremiam tanto que eu imagina que se talvez aquele monte de guarda não estivesse me segurando eu já teria caído no chão, minhas mãos estavam suando e meus pulsos estavam fortemente presos pelas algemas.
- Foi bom te conhecer, Pereira!
- É ruim que eu não vou poder aproveitar dessa sua boquinhal
- A gente se vê no inferno, patricinha!
- Vai com Deus, garota!
As presas gritavam diversas coisas e eu apenas me sujeitava a tentar de alguma forma não escutar.Comecei com passos lentos a descer a escada de ferro, meus tornozelos estavam presos e uma corrente o ligava até a algema em minhas mãos para que eu não fugisse.
Mas por que eu iria fugir? Eu ia ter aquilo que eu tanto desejei quando vi o corpo dos meus pais caídos no chão sem vida, quando eu acordei e aqueles policiais disseram que meus pais tinham falecidos e que eu havia os matado.
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CELA 23 -MALILA
ActionSua cabeça estava baixa enquanto o juiz decretava a sua sentença. Seu olhar brilhava de inocência, suas mãos tremiam em seu colo enquanto pagava por um crime não que cometeu. Um delegado preso aos encantos de uma presidiária. Um homem com seus valor...