cap28

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Maraisa pereira Point Of View.

FLASHBACK ON.

Mansão dos Pereiras -2h47min PM.

- Filha?

Levantei minha cabeça e sorri de lado para o minha mãe, a mesma suspirou adentrando ao quarto pondo um pano que antes ocupava suas mãos em cima da minha cama.

Franzi a testa observando sua feição cansada, mas não estava como todos os dias longos de trabalho... Havia algo a mais a encomendando.

- Será que a gente podia conversar um pouco?

Assenti fechando o livro e o pondo ao meu lado na cama.

- Pode dizer!

- Eu só queria pedir desculpas.

Ri fraco confusa.

- Desculpa de que, mãe?

- Maraisa, você sabe que você é a filha que qualquer pai pediria a Deus, não sabe?

- Mãe... O que a senho...

- Me desculpe por não ser a mãe que você merecia que eu fosse, por que eu não posso deixar que o que vai acontecer aconteça, mas... - suspirou fechando os olhos com força - É algo que nem eu mesma posso impedir, por que eu estou envolvida e nos duas, somos grandes vítimas disso tudo.

Eu queria poder lhe pegar e nos podermos fugir disso tudo agora mesmo, mas eles...

- Algum problema, Almira? - meu pai surgiu de repente da porta do meu quarto e vi minha mãe arregalar os olhos e engolir a seco.

- Não! Nenhum.

-Há bom. disse estreitando os olhos.

Okay, mas o que estava acontecendo aqui?

- Tudo bem, pequena? meu pai perguntou sorrindo e sorri de lado ainda confusa com todo o papo da minha mãe e me levantei caminhando até ele e o abraçando.

- Só um pouco confuso, o que a mamãe quis...

- Esqueça o que sua mãe dissel - disse me soltando - Ela só está com aqueles papos dela de insegurança.

- Mas ela disse algo do tipo "eles", eles quem pai? perguntei querendo respostas, por que sempre tinham que esconder as coisas de mim?

- Esqueça, Maraisa disse bruto.- Volte a estudar!

Assenti fitando o chão e suspirei assim que a porta se fechou.

FLASHBACK OFF.

Presidio Of Alcatraz.- 09h23min AM.

Minhas pernas tremiam tanto que eu imagina que se talvez aquele monte de guarda não estivesse me segurando eu já teria caído no chão, minhas mãos estavam suando e meus pulsos estavam fortemente presos pelas algemas.

- Foi bom te conhecer, Pereira!

- É ruim que eu não vou poder aproveitar dessa sua boquinhal

- A gente se vê no inferno, patricinha!

- Vai com Deus, garota!

As presas gritavam diversas coisas e eu apenas me sujeitava a tentar de alguma forma não escutar.Comecei com passos lentos a descer a escada de ferro, meus tornozelos estavam presos e uma corrente o ligava até a algema em minhas mãos para que eu não fugisse.

Mas por que eu iria fugir? Eu ia ter aquilo que eu tanto desejei quando vi o corpo dos meus pais caídos no chão sem vida, quando eu acordei e aqueles policiais disseram que meus pais tinham falecidos e que eu havia os matado.

CELA 23 -MALILAOnde histórias criam vida. Descubra agora