Capítulo 4

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Bom dia amoras! Vamos pra mais um kypitulo? !

Capítulo 4

Capítulo 4

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(Júlia)

— Respeite a casa de Deus. — As mãos tocaram o crucifixo em ouro reluzente, como se Ragnar fosse o próprio demônio. E talvez ele fosse mesmo. Feroz, sanguinário e impiedoso.

— Casa de Deus? — Perguntou descrente dando alguns passos para mais perto do padre.

— Jesus Cristo nosso senhor, o único Deus. Recua e segue teu caminho.

— Jesus? — Ele desdenhou esse eu não conheço. — Arrancou o crucifixo do pescoço do padre com um puxão violento. — Por que não me mostra onde está o ouro?

O padre começou a rezar, uma prece fervorosa, as mãos tremendo unidas diante do titã.

— Aquele é o seu Deus? — Desdenhou de Cristo pregado a cruz, no alto bem no meio do altar.

— Por isso vocês são vermes fracos. — Ironizou.

Ragnar não tinha um apresso pela vida humana. Ele tirou a vida do padre com um único golpe abrindo um talho gigante em sua garganta. Sufoquei um grito de horror quando vi o pobre senhor que recém me acolheu agonizar por breves segundos desabado ao chão. Os olhos arregalados de horror.

Ele olhou para mim e se aproximou. Tomou o cálice de minha mão e deu uma cheirada antes de beber.

— A bebida é boa. Fraca,mas boa.

Como ele poderia falar de vinho quando acabara de assassinar uma pessoa a sangue frio? Não consegui dizer absolutamente nada. Ele me devolveu o cálice vazio.

— Use esse cobertor para carregar todo ouro e prata que encontrar. — Ordenou.

Eu estava em pânico , aterrorizada. Algo metálico caiu não muito longe de nós e o som retumbou pela igreja vazia. O olhar de rapina de Ragnar seguiu o som, e assim que viu o menino tentar-se esconder debaixo da mesa que ficava sobre o altar, já empunhou seu machado e seguiu para o ataque pronto para fazer sua próxima vítima.

Quantos homens ele havia matado somente hoje? A ideia de vê-lo fulminar um golpe violento assim como fizera com o padre me fez reagir. Corri até ele e me pus entre os dois.

— RAGNAR! POR FAVOR! — Coloquei minhas mãos contra seu peito suplicando por alguma misericórdia. — Ele é apenas uma criança. — Defendi o menino que deveria ter por volta dos quinze , dezesseis anos.

O gigante loiro direcionou os olhos a mim. O azul claríssimo ainda mais destacado pelo risco preto que fora feito ao redor dos olhos.

O machado já estava no ar, pronto para descer sem dó no garoto.

— Por favor, por favor por favor... — Supliquei baixinho e recostei a testa em seu peito. — Não aguento ver mais nenhuma morte

— Ouro e prata. — Disse num tom rude e autoritário.

Escorpião - Degustação História Ficou Completa Até 16/02/2023Onde histórias criam vida. Descubra agora