Capítulo 7

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Bom dia gurias! Como foi o final de semana de vocês? Aqui foi comilança e netflix Agora eu tô tipo esse gato da foto kkkkk

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Capítulo 7

(Júlia)

Acordei com o corpo de Ragnar ardendo em febre. Saí de seu peito e passei a mão por sua testa. Ele murmurava palavras desconexas em uma língua que nunca ouvi antes. Estava delirando. Me levantei e saí da cabana. Já havia amanhecido, o sol brilhava tímido, sem força o suficiente para derreter a neve.

Andei em direção a floresta sem saber muito bem o que procurar. Os cavalos ainda estavam amarrados no mesmo lugar, era um milagre que não tivessem morrido de frio. Andava olhando para o chão, conscientemente eu não sabia o que precisava, mas se eu procurasse mais um pouco perto. Agachei-me perto do tronco de uma das árvores. A flor amarela em meio a uma folhagem verde chamou minha atenção. Cercada por espinhos eu tive cuidado quando a colhi.

"Cardo Santo" Me veio o nome em um lampejo como uma memória adormecida. O que foi bem estranho pois nunca fui do tipo que cultiva os próprios temperos e cuida de um belo jardim.

Voltei para dentro do casebre e tratei de alimentar um pouco mais a chama da lareira afim de evitar que o fogo se extinguisse. Coloquei alguns dos galhos que Ragnar havia trazido no dia anterior e comecei o preparo do chá. Da mesma forma que fiz antes, derreti um pouco da neve e preparei uma infusão com as flores recém colhidas.

Eu nem sabia se aquilo daria certo. Eu era quase formada em história, não botânica ou biologia e o mais próximo que eu tomava de chás eram os chás gelados comprados em garrafinha adoçados e com um leve sabor de limão. Não reconhecia a mim mesma preparando tudo, era como se eu estivesse guiada por uma lembrança antiga demais para ser lembrada, uma memória apagada pelo tempo, trazida a tona apenas pela necessidade.

O preparto foi demorado, e fazer como que ele tomasse foi ainda mais difícil. Vez ou outra ele acordava delirando raivoso, selvagem.

— Quer me envenenar Lisavetta? Ainda não me perdoa pelo que fiz?

— O que? — Não sabia se ele estava falando comigo ou sonhando. — Sente um pouco — tentei fazer com que se erguesse para não derramar o chá. Talvez ele estivesse falando das palmadas que me deu na bunda. Será que era isso. — Bebe um pouco, isso vai baixar a sua febre. — Pelo menos eu acho, pensei.

Ele bebeu um pouco do chá.

— Não posso mudar o que eu sou.

— Não fala agora. — Pedi — Apenas tente beber mais um pouco.

— Tinhamos um acordo Lisavetta.

— A dona Lisavetta fugiu sem pagar alguma dívida? — Aproveitei o delírio dele para talvez descobrir um pouco mais.

— Você fugiu. Eu quase não a reconheci quando a encontrei de novo naquele castelo.

Ele não estava falando coisa com coisa. Agora Ragnar me olhava como se eu fosse a mulher que ele tanto procurava.

Escorpião - Degustação História Ficou Completa Até 16/02/2023Onde histórias criam vida. Descubra agora