𝐒𝐀𝐋𝐕𝐀𝐓𝐈𝐎𝐍 - 𝐭𝐡𝐞 𝐰𝐚𝐥𝐤𝐢𝐧𝐠 𝐝𝐞𝐚𝐝 ¹

؂ 𝐂𝐇𝐀𝐏𝐓𝐄𝐑 𝐒𝐄𝐕𝐄𝐍: 𝐩𝐚𝐧𝐢𝐜 𝐫𝐨𝐨𝐦 - 𝐩𝐚𝐫𝐭 𝐨𝐧𝐞

𝐂𝐀𝐏𝐈́𝐓𝐔𝐋𝐎 𝐒𝐄𝐓𝐄

[ 𝐬𝐚𝐥𝐚 𝐝𝐨 𝐩𝐚̂𝐧𝐢𝐜𝐨 - 𝐩𝐚𝐫𝐭𝐞 𝐮𝐦]

A RAIVA nos leva a fazer coisas que nunca imaginamos fazer. Era mais uma coisa comum e inevitável do ser humano. Carl Grimes estava passando por esse momento até que, quando deu por si, já estava em hilltop e depois embarcando no caminhão dos salvadores sem ter ideia de seu distino, apenas com a raiva percorrendo em suas veias junto a ansiedade por vingança.

Após deixar Jesus para trás, o Grimes pegou uma das arma de dentro de algumas daquelas caixas e se ajeitou atrás delas, tentando ao máximo se esconder. Não precisava de ajuda. Poderia fazer aquilo por conta própria e também, não poderia deixa-lo correr esse perigo. Ninguém mais tinha que morrer.

— Aquela maldita horda ocupou metade do nosso tempo! — Carl ouviu uma voz dizer, era feminina e conhecida, também conseguiu ver nitidamente por uma daquelas janelinhas, uma cabeleira loira. — Já deveríamos ter chegado!

Era ela. Cassie. A filha de Negan, e talvez, uma da pessoas mais complicadas que ele já conheceu. Aquele dia na enfermaria ele não conseguiu entender o porque de todo aquele show e depois a falsa encenação dela na frente de seu pai. Ele realmente não conseguia entende-la. Ela era complicada, imprevisível e irritante. Muito irritante.

Bom, quer dizer, ela os ajudou deixando aquela caixa de remédios, ajudou Judith pela confissão de Enid ao dizer que a mesma mandou levar sua irmã para longe dos salvadores quando foram até sua casa, e também, ajudou a própria contra aquele maldito salvador. Ela realmente os ajudou, mas mesmo assim, ele ainda não poderia confiar nela. Não depois de tudo.

— Estamos chegando! — ouviu ela dizer, levando sua curiosidade ao olhar na janelinha novamente.

Carl levou um susto ao ver no retrovisor seus olhos azuis diretos na janela. O Grimes abaixou rapidamente, desejando aos céus que ela não tenha o visto. O mesmo esperou alguns minutos. Esperando alguma reação da mesma, mas pode, finalmente, respirar com tranquilidade ao ter certeza que a salvadora não o viu.