2

2K 291 296
                                    

Estávamos os três sentados na área externa do colégio, Robin e Finn estavam imersos em um mundo só deles, tendo uma conversa que não tive interesse de ouvir sobre o que se tratava, passei os olhos pelo local, quando meus olha o encontraram, rodeado de um grupo de pessoas, todos conversavam, mas ele não, seus olhos estavam fixos em mim, como um imã,não seja estúpido,  caras como ele nunca olhariam para mim, eu não sou o bastante para ele. Talvez só tenha algo na minha roupa ou meu cabelo está esquisito. Tenho vontade de ir até o banheiro e olhar minha aparência no espelho, em qualquer outra situação eu faria isso, mas agora eu não consigo, os meus olhos não conseguem deixar os dele sinto meu rosto ficando vermelho, saio desse estupor momentâneo quando Blake aperta meu braço, e Robin também me encara com uma expressão confusa.

- Hey, eu estou te chamando a um bom tempo, o que aconteceu?

- Nada, eu só me distrai, o que você tinha me perguntado?

Ele rapidamente olha na direção que eu estava olhando, tentando saber o motivo do meu deslize.

-Serio , Bruce? Tem mil garotos melhores que ele. O cara não consegue passar uma semana sem arrumar confusão. E já foi detido pela Polícia duas vezes.

- O seu namoradinho também não consegue passar mais de uma semana sem brigar, e você não me vê esfregando na sua cara que ele é uma má influência.

- Hey,eu tô bem aqui!- a voz de Robin soa realmente indignada.

- Nós sabemos.- Finn e eu dizemos em uníssono. Vendo o mexicano revirar os olhos e murmurar algo sobre não ter moral com a gente. O que não deixa de ser verdade, o garoto mal e confuseiro não existia conosco, ele parecia mais um cachorrinho de Finn, que até agora não sabia o tamanho do poder que tem nas mãos,na algo me diz que quando ele descobrir, o Arellano vai ser totalmente amarrado a ele, como um cachorro de raça fica preso a uma daquelas madames.

(...)

Estávamos quase no fim do dia, era  a penúltima aula, eu não conseguia gravar nada que o professor de física falava, era como se a voz dele não conseguisse ligar meu cérebro, e nem me fazer reter informações, minha cadeira ficava no meio da sala, o cara sentado ao meu lado parecia bem concentrado na explicação, e lá se vai minha chance de ter uma companhia para conversar. O sinal tocou, me levantei rapidamente, guardando meu material na mochila e saindo daquele lugar o mais rápido possível, entrei na sala de literatura, minha aula favorita, além de ser bom na matéria, essa era uma das aulas que eu assistia junto a turma do Vance, quando eu cheguei lá, as mesas do fundo já haviam sido ocupadas pela outra turma, apenas uma estavam desocupada, coloquei minhas coisas lá, sem me preocupar em descobrir quem se sentaria comigo. Sentei e coloquei a cabeça entre os  braços, a Sra. Oconner nunca chegava no horário, talvez desse tempo de cochilar um pouco antes de começar.

Depois de mais ou menos quinze minutos ela  apareceu,  minha mente despertou lentamente, e quando virei para o lado meu coração errou no mínimo umas vinte batidas, era ele, com aparência angelical, cabelos loiros, olhos azuis e boca levemente rosada, ele parecia entretido rabiscando um desenho em seu caderno, observei seus traços, eu nunca tinha tido a oportunidade de chegar tão perto dele, o rosto dele era ainda mais bonito de perfil, ele sombra de dúvidas.

- Yamada, eu sei que sou lindo, mas ainda não sou uma estátua, talvez quando eu for você poderá me apreciar livremente.- meu rosto ficou uns três tons de vermelho, não por ele te ele pegou o admirando, mas por ele saber meu nome, Vance hopper sabia meu nome, o meu nome, acho oque só isso era motivo o suficiente para eu ter dez ataques cardíacos diferentes.

Eu passei a aula toda tentando não pensar na pessoa ao meu lado, o que era meio difícil.

- Alunos, o trabalho que eu passei ser a feito em dupla, sua dupla será anpesosa se tava ao seu lado. E eu sou muito boa de memória, então não tentem bancar os espertinhos.

Então tá confirmado, o universo realmente quer me matar.

Olhei para ele, reunindo  o máximo de coragem que pude.

- Podemos nos encontrar na minha casa?

- Claro, só não espere que eu vá fazer muito, pirralho.

  - Tudo bem. Então nos marcamos melhor mais tarde.- disse gaguejando levante, e me repreendendo mentalmente por isso. Pelo amor de Deus Bruce, se controle.

Ele acenou e sorrio ladino para mim antes de sair porta a fora, ele com certeza seria a causa da minha morte precoce, e isso não me incomodava nem um pouco.

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
Dois no mesmo dia pq pediram com jeitinho kkkk

Eu não imaginei ( The Black phone)Onde histórias criam vida. Descubra agora