Vance e eu havíamos combinado de fazer o trabalho na sexta, o problema é que sexta já tinha chegado, e em meia hora ele vai chegar aqui, na minha casa , no meu quarto. Não é grande coisa mas eu sempre imaginei isso acontecendo, só não sabia que era possível. Eu estava a cinco minutos em frente do espelho, tentando ficar o mais apresentável possível.
Minha mãe era a única pessoa em casa, meu pai havia viajado a trabalho, coisas da empresa provavelmente, ele vivia fora, conhecendo novas pessoas , novos lugares, faze do novos sócios, dormindo com novas pessoas. Mas não é como minha mãe não soubesse, ela só não se incomoda, e se acomodou com a vida confortavelmente luxuosa que meu pai e as empresas dele proporcionam, e honestamente, se eu estivesse no lugar dela faria a mesma coisa, arrancar o máximo de dinheiro possível para compensar todas essas merdas. O mais impressionante, é que apesar de tudo, o cara é um bom marido, do tipo que traz flores, ajuda no jantar, compra presentes, é carinhoso, é até mesmo um bom pai, só que ele é um canalha.
Entrei na cozinha depois que chegei no primeiro andar, minha mãe estava apoiada no balcão conversando com uma das empregadas enquanto folheava uma revista, seus cabelos pretos iam até o meio das costas, sua silhueta fina e esbelta marcada por um vestido justo que ia até o meio das pernas, e pés descalços.
- Oi , mãe. Tem um colega de classe chegando para fazer um trabalho, ele provavelmente vai passar a tarde toda, e talvez janta conosco, peça para as empregadas fazerem lanches e uma quantidade de comida a mais no jantar.
- Oi querido- ela disse beijando minha bochecha.- Tudo bem, vou falar com as cozinheiras por você. Qual é esse amigo? Algum que eu já conheça?
- Não mamãe, não é nenhum doa meninos.- falo sentando na mesa da cozinha, e pegando uma maçã, logo dando uma mordida.- o nome dele é Vance, Vance Hopper.
Ela olhou para mim com olhos céticos e uma expressão indecifrável, como se soubesse de cada pecado dele, e talvez soubesse, nada passa batido pela minha mãe, e isso me assusta incrivelmente, por que ela perceberia na hora a minha queda por ele, o que eu não sei se seria bom o ruim, já que imagino qual sua reação.
- O garoto já foi detido pela Polícia alģumas vezes, certo ? E se mete em confusões frequentes, tem certeza que ele é uma boa companhia para um trabalho?
- Primeiramente não fomos nós que decidimos as duplas, segundo, sim ele se mete em brigas e já foi detido pela Polícia, mas ao que parece ele é inteligente, já que nunca vi ele em uma sala de recuperação.
- Tudo bem, se você diz.
(...)
Eu quase tive uma parada cardíaca quando um dos empregados apareceu na cozinha trazendo um Vance surpreso a reboque, o garoto parecia querer ver tido ao mesmo tempo, como se absorvesse todas as informação possíveis.
- Hey, você chegou, vem vamos para o meu quarto, já temos que começar o trabalho.- disse enquanto saíamos da cozinha, indo em direção às escadas que nos levariam ao segundo andar.
- Tudo bem. Serio, Yamada, sua casa é um castelo, em um condomínio com muitos outros castelos.- ele falou me fazendo corar quando ele pronunciou o meu nome.
- Não é pra tanto, só é uma casa um pouco maior.
- Um pouco ? Cara, sua casa é o dobro da minha, e honestamente, a minha não é nem um pouco pequena.- eu rio levemente do seu comentário.
- Como você sabe o meu nome? Nos nunca nos apresentamos antes.
- Como você sabe o meu?
- Todo mundo sabe seu nome, Vance Hopper, você é uma pessoa conhecida.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Eu não imaginei ( The Black phone)
FanfictionE se os sequestros nunca tivessem ocorrido, e se Bruce Yamada tivesse uma queda pelo garoto problema do colégio, mesmo tendo que manter sua reputação cuidadosamente feita. E se o lindo garoto de cabelos loiros tivesse conquistado o coração de um do...