Já se aproximavam das sete da noite, e ainda não havíamos terminado o maldito trabalho, Vance agiu como se não tivesse testado minha sanidade um tempo antes e simplesmente se sentou no seu lugar e agiu normalmente, eu não sei se isso me faz sentir aliviado ou incomodado, e honestamente, eu acho que se eu descobrisse só ia acarretar em mais pensamentos confusos.
- Acho que já deu minha hora. Tá tarde.- ele disse olhando pela janela do meu quarto, observando o céu.
- Deveria ficar, as cozinheiras devem ter feito comida a mais.- olhei para ele, esperando uma confirmação, seu olhar se desviou para mim, passando por ada traço do meu rosto.
- Tem certeza?
- Claro, além do mais minha mãe ama receber visitas.
- Se você diz.- disse dando de ombros.
Secretamente eu admirava esse comportamento dele, o jeito como se tudo nunca o abalasse, e pudesse manter a calma diante de qualquer coisa.
(...)
Já eram sete e meia quando uma das empregadas chegou nos chamando para jantar.
- Cadê a minha mãe?- perguntei quando cheguei na sala de jantar e não a vi.
- Ela já está descendo, senhor.
- Tudo bem.
- todos sempre te tratam assim?- indagou, com um olhar cético.
- Assim como?
- Como se você fosse muito importante.
- Bem, só me tratam com respeito, eu acho.
- É , deve ser.
- Vem, vamos comer.- Chamei indicando o local para nós sentarmos. A mesa estava posta apenas para três pessoas, o que era meio estranho, normalmente só era posta assim quando meu pai estava conosco, pois quando eu recebia visitas eram duas pessoas a mais, Robin e Finn.
Nossos pratos já estavam servidos e comíamos calmamente, quando sinto o olhar de Vance sobre mim.
- Yamada.
- Oi.
- O que exatamente o seu pai faz? Ele é político? Banqueiro? Empresário? Por que não deve ser pouca coisa, considerando o tanto de empregadas e o tamanho desse lugar.
- Ele tem uma empresa, de carros, ele viaja muito, procurando novos investidores, e analisando países com mão de obra barata pra abrir novas filiais.
- Então basicamente seu pai sai por aí caçando países que aceitam mão de obra infantil e quase sem nenhuma lei trabalhista? Sério, Yamada?
- Bem, eu diria que meu marido procura chances boas e dáoportunidades para as pessoas de países menos afortunados, por assim dizer.- minha mãe fala enquanto entra na cozinha se sentando na ponta da mesa, e sorrindo para o Vance, ela pareceu gostar dele, apesar das palavras ácidas.
- Esse é só um jeito de mascarar a verdade com palavras bonitas.
- E não é isso que nós ricos fazemos de melhor?
- Quando o dinheiro é sujo, no caso.
- Ninguém fica rico de forma limpa, querido.
Eu observava essa pequena interação de fora, e honestamente era bem interessante, minha mãe não estava irritada, e Vance parecia estar achando interessante, o que era uma surpresa.
- Verdade.
- Bem, acho que não nos apresentamos, sou Hana, Hana Yamada. - disse estendendo a mão direita, para que Vance apertasse.
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Eu não imaginei ( The Black phone)
FanficE se os sequestros nunca tivessem ocorrido, e se Bruce Yamada tivesse uma queda pelo garoto problema do colégio, mesmo tendo que manter sua reputação cuidadosamente feita. E se o lindo garoto de cabelos loiros tivesse conquistado o coração de um do...