Run

Capítulo 11

Pov. Natasha

Depois do susto fomos almoçar, eu continuava quieta pensando na lembrança que tinha vindo à minha mente.

No período da tarde Steve iria conversar com as crianças e eu deveria cobrir esse momento, então me sentei no fundo, abri o notebook e comecei a escrever enquanto Wanda tirava fotos. Quando Steve entrou no carro para disputar com Tony, meu irmão se aproximou sentando ao meu lado.

Thomas - terminou a matéria?

Nat - Sim, à noite vou revisar para postar.

Thomas - Nat o que aconteceu na pista?

Respirei pesado lembrando do que aconteceu.

Nat - lembrei do Clint.

Thomas - Isso acontecia com muita frequência comigo no começo.

Nat - o que fez parar?

Thomas - Não para Nat, eu só passei a ver essas lembranças como algo bom, toda vez que entro no carro eu corro por ele. E eu sei que você se preocupa comigo, mas correr é a forma com eu consegui lidar com tudo isso.

Nat - Thomas eu preciso te pedir perdão por ter me afastado de você. Nós já tínhamos perdido nossos pais depois o Clint eu não iria suportar a dor de perder você. Então achei melhor me afastar e fugir de tudo.

Thomas - E isso te ajudou?

Neguei com a cabeça deixando escapar uma lágrima.

Nat - Eu não acompanhava nem queria saber de nada sobre corridas até Wanda me colocar nesse trabalho. Passar todo esse tempo escrevendo sobre corridas me fez ter muito mais lembranças do Clint, de você, até saudade de correr. Nas primeiras semanas era muito difícil, ouvir os roncos dos motores me dava enjôo, tanto que eu e Steve não nos dávamos bem no início, mas depois começamos a nos entender e ele me ajudou muito. Digo sorriso lembrando de todos os momentos que passei com Steve.

Thomas - Ele é importante pra você não é?

Nat - Acreditaria se eu disse que estou namorando um piloto?

Thomas - Você e o Steve?

Nat - Uhum

Thomas - Quem é você e o que fez com a minha irmã que não podia ver pilotos nem pintados?!

Nat - Eu mudei Tom, não totalmente, mas eu tô tentando melhorar, inclusive só a Wanda e o Steve que sabem disso, mas eu comecei a fazer terapia, ainda é muito cedo pra ver algum resultado, mas estou disposta a não desistir.

Thomas - Eu fico muito feliz mana e eu não tenho que te perdoar, também errei quando passei a não te procurar, devia ter insistido, me desculpa também.

Nat - não precisa me pedir desculpas.

Thomas - Senti sua falta. Fala pegando minha mão e eu respondo sorrindo.

Nat - também senti.

Thomas - agora acho que preciso ter uma conversa séria com seu namorado.

Nat - você que não pense em fazer isso Thomas Romanoff!

Thomas - preciso proteger minha irmãzinha.

Nat - Tom é sério não.

Thomas - Ele te faz feliz?

Nat - muito.

Thomas - então eu deixo passar, mas se ele te magoar não respondo por mim.

Nat - tá bom, bobo.

...

Depois da conversa que tive com meu irmão me senti muito melhor, mais leve, sentia muita falta de estar com ele. Após eu revisar a matéria de hoje e postar-lá, eu estava deitada na cama, com a cabeça cheia de pensamentos quando ouvi batidas na porta. Me levantei e ao abrir sorri ao ver Steve com uma garrafa de vinho.

Steve - Quer companhia?

Nat - a sua com certeza.

Abri espaço para ele entrar e quando passou por mim depositou um beijo nos meus lábios que retribui com gosto.

Nat - Como se sentiu hoje? Disse sentando na beirada da cama ao seu lado, enquanto ele abria a garrafa e me servia uma taça.

Steve - foi incrível Nat, ver aqueles olhinhos brilhando pra mim, não tem dinheiro no mundo que pague aquela sensação.

Nat - Deu pra perceber, acho que nunca te vi sorrindo tanto.

Steve - você também está mais feliz hoje.

Nat - Sim, conversei com Thomas, sentia falta dele.

Steve - isso é ótimo amor.

Nat - Steve, posso te perguntar algo?

Steve - claro.

Nat - Você pensa em ter filhos?

Steve - sempre quis ser pai, mas por que a pergunta?

Ele questionou olhando meio desconfiado e não consegui não sorrir.

Nat - Calma, eu não tô grávida se é o que você pensou, só perguntei porque vi o quão bem você se dá com as crianças e fiquei pensando.

Steve - seria meu sonho realmente ter uma casa cheia de filhos, mas acho que um pouco mais pra frente, pois não quero mais pilotar quando isso acontecer, mas prioridades mudam quando se tem filhos.

Nat - Realmente.

Steve - mas amaria que fosse vários baixinhos ruivinhos.

Diz se aproximando e me dando um selinho.

Nat - acho que eu gostei dessa ideia. Falo sorrindo.

Steve - enquanto não encomendamos nossos ruivinhos podemos treinar.

Nat - acho uma ideia excelente.