Capítulo 5

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Pov. Natasha

Algumas semanas depois

Era loucura pensar em como o tempo estava passando rápido, hoje já estávamos no quarto prêmio do campeonato, no Azerbaijão.

Steve havia ficado em primeiro lugar na primeira corrida, na segunda em segundo e em primeiro na terceira. Foi o dia em que todos saímos para comemorar, pois isso o deixaria em primeiro lugar no campeonato.

Desde então Steve, Wanda, Bucky e eu, ou o quarteto como Tony passou a nos chamar, saímos quase todos os dias depois dos treinos. Nos tornamos bons amigos e é claro que para Wanda e Bucky esse lance já havia passado um pouco da amizade. Steve e eu nos divertimos zoando a cara deles, que juravam que os próximos seríamos nós, e por mais que eu achasse Steve muito bonito isso jamais aconteceria, pois jurei que nunca namoraria um piloto.

...

Acordei cedo como estava acostumada a fazer e desci para tomar um café preto já que precisava estar atenta para escrever durante a corrida. Pedi o que queria e fiquei esperando no balcão quando ouvi uma voz familiar.

Steve – bom dia. Disse antes de beijar minha bochecha.

Nat – caiu da cama?

Steve – posso te fazer a mesma pergunta.

Nat – vim tomar um café pra ficar bem acordada na hora da corrida.

Steve – poxa sou tão tedioso assim?

Nat – um pouco. Está indo treinar?

Steve - não, vou passear um pouco com Dodger, quer vir?

Nat – claro.

Me virei para pegar o café e fomos para a pista.

Nat – ele parece gostar de tudo isso. Digo me referindo ao cachorro que estava todo feliz, como se entendesse o que acontecia naquele lugar.

Steve – sempre achei isso incrível nele. Não sei se é porque o levo para os autódromos desde que ele nasceu, mas ele parece partilhar dessa paixão comigo.

Nat – isso é fofo.

Steve – posso te perguntar algo?

Nat – vai em frente.

Steve – porque você não gosta?

Nat – do que?

Steve – disso, a pista, as corridas, os carros. Parece que você tenta fugir de algo.

O rumo daquela conversa estava me deixando desconfortável.

Nat - só não gosto.

Steve – de graça assim?

Nat - já te expliquei o motivo, acho perigoso.

Steve – eu não entendo.

Nat - não tem que entender. Podemos mudar de assunto, por favor?!

Steve – porque fica fugindo assim?

Estava começando a ficar irritada com o interrogatório. Sei que minhas respostas deixavam tudo muito vago, porém eu não me sentia nem um pouco confortável de conversar sobre isso, nem com ele, nem com ninguém.

Nat – se você for continuar me interrogando, vou embora. Disse em um tom áspero.

Steve – ok. Ele respondeu secamente e continuamos a caminhar em silêncio.

Não nos falamos até voltarmos ao hotel. Eu já ia subir para o meu quarto quando Steve me chamou.

Eu parei e virei em sua direção.

Nat – fala.

Steve – vai ficar nos boxes hoje?

Parei um momento para pensar.

Nat – acho melhor não, escrevo melhor da galeria. Era a desculpa perfeita.

Steve - tá.

Ele ainda estava com o mesmo tom de quando estávamos na pista. Quando eu o vi indo em direção ao seu apartamento o chamei.

Nat – boa sorte e cuidado, por favor.

Ele assentiu com a cabeça e pegou o elevador para seu andar.

Quando o vi se distanciando de mim senti vontade de correr até ele e contar tudo. Aquilo estava me consumindo a tempo demais, porém alguma coisa sempre me impedia de me abrir com qualquer pessoa.

Quando não tem para onde correr você se acostuma a ficar estacionado e se deixar esvaziar sozinha. 

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