👗 Cap 40 🥼

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Escrita com
Carolleite26 ❤️✨

Conversamos por mais alguns minutos finalmente acalmando a Marília, mas tinha uma pendência para resolver e foi o que eu fiz. Expliquei ao meu pai que ficaria com o Heriberto em seu apartamento, assim como a Marília. Organizaria tudo e colocaria a casa a venda, quanto ao Max. Bom, era hora dele aprender a viver sua vida sem a minha proteção, por mais que me doesse fazer isso, ele precisava se tornar adulto. Heriberto nos acompanhou até a casa, pedi a Mikaela para começar a organizar minhas coisas, Marília subiu para organizar as suas e eu fui conversar com o Max que estava na parte da piscina com uma de suas aventuras. Disse a ele para organizar suas coisas que em alguns dias entregaria a casa a corretora para vender dali em diante ele iria se manter com o salário que recebia da empresa e se tivesse alguma falta iria descontar. Ele era um funcionário como qualquer outro. Confesso que foi doloroso, meu peito estava rasgado, mas era necessário. Como mãe nós desejamos e planejamos o melhor para os nossos filhos.

Queremos lhes proteger do mundo, de toda dificuldade que encontramos e muitas vezes acabamos pecando pelo excesso de proteção. Passei a mão na cabeça dele demais, acreditando que era apenas uma fase e um dia iria passar. Mas a fase era a sua real personalidade. Ele foi duro comigo, me fez sofrer, chorar, questionar o meu amor de mãe e foi aí que eu caí em si e decidi que era hora dele aprender da forma difícil. Levamos algumas horas organizando nossas coisas e fomos para o apartamento do Heriberto. Depois pegariamos o que faltava e veria o que fazer com os móveis, por enquanto iriam para um depósito. Decidi dar férias aos meus funcionários e assim que tudo se resolvesse eles retornariam. Foi uma tremenda surpresa para a Virgínia saber que nós iríamos morar com eles e que eu e Heriberto estávamos juntos. Ela fez aquela festa, como já era esperado e sua mãe não ficou muito atrás. Marília estava receosa, não me largava e eu entendia bem o seu medo. Iria cuidar dela, não lhe deixaria sozinha e sei que Heriberto tão pouco. Ele estava sempre atento, nos apoiando em todos os sentidos.

Os dias foram se passando e como já era esperado a cirurgia havia chegado. Estava muito ansiosa, tinha medo do resultado. Em minha cabeça rondavam vários questionamentos, mas eu confiava em Heriberto, sabia que ele era capaz e se não fosse, seguiria a minha vida. Seria feliz ao seu lado, não iria parar a minha vida, isso já era certo. Conversei bastante com a minha menina, as duas em realidade, com o meu pai e logo com o meu amor. Após muitos e muitos beijos fui levada para o centro cirúrgico. A cirurgia demorou horas, como era esperado pela equipe. Era uma cirurgia difícil e muito perigosa, mas estava nas mãos da melhor equipe do país, melhor dizendo, do mundo. Quando acordei já era um novo dia, sentia um certo incômodo, mas nada insuportável. Todos estavam lá, me apoiando naquele momento. Suspirei feliz e o primeiro que recebi foi um selinho do meu amor, era apenas isso porquê os nossos pais e filhas estavam ali. Ele explicou como havia sido a cirurgia, fez alguns exames e me falou que no outro dia faríamos um teste, o que ainda não era nada certo. As vezes uma recuperação leva tempo, fisioterapia era necessário. Mas eu não tinha pressa, a única urgência que eu tinha era de ser feliz, de amar e ser amada por todos. Quando chegou o outro dia ele me tirou da cama, mas como estava um pouco inchada e passei mau, ele achou por bem esperar mais alguns dias, iria fazer a terapia com as medicações e refazer alguns exames. Foram dias cansativos, principalmente para ele e as nossas meninas que não saíam do meu lado. Meu pai seguia cuidando da empresa, tínhamos um desfile importante se aproximando, não poderíamos deixar de qualquer forma, era o nosso nome. Marília estava triste, eu notava e sabia bem o motivo, o que também me deixava triste. Ela sentia falta do pai, aquele crápula, mas o Heriberto esteve todo o tempo lhe animando. Os dois estavam bem mais próximos do que imaginei um dia acontecer.

Haviam se passado dez dias desde a cirurgia e eu seguia no hospital, de castigo. Mas finalmente havia melhorado e ele então decidiu arriscar. Naquela manhã estávamos sozinhos no quarto. Ele penteava os meus cabelos e conversava comigo.

Victoria: Amor... eu me sinto bem... vamos tentar... eu quero... me sinto confiante - sorri feliz.

Heriberto: Não sente dor, ou incômodo?  – olhava em seu olhos desconfiado.

Victoria: Não - desviei os meus olhos dos seus - está com medo do resultado? Eu já te falei que se não der certo não é a sua culpa... vamos tentar, por favor - o olhei.

Heriberto: Não, estou seguro que vai voltar a andar, apenas não quero lesionar a vértebra que estava inchada, mas se disser que não sente dor ou incomodo nós fazemos sem problema, somente quero que seja sincera – dei um selinho – então?

Victoria: Está bem - suspirei lhe olhando - eu quero tentar, estou ansiosa por isso... mas não quero meter os pés pelas mãos e estragar todo o seu trabalho - segurei sua mão - não fica chateado comigo... você anda tão cansado, eu sei, não saiu daqui esse tempo todo... não tem dormido direito e ontem você dormiu como nunca... de madrugada comecei a sentir uma dor forte no abdômen... chamei a enfermeira e como você prescreveu, ela me medicou... a dor aliviou, mas não passa... ela está voltando e um pouco mais intensa do que antes... acha que isso pode ser resquícios da cirurgia? - questionei com medo de sua reação.

Heriberto: Meu amor – sorri – sei que está ansiosa, eu também estou, confesso que quero vê-la desfilar somente para mim na sua ilha com um dos minis biquínis que Virgínia falou – ri - para isso precisamos ser cautelosos com essas dores, sabe que não ficaria seguro longe de você e quando for para casa poderemos dormir tranquilos, não estou gostando dessa dor, vou pedir uma tomografia, já volto amor – saí do quarto procurando uma enfermeira, parei a primeira que passou por mim e pedi o exame da Victoria e como disse que iria demorar devido a uma manutenção na máquina pedi que fosse levado um ultrassom, ao menos teria uma ideia do que poderia ocasionar as dores – voltei, vamos fazer um exame rápido e depois a tomografia, assim que a enfermeira trazer o que pedi.

Victoria: Está bem, faremos como você achar melhor - suspirei me ajeitando na cama - me desculpa amor, eu vou tentar não ter medo das possibilidades... é um pouco amedrontador essa parte, mas vai dar tudo certo - lhe roubei um selinho e vi a enfermeira entrar com o aparelho.

Enfermeira: Aqui está o aparelho Dr Rios - me aproximei dele - assim que terminarmos a manutenção no tomografo a Sra Sandoval será encaminhada, pedi urgência em seu exame.

Heriberto: Obrigado – vi a enfermeira sair, fui até o aparelho trazendo para perto da cama – amor, vou precisar levantar sua blusa para passar o gel – estava preocupado que pudesse ser algo da cirurgia, por mais que tivesse sido extremamente cuidadoso – preparada? – ía passando o aparelhinho por seu abdômen procurando a mínima mancha, algo que poderia estar provocando as dores, quando achei, apenas senti meu coração parar para logo voltar a bater a mil, somente não fui ao chão porque estava encostado na cama, eu não sabia se gritava, se chorava, fui obrigado a ficar o mais sério que conseguia naquele momento – está tudo bem Victoria, não vai nem precisar da tomografia.

Victoria: Como assim Heriberto? Não está tudo bem, você fez uma cara que parecia que iria surtar, o que encontrou? Me fala, é alguma coisa? Estou doente? Por que sinto essa dor e não passa? Até a tomografia vai cancelar - chorei - eu vou morrer? É isso? - não sabia o que falava, estava apavorada.

Heriberto: Claro que não, está tudo bem com você – e com nosso bebê, estava me segurando, iria fazer a mais linda surpresa – se quiser podemos tentar, o que acha? – delicadamente fui limpando o gel de seu ventre e deixando um beijo – ou a dor está muito forte?

Victoria: Tem certeza disso? - questionei secando o meu rosto - eu quero, mas... e se isso piorar? - secava as lágrimas que saíam... fechei os meus olhos e respirei fundo tentando me acalmar - vamos tentar... eu quero saber se esse tormento vai acabar.

Heriberto: Desculpa amor, sou um tonto, é que fiquei feliz de não ter achado nada no exame que deixei transparecer de forma estranha – fui beijando seu rosto, lábios, nariz e testa – não fica assim – ajudei a sentar na cama – verá que teremos a mais linda das surpresas – segurei em sua cintura – pronta?

Victoria: Está bem - respirei fundo e me levantei com a sua ajuda, por um momento senti o medo me tomar, mas não parei, me levantei com ele me sustentando... Heriberto me pediu para dar o primeiro passo, mas eu travei, senti minhas pernas tremerem... era isso... estava sentindo as minhas pernas... sorri e chorei ao mesmo tempo - ai MDS - quase gritei chorando - Heriberto... meu amor.

Continua...

La Lección del Amor - Victoria y Heriberto (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora