La Lección del Amor - Victoria y Heriberto (Concluído)

👗 Cap 15 🥼

Escrita com
Carolleite26 ❤️✨

Conversei com Atílio para liberar a alta da Virginia, não me sentia seguro em lugar algum, parecia que a qualquer momento Juan apareceria para continuar a sua tortura. Minha filha somente foi liberada por eu também ser médico, minha mãe somente estava no hospital para o exame e um calmante, tinha que documentar tudo para denunciá-lo. Fomos para a casa da minha mãe, o caminho foi silencioso, precisava conversar com elas, queria que fossem morar em minha casa, é um apartamento grande, em um prédio seguro. Assim que paramos peguei minha filha no colo para levá-la em seu quarto, a deixei descansando e desci para falar com minha mãe.

Assim que chegamos em casa fui para o meu quarto, tomei um banho rápido e me vesti. Não conseguia ficar naquele lugar, a todo momento as cenas vinham em minha cabeça, me torturando ferozmente. As lágrimas desceram por meu rosto e naquele momento um acesso de fúria me invadiu. Derrubei todos os frascos de perfume que estavam em minha penteadeira, ouvindo o barulho ensurdecedor dos vidros serem estilhaçados no chão. Soltei um grito de dor e desespero e me afastei.

Alma: Enlouqueceu de vez Guadalupe? Teve a cara de pau de expulsar o meu pai da própria casa por causa da sua netinha - falei com raiva.

Quando ouvi a voz dela e tudo aquilo que ela falou, explodi. Me aproximei dela e com toda a raiva que sentia desferi um tapa em seu rosto.

Guadalupe: Mãe, Alma... mãe... é assim que vai me chamar, eu sou a sua mãe... não uma qualquer... eu não enlouqueci, fiquei bem, me livrei daquela demência em que fui imposta... acordei para a vida, diferente de você... uma advogada que fecha os olhos para os crimes que acontecem dentro dessa casa... para o pai violento que você tem... me cansei de viver sob as ameaças daquele monstro... de ter uma filha que não está nem aí para o que a mãe sofre - esbravejei chorando - eu não preciso de um amor doentio como esse... de um assassino debaixo do meu teto... acorda minha filha... vai enxergar quem o teu pai é quando me ver dentro de um caixão? Quando eu já não estiver aqui e não puder me trazer de volta? Eu dei a vida a você... eu...- bati no peito chorando - mas parece que isso não significa nada... endeusa o seu pai... chega... cansei.

Alma: Pare de mentir Guadalupe, adora fazer a caveira do meu pai, violento? Ameaças? Ele nunca levantou a mão para você, sempre te tratou com respeito, eu que estou cansada das suas manipulações, dos seus dramas, arranja um trabalho e para com essa brincadeira de organizar eventos.

Entrei no quarto bem a tempo de ouvir as asneiras que a minha irmã falava contra a própria mãe.

Heriberto: Acorda Alma, saí desse mundo de ilusões em que vive... você mais do que ninguém nessa casa sabe a verdade... está tão fissurada em impressionar aquele animal que acredita em suas próprias mentiras... teu pai é um assassino, mas isso vai acabar... farei questão de afundar essa aparência de homem perfeito que ele tanto gosta de esbanjar... as pessoas vão saber quem ele é e advinha só, ele vai pagar por tudo que fez a mamãe passar e a Virgínia também... eu não vou descansar enquanto isso não acontecer.

Alma: Claro, falou o filhinho da mamãe, perfeito, não pode falar nada Heriberto, não mora aqui, apenas acredita no que essa mulher fala, também vai dizer que foi o papai que a agrediu, vai difamar o meu pai por despeito, porque ele prefere a mim que a você.

Heriberto: Eu tenho pavor a esse animal... asco... homem ele não é, nunca foi e nunca será... eu tenho pena de você Alma... pena por enxergar apenas o que te convém... quando você acordar vai se dar conta de que o único lado que existe aqui é o da sua mãe... de uma mãe que aguentou tudo calada por amor... amor aos seus filhos... enquanto aquele animal abusava físicamente dela... lhe torturava psicologicamente e você preferiu não acreditar nisso tudo - me virei e me aproximei de minha mãe - eu quero que organize as suas coisas, vamos para o meu apartamento ainda hoje... eu sei que não suporta esse lugar, eu também não... vou ajudar a Virgínia e logo saímos.