- Ainda vai me sequestrar e me amar? Vai cuidar de mim? Ou seremos apenas médico e paciente? - lhe abracei pela cintura.
- Vou te sequestrar sim, queria fazer isso agora, você é um lindo sonho que eu vivo ao te olhar, que acorda o meu coração.
Um so...
Virginia: Não vamos brincar - retribui seu abraço - somente vamos proporcionar o clima de romance, o resto é com eles, não percebeu como a Victoria olhou para o papai, só faltou o papai babar quando a viu - sorri - o papai vai descomplicar tudo, vai ajudá-la a voltar a andar, ele não vai voltar sem ela ou melhor sem a gente.
Guadalupe: Eu não quero que sofra com isso - acariciei o seu rosto - mas sim, eu percebi que os dois estão em um clima romântico... vamos pensar em alguma coisa, mas você vai me prometer que vai ter limites, que quando eu disser não, será não.
Virginia: Eu prometo, prometo tudo que quiser para fazer os dois perceberem que se amam, porque o papai não pode ficar sozinho para sempre. A Vicky merece um amor de verdade e o papai é um perfeito cavalheiro.
Guadalupe: Não é assim meu amor... o amor precisa ser leve... espontâneo... não obrigado... seu pai é sim um perfeito cavalheiro e no tempo certo irá encontrar alguém que o ame assim... do mesmo jeito a Victoria... eu sei que gosta muito dos dois e sonha em ter uma família... saiba ter um pouco de paciência e terá tudo que deseja - beijei a sua testa - agora vamos... não podemos sair por aí assim...- ri segurando em sua mão e saímos.
Estava conversando com o Heriberto quando sua mãe e a Virgínia chegaram. Nosso café foi servido e foi em meio a risos e conversas que comemos. Ficamos ali durante todo o percusso admirando a beleza da natureza. Levamos um pouco mais de duas horas para chegarmos ao nosso destino.
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Heriberto me ajudou a ir para o meu quarto e logo eles foram para os seus, estava tudo organizado. Com a ajuda da Nanda que era a governanta da casa organizei as minhas coisas, tomei um banho e fiquei na cama descansando um pouco. Estava um pouco exausta. Pouco tempo depois Heriberto veio ao meu encontro e me levou para almoçar, junto das suas meninas. Nos reunimos na parte de fora, enfrente a piscina. Ali passamos momentos incríveis e inesquecíveis. Estava me esquecendo dos problemas, assim como eles também. Virgínia saiu para passear com a sua avó e eu fiquei na companhia do Heriberto. Aos poucos estávamos tornando aqueles poucos momentos essenciais.
Quando anoiteceu pedi a ele para me levar ao meu quarto, queria muito descansar, precisava disso. Estava sem fome para jantar, então pedi para prepararem tudo e lhes servir, queria todos eles bem assistidos e sabia que estavam sendo. Tentei descansar um pouco, mas não conseguia, não tinha sono. O remédio não fazia efeito, estava mais ansiosa do que nunca. As horas se passavam e aquela sensação de sufoco não me largava. Com cuidado puxei a cadeira de rodas que estava ao lado da minha cama e tentei me sentar, queria pelo menos ir até a varanda, lá poderia respirar um pouco. Quando saí da cama ela deslizou e eu fui ao chão com todo o corpo. Tentei levantar, mas foi em vão. A cama era alta demais, então só me restou sentar e me sentar ali. Ficar quietinha e esperar, esperar que as horas se passassem e alguém chegasse ali para me ajudar. Minha vida era essa, depender de alguém. Fechei os meus olhos e vaguei por vários momento de minha vida... bons e ruins.
