Capítulo 5

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As duas começaram a dançar e Maraisa percebeu que seria sua chance de fazer a coisa andar, ela já estava ficando louca com o tanto que aquela mulher era incrível, não podia negar o que mais estava com vontade de fazer que era lhe dar um beijo. A dança foi se aprofundando, elas estavam muito próximas, Maraisa colocou uma de suas mãos na cintura de Malu sem perder o ritmo, com a outra foi acariciando seu corpo até chegar em sua nuca, colou a boca em seus ouvidos e cantou um trecho da música:

I feel something so right - Sinto algo tão bom

Doing the wrong thing - Fazendo a coisa errada

I feel something so wrong - Sinto algo tão errado

Doing the right thing - Fazendo a coisa certa

I couldn't lie, couldn't lie, couldn't lie - Eu não poderia mentir, não poderia mentir, não poderia mentir

Everything that kills me makes me feel alive - Tudo que me mata me faz sentir mais vivo

Nesse momento ela puxou o corpo de Malu contra o seu, e invadiu sua boca com um beijo profundo e cheio de vontade. Suas mãos passeavam pelas costas de Malu e Malu, apertava com as unhas, sua nuca. As duas estavam entregues naquele momento.

Quando ambas perderam o fôlego, foram se afastando lentamente, Maraisa estava com receio de Malu reprovar sua atitude, porém ficou mais tranquila quando recebeu um sorriso sexy, não aguentou aquele olhar e a puxou novamente para um beijo, agora com mais calma, sua língua foi invadindo a boca de Malu que retribui prontamente. Depois do beijo, retornaram ao espaço reservado para recuperar o fôlego e tomar um gole de suas bebidas.

Maraisa aproveitou para tirar seu blazer e ficar apenas com o top, ficou com calor depois de tudo que tinha acabado de acontecer. Virou seu copo de whisky, se serviu mais e ficou admirando Malu que estava perdida em seus pensamentos.

— Que cara é essa me olhando? — perguntou Malu enquanto Maraisa se aproximava.

— Cara de quem estava admirando a mulher mais linda que já conheci — respondeu Maraisa dando um beijo na mão dela — O que estava pensando? Não foi bom o beijo? — perguntou tomando um gole de sua bebida.

— Na minha cabeça você era hétero, Maraisa — disse espantada — Estou pensando na hora que terei que te dar tchau, na hora que essa noite acabar, está tudo tão incrível que estou achando que daqui a pouco meu despertador vai tocar e eu irei acordar de um belo sonho — respondeu Malu sorrindo triste.

— Eiii, eu disse que não era para acreditar em tudo que se lê por aí — deu uma risada — eu sou uma pessoa como você, por que fala como se fosse algo tão impossível tudo que está acontecendo aqui? — perguntou Maraisa.

— Porque ontem eu era apenas uma fã ansiosa para o show das minhas ídolas, na viagem mais louca e solitária da vida, hoje eu estou aqui com você, não parece surreal? — perguntou Malu.

— Eu acho que parece mais com destino... vamos aproveitar o agora porque eu não consigo mais te olhar e não querer te beijar — respondeu Maraisa pressionando seu corpo ao de Malu que estava encostada na grade que cercava o espaço. Com uma das mãos ela segurava seu copo, com a outra ela segurou a grade que estava ao lado da cintura de Malu, como se estivesse prendendo-a naquele espaço. Foi distribuindo beijos pelo seu pescoço e antes de selar seus lábios, sussurrou em seu ouvido — Isso é muito real.

Um tempinho depois surge um Bruno um pouco bêbado e muito eufórico com um boy maravilhoso ao lado — Gente, esse aqui é o Ramon — disse.

— Oi, Ramon — responderam Maraisa e Malu.

— Já vi que estão se divertindo, né?! Eu também estou e não me esperem. Vejo você no hotel, chefinha — Falou piscando para Maraisa, deu um beijo no rosto da Malu e saiu puxando o Ramon que nem conseguiu se despedir.

— Meu Deus, o que foi aquilo? — perguntou Malu

— Amanhã ele passa o dia reclamando de dor de cabeça e tomando café igual a um louco — respondeu Maraisa soltando umas risadas.

Elas ficaram até o final da balada, Maraisa com uma disposição de dar inveja e Malu um pouco cansada, mas não queria que aquele momento acabasse.

Foram andando em direção a porta de saída e se espantaram com o sol brilhante no céu, já era dia. Maraisa já havia dito que deixaria Malu em seu hotel. Malu informou ao motorista o nome do hotel, enquanto Maraisa atendia seu telefone. Voltou rindo e disse — Maiara ligando para saber onde estou porque foi me chamar no quarto e eu não estava — deu uma risada — essa é pior que minha mãe — disse para Malu enquanto abria a porta do carro para ela entrar.

— É cuidado, acho lindo isso em vocês — respondeu Malu enquanto entrava no carro — E mais lindo ainda você abrindo a porta do carro para mim — deu um sorriso tímido.

— Eu sou uma "cavalheira", aqui foi bem criada — as duas caíram na risada.

Entre alguns beijos pelo caminho, o carro parou na porta do hotel e Maraisa se assustou quando olhou para fora...

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