Maiara on
Fui no quarto da minha girafinha e ela estava no berço dormindo, a babá estava sentada no sofá que tinha ali
Fui até o berço, e fiquei olhando pro rostinho da minha filha, ela é tão linda, estava chupando chupeta, cabelo morenos, pele branquinha, ela estáva dormindo de lado, cloe estava com um macacãozinho de frio e florido, estava também com uma toca e meia nos pés, ambos brancos, e estava agarrada com a girafinha que maraisa tinha dado mais cedo
- posso pegar ela marta? - perguntei tirando a babá do cochilo, ela confirma com a cabeça - vai descansa mulher, eu fico com ela, qualquer coisa eu te chamo - ela foi, peguei a pequena e fui para meu quarto, me deitando novamente na cama - você é tão linda, minha girafinha
Ficamos a tarde inteira assim, era já cinco e pouco, já tinha trocado a fralda da bebê umas duas...três vezes, dei leite também, agora vou dar uma banho nela, medi a temperatura da água em um termômetro, e estava perfeito para ela, coloquei ela sentada na banheira dela, segurando a cabeça dela porque é a parte mais pesada de um bebê, lavei o rostinho dela, peguei o shampoo para bebês e passei nos cabelos morenos dela, massageando a cabeça dela com as pontas dos dedos, retirei toda a espuma do cabelo dela com cuidado, lavei o corpinho dela com um sabão próprio pra ela, deixando a região íntima por último
Coloquei cloe na toalha estendida em cima da cama, sequei ela com cuidado, coloquei a fralda, e passei creme no corpo dela e depois coloquei um vestido azul de botões e um laço também azul, coloquei meias e tênis, ambos brancos, peguei meu celular e tirei uma foto de cloe
Pequei ela no colo é desci indo direto pra cozinha, Marília avia indo embora, então estava somente Bruno, Paulinha, maraisa e Marta na cozinha, me sentei na cadeira e aconcheguei cloe em meu colo, o clima entre eu e Maraisa não estava legal, então preferi não me intrometer na conversa
- Marta, faz um favor pra mim, pega Água pra cloe - ela fez o que eu pedi, e entregou pra mim, dei água para cloe, e vi que maraisa olhava em minha direção, desviei o contato, quando cloe ia começar a chorar eu peguei sua chupeta e sua girafinha no carrinho que estava do meu lado - aqui meu amor, o sua chupeta - ela começou a chorar mais logo acalmei ela, cloe não tinha dormido nada a tarde, então coloquei ela no carrinho e balancei com o pé, para fazer ela dormi, Paulinha e Bruno tinham saído da cozinha, então estava somente eu, maraisa, marta e cloe
Mara: qual é Maiara?, Precisava mentir aquela hora? - o tom de maraisa era carregado por chateação e um pouco de braveza
- que hora? - me fiz de desentendida
Mara: vai fazer de desentendida agora? - ela negava com a cabeça - eu Estou falando de quando eu te chamei pra ir na piscina Maiara, se acha que eu não sei que seu parto foi normal?
- você fala de mim mas também mentiu ontem, acho que a mentira está se acomodando entre nós - respirei fundo - leva ela pro quarto dela marta - agora estáva apenas eu e Maraisa
Mara: o que cê tá falando?, O que quis dizer com isso?
- você não percebeu ainda?, A maraisa, nós duas estamos enganando uma a outra, não estamos mas falando a verdade
Mara: talvez seja porque a nossa confiança esta quebrada - não, ela não falou isso - isso tá acontecendo a meses né?!, Talvez a nossa amizade e as promessas estão sendo rompidas - ok ok, ela disse e bem pior
- eu não quis dizer isso, maraisa você para - eu já estava descontrolada, eu já estava chorando, fui no armário e peguei uma garrafa de pinga, e virei uma dose - vamo para vai, eu amo você, não quero brigar
Mara: PARA Maiara, para de tentar fugir, é sempre assim, ce tem medo do que?, Me fala, você só foge, não encara a realidade - ela aumentava o tom de voz
- maraisa... - mais uma dose - você não entende que eu tenho medo é de ti perde?, Mais você sabe que isso tá chato, não conversamos mais, não se abrimos uma para outra, e o pior de tudo isso é que a gente está se ferindo
Mara: por isso que eu acho melhor a gente se distanciar - ela se levantou e pegou a garrafa da minha mãe e acabou deixando cair no chão, e os vidros da garrafa se espalharam - merda
- não maraisa, eu preciso de você, você pode fazer qualquer coisa, menos se afastar de mim - eu estava descontrolada, talvez até mesmo fora de si mesma - não precisamos disso, podemos dar um jeito não é?
Mara: o fato de você ser minha irmã não muda, mas na amizade precisamos de um tempo, eu estou indo embora, se cuida Maiara, e pensa bem nas coisas que você falou - ela saio da cozinha gritou tchau pra todo mundo e foi embora...
Fui para frente do balcão, tirando uma cadeira de lá, e me agachei escondendo meu rosto entre os joelhos, eu chorava, chorava alto, eu estou incompleta agora, sei que é só um tempo mas vai saber quando esse tempo vai acabar, como vai ser passar dias sem o abraço e o beijo dela?, É tudo culpa sua Maiara, se você não tivesse abrido a boca nada disso tinha acontecido, fui até a mesa de vidro e comecei a soca a mesa, dei vários murros até a mesa quebrar em minhas pernas, eu gritava, gritava demais, e não era só gritos era meu choro também, me agachei em meio daqueles vidros e vi que eu estava tremendo, vi também que no meu pé avia vários cortes, até que eu peguei um pedaço de vidro e ali sentada no chão em meio de tanto vidros que fiz um desenho em meus pulsos...
Bru: MAIARAAAA - Bruno gritava até chega na cozinha desesperado - meu Deus Maiara - ele se agachou em meu lado, não pensei em nada só parei o que estava fazendo e abracei ele - ei minha pinguinzinha, se acalma, eu estou aqui tá bom - ele me abraçou de volta - PAULINHAAAAA, VEM AQUI CORRENDO, É SÉRIO
- Bruno, ela quer me deixar, ela me odeia, ELA ME ODEIA - me soltei do abraço dele
Bru: tá falando da sua irmã? - confirmei com a cabeça - não Maiara, ela ama você, só está mal com tudo isso que está acontecendo - ele respira fundo - PAULINHA INFERNO, VEM LOGO, Maiara espera aqui, não faz nada de ruim, por favor - ele sai da cozinha gritando a Paulinha
Me levantei e me assustei com o tanto de sangue no chão, fui na geladeira pegando uma garrafa de vodka e um copo no armário, fui na prateleira do lado, e peguei duas cartelas de comprimido, e nem pegunta o nome do remédio, enchi o copo com vodka e tomei a primeira cartela inteira, no meio da segunda o Bruno chegou acompanhado de Paulinha
Bru: MAIARA PARA, O QUE EU TE FALEI VÉI?, PAULINHA SEGURA ELA, vou ligar pra maraisa - estou me sentindo fraca e as coisas ao meu redor estavam rodando igual a um redemoinho
- NÃO BRUNO, ME DEIXA SOFRER MAIS SEM ELA, NÃO QUERO QUE ELA DESPERDIÇA O TEMPO DELA COM O LIXO QUE EU SOU, SÓ ME DEIXA IR BRUNO, ME DEIXA ESQUECER AS COISAS AO MEU REDOR, PORQUE NA REAL MESMO EU ME ODEIO, MAIS QUE DIABOS EU FIZ PRA SER ASSIM?, EU NÃO QUERO VIVER ME SENTINDO ASSIM, PRA VOCÊS TEREM NOÇÃO MINHA IRMÃ SAIU DAQUI SEM DIZER UM EU TE AMO OU UM AMO OC, SÓ FALOU SE CUIDA - me soltei do armário e cai no chão, Paulinha se ajoelhou em minha frente e me abraçou, ela estava chorando também
Pauli(nha): ei maih, vai ficar tudo bem, você já passou por tanta coisa, vai conseguir passar por essa também, confia em mim, você é foda, você é uma mulher guerreira e corajosa - ok ok, as coisas ao meu redor estão escurecendo aos poucos, tá tudo rodando e....