ARREPENDIMENTO

256 34 0
                                    

Maraisa on

No caminho para casa comecei a sentir uma sensação estranha, uma dor no peito, sla, não tinha como eu parar porque Estou de Uber, cheguei em casa entre e fui direto pra cozinha pegando um copo d'água

Almi(ra): oi filha, pensei que ia dormi lá de novo - ela vem em minha Direção e me abraça

- oi mãe - retribui o abraço - é, eu também achei, mais pelo visto achei errado

Almi: brigo com ela foi? - minha mãe me olhou com uma cara de desconfiada - Isa, cê sabe que isso é ruim, você se tranca no quarto e só sai pra comer, Maiara só chora e deixa de comer

- aí mãe, tô sentindo uma sensação ruim - quando eu estava falando, me bateu uma tontura fazendo eu me segurar na pia - será que aconteceu algo com a Maiara?

Almi: pela mor de deus, não fala isso maraisa, deve ser só um mal estar - meu celular toca, quando vi era Bruno, puta que pariu, o que aconteceu agora

- que foi?

- maraisa, é sério

- porque cê tá chorando?

- sua irmã, ela tá precisando de ajuda maraisa, por favor vem pra cá

- lá vem, o que ela fez agora?

- ela quebrou o vidro da mesa, cortou o e a perna dela, ela pegou um pedaço de vidro e começou a se corta, ela bebeu uma cartela e meia de comprimido, tomou com vodka maraisa, vodka, ela realmente precisando de você, ela falou que você a odeia, falou que é pra deixar ela ir, que ela Tava se odiando, que tava se sentindo um lixo

- minha mãe ela está aqui do meu lado, tá bem sim

- oxi marai... Aaaa entendi

- mais porque vocês não levaram o negócio lá, lá, a você sabe

- se não ela ia ficar internada

- tá no mesmo lugar de quando eu fui embora?

- não, ela tava agachada no chão e a Paulinha também, só que na frente dela, aí do nada ela desmaia nos braços da Paulinha, e nós levamos ela pro quarto dela

- eu estou indo aí buscar então

Desligo o telefone e olho para minha mãe, ela estava confusa, eu já estava me sentindo mal, agora então só piorou

- esqueci um negócio lá na casa da Maiara, vou ir buscar e aproveito e falo com ela - dou um beijo nela e saio

Uns minutos depois eu já estava na frente da casa dela, pra falar a verdade, eu estou com medo, medo de ver o estado da minha irmã, será que ela está muito machucada, entrei indo direto pro quarto da Maiara, nem bati só abri a porta, minha metade estava sentada no chão, sozinha, com o rosto escondido entre os joelhos, ela estava chorando muito

- maiara... - quando a chamei ela levantou o rosto, vi um monte de sangue escorrer pelos seus pulsos

Mai: não maraisa, me deixa, não chega perto de mim, não quero te machucar e nem gritar com você - me aproximei - maraisa é sério, me deixa quieta

- Maiara você está sangrando - me aproximei mais, quando eu ia tocar nela, ela se levantou rápido e saiu de perto

Mai: para maraisa, eu não quero a sua ajuda, não quero a ajuda de ninguém, só quero fica sozinha, você não falou que ia se afastar?, O que tá fazendo aqui

- para você Maiara, estou tentando te ajuda, olha o seu estado, foi por minha culpa tudo isso, então só deixa eu te ajudar

Mai: você vai me ver sangrar até eu não conseguir respirar mais, porque na real não sei se vou conseguir sair daqui viva

- metade... Eu estou aqui pra te ajuda, eu quero seu bem, e quero você perto de mim sim, me desculpa, eu estava de cabeça cheia, eu amo você, não consigo imaginar minha vida sem você, porque nem pra nascer eu nasci sozinha

Mai: me deixa sozinha, por favor - ela se sentou denovo, e chorou muito mais

- não...

Mai: por favor...

- eu vou volta - me retirei do quarto, vi o Bruno e abracei ele, e me permiti chorar - foi tudo culpa minha, ela se cortou, se dopou, bebeu por minha causa

Bru: não Isa, não foi sua culpa, ela já estava mal - me separei e olhei nos olhos dele

- como assim já estava mal?

Bru: hoje mais cedo eu entrei no quanto dela quando você pediu, ela estava com os olhos inchados, vermelhos e cheios de água

- porque você não me falou?, Deixa quieto, eu vou ir lá não consigo me segura - me virei e fui na frente do quarto dela e entrei sem bater na porta, minha pequena estava
Sentada na poltrona, com o cotovelo apoiado nas pernas cruzadas, ela ainda estava chorando - Maiara, me desculpa é sério?

Mai: não foi sua culpa.

- não? - me sentei na cama que era do lado da poltrona

Mai: não, sempre é minha culpa, você não fez nada, eu sou o problema - ela não olhava pra mim, olhava pra um ponto físico só não sei qual

Lutar É Sempre Melhor - m&mOnde histórias criam vida. Descubra agora