Maraisa on
Eu estou morta.
Mas não por fora, e sim por dentro.
"O mundo cruel tornou a minha vida insana, pois obstáculos frequentes e maiores me derrubam, às vezes chego a questionar minha existência, então se sou mesmo humana.
Por que não ajo como tal, quero mudar, mas não consigo, quero sorrir, mas choro, quero ter Deus perto de mim, mas o afasto."
Não consigo, não consigo mais ainda na rua sozinha
Hoje, pela primeira vez, saí de casa sozinha, estava tudo indo bem, até eu escutar as pessoas gritarem
" Era pra ter morrido "
" Tenta de novo, vai que dá certo "
" Faz melhor da próxima vez "
Lembro que cheguei em casa, peguei um copo, e depois fui parar no banheiro, e por fim, acordei, internada em um hospital.
- acordou maraisa? - uma dra. Entrou no quarto - sou a dra. Marina.
- o que estou fazendo aqui? - olhei para ela.
- automutilação - a dra. Foi rápida.
Fiquei sem entender até olhar meus braços, tinha vários cortes, no braço direito em um desses cortes tinha alguns pontos, aquele copo....
- a Maiara... - sussurrei - eu quero a minha irmã
- maraisa - a dra. Tentou falar, mas não conseguiu
- EU QUERO A MAIARA
- ok - a dra. Falou saindo do quarto.
Depois de longos minutos, maiara entrou no quarto, os olhos cheios de água, e inchados e era tudo culpa minha, ela estava parada na porta me olhando.
- me desculpa - sussurrei.
Marília entrou no quarto e Maiara saiu correndo, Marília veio até mim, passou a mão nos meus cabelos e depositou um beijo em minha testa.
- sua irmã está muito mal, eu estou com medo, a Maiara... Está nervosa, o bebê, você internada...
- Marília, é tudo minha culpa, estou fazendo as pessoas sofrer, eu não quero mais tudo isso... Não consigo, eu quero mor- - Marília não deixou eu continuar, ela de aproximou e me beijou, só nos separamos quando o ar se fez presente.
- não fala mais isso maraisa, você é uma mulher foda, e eu amo você assim - puxei Marília pelo pescoço e a beijei novamente.
Ficamos com a testa coloca e em silêncio, até Marília falar
- deixa eu te fazer ficar apaixonada por mim, não vai se arrepender.
- eu já sou - sussurrei - agora chama a maih pra mim fazendo favor.
Depois de alguns minutos maiara entrou no quarto e Marília saiu nos deixando sozinhas.
- de novo maraisa - ela sussurro.
- tô viva - dei um sorriso falso - eu tô bem, foi o destino, ou...ou.. aí sla
- porra maraisa, para, você podia ter morrido, para de ficar falando isso, você não sabe o que eu passei - as lágrimas dela tinha voltado.
E ficou assim o dia inteiro, maiara desabando sobre o que sentiu, e eu desabafei sobre o meu dia.
1 semana depois
A dois dias atrás eu tinha saído do hospital, a dra. Marina ia vim me visitar durante a semana, mas nada exagerado.
Estava sozinha em casa, fui no meu closet peguei o maço de cigarro e peguei um, guardei e fui para área da picina, peguei o esqueiro que estava no bolso da minha calça moletom e acendi o cigarro.
Traguei e soltei a fumaça do cigarro diversas vezes.
Depois fui tomar um banho e deitei na minha cama, deixei algumas lágrimas escorrerem para logo adormecer.
Senti o coxão afundar e subir várias vezes, abri os olhos e vi minha sobrinha pulando.
- titia, acodaaaa, tia malaisa, pu favo - cloe pulou em cima de mim.
- já estou acordada meu amor, o que minha girafinha quer em? - começei a fazer um carinho nos cabelos dela.
- vamo desce lá em baxo titia - ela deixou um beijo em minha Buchecha.
- titia não está muito feliz, ou muito bem meu amor - depositei um beijo em sua testa.
- Pu lisso titia, vamo, vamo, cê você não for eu vou xola - ela saiu de cima de mim e desceu da cama.
- por favor cloe, deixa a tia ficar aqui hoje.
Ela saiu do meu quarto correndo, então gritei para parar mas nem deve ter me escutado, tento dormi de novo mas escuto a porta abrindo e vejo Marília entrando.
Estava deitada de lado, então ela entrou e deitou igual a mim, ficando de frente comigo.
- cloe pediu pra subir até aqui, ela estava chorando - Marília começou a fazer um carinho em meu rosto - por que não quis descer?
- não estou muito bem Lila - me aconcheguei em seus braços, ficando com a cabeça em cima do seus peitos - mas assim está melhor.
- deixa eu te fazer ficar, deixa eu cuidar de você, eu e a cloe na verdade.
- como? - encarei ela.
- te deixando feliz - ela se aproximou e me beijou com calma e paixão.
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