Será se...

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Nesse exato momento, estou no banheiro com ódio de Robin Arellano. Ele teve a audácia de me beijar.

Não vou dizer que não foi bom. Mas isso não passa de um jogo para ele.

Nos odiamos. Impossível termos sentimentos um pelo o outro, a não ser ódio.

A porta se abre. Olho pelo espelho vendo Robin parado na porta me encarando.

Robin: Um tapa? Sério?

S/n: Teve sorte que não foi um soco.

Robin: Não. Você não entendeu o que eu disse.- Ele se aproxima.

Me viro encarando os olhos do garoto na minha frente.

O silêncio toma conta do ambiente. Apenas dava para ouvir a nossa respiração.

Ele se aproxima me encurralando entre a pia.

Robin: Você me bateu. Sem ao menos eu ter feito algo para você.

Ele coloca as mexas do meu cabelo atrás da minha orelha com um sorriso no rosto.

Empurro ele.

S/n: Você é muito ousado. Se toca, garoto!- Saio andando.

Ele acha que me engana com esses papinhos dele.

...

Em casa, onde eu posso FINALMENTE descansar e ter um tempo para mim.

Deito na cama pronta para assistir um filme. Tarde demais, alguém bate na porta.

Que merda.

S/n: Entra!

Finney entra.

S/n: O que você quer filhote de cruz credo!?

Finney: Quero conversar, sua ridícula.

S/n: Entendi.

Ele se deita do meu lado se enrolando com o edredom.

Finney: Aquela sua atitude de hoje mais cedo, não foi nada legal.- Encaro ele- Você poderia ao menos ter se afastado ou empurrado ele.

S/n: Finney, se liga né? O garoto já veio me beijando, mal deu tempo de raciocinar.

Finney: Você sabia que ele ia te beijar, eu sei que sabe. Mas você preferiu humilhar ele, na frente da escola TODA, S/n. O que é muito pior.

S/n: Eu não ligo para a fama dele.

Finney: Não é sobre fama. E sim, sobre respeito, o que ambos não tem um pelo outro.- Ele para- Por que tanto ódio se vocês mal se conhecem?

S/n: Ele é metido e babaca. E você é idiota por andar com ele.

Finney: Ele me defendeu, S/n. Eu sofria muito bullying, e o Robin, por incrível que pareça, foi o único que estava disposto a me ajudar.

S/n: Com você, ele é todo santo. Olha, Finney. Estamos conversando numa boa, não quero ter que ficar chateada com você por conta dele.

Finney: Tudo bem, S/n. Tudo bem. Mesmo assim, tenta conhecer ele.

Ele deposita um beijo na minha testa e sai do quarto.

The Black PhoneOnde histórias criam vida. Descubra agora