Capítulo 1
Nova universidade, novo começo
Certa vez, quando eu tinha doze ou treze anos, eu disse para meus pais que um dia me casaria com Kim Taehyung, o meu melhor amigo. Eles me olharam de forma séria e perguntaram o que eu queria dizer com aquilo. Pensei que o problema, aos olhos deles, era por eu ter dito que me casaria com um garoto, mas a verdade era outra.
"Você e ele formam um lindo casal, JiJi, mas de amigos. São como almas gêmeas, mas não de modo romântico." Essas foram as sábias palavras de minha mãe.
E eu permaneci sem entender, naquele momento, porque na minha cabeça só uma coisa fazia sentido: Taehyung era a pessoa de fora da minha família que eu mais amava no mundo, então ele só podia ser o amor da minha vida, não é? Na minha cabeça, era isso que fazia sentido.
"Amor não é o único ingrediente necessário para que você queira se casar com ele, meu bem. Quando você se apaixonar por alguém, entenderá o que estamos dizendo. Seja com a pessoa que for, você saberá."
E eu nunca soube. Pelos relatos dos meus próprios pais e dos meus amigos, eu nunca senti tudo que alguém apaixonado supostamente sentiria. Nem por Taehyung, nem por ninguém. Sendo honesto, meses após declarar que me casaria com ele, conhecemos Hoseok e eu perdi qualquer chance — brincadeiras à parte. Quem lutaria com o próprio sol? Eu é que não. Inclusive, espero ser o padrinho deles.
Se eu não for, declaro aqui o fim de uma linda amizade.
Mas o ponto não é este, e sim o de que eu sempre estive em busca dessas sensações, de um romance que me fizesse flutuar, sentir borboletas no estômago, sorrir como um idiota para as paredes, ficar corado por nenhuma razão, e sentir mais do que tesão com um beijo. Porque, é, a única coisa intensa que já senti por outro ser humano, foi desejo, do mais carnal possível.
Já beijei inúmeras bocas, confesso que gosto de me divertir, mas não tive vontade de ir além do que isso com a maioria delas. No auge dos meus vinte e cinco anos, só cheguei nas preliminares com seis e só fui além com duas. Pode parecer pouco, mas eu ainda acho muito, porque não sou do tipo que sabe ficar sem se apegar.
Se eu beijo já quero mais, imagina indo além.
Meus dois relacionamentos foram baseados em sexo. Eu sei que amei os dois, e sofri muito com eles, mas eu acho que nunca me apaixonei.
O que importa, é que ter conhecido Jungkook esta manhã, me trouxe sensações inusitadas ao peito e eu me senti confuso ao ponto de quase sufocar em ponderações. E se for ele? E se o destino nos juntou de um jeito aleatório assim? Pode acontecer, não é?
Assim que estaciono na primeira vaga que encontro pelo campus, tranco o veículo e saio quase correndo com a mochila nas costas. É um milagre que eu só tenha me atrasado quinze minutos, e tudo foi graças a Jungkook, que me ajudou com o pneu, caso contrário eu ainda estaria suando e bagunçado no meio da rua.
Quando me sento, no fundo da sala, e noto que a aula inicial é introdutória e, infelizmente, desnecessária, pego meu celular e entro no grupo mais famoso dos meus contatos, que fica fixado no topo de todas as conversas e tem um nome extremamente aleatório e que, ainda assim, combina perfeitamente com quem o compõe:
Grupo: Arco-Íris do Multiverso
Integrantes: eu, Rebel Queen, Solzinho, Kitten, Jinnie, NamEu
Hello, bitches, I'm back |
Brincadeira, eu tô nervoso |
Eu conheci o amor da minha vida hoje |
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As Cores do Amor | jjk + pjm
Fanfiction[Long-Fic | Volume 1] Jeon Jungkook não gostava de lugares lotados ou de ser alvo dos olhares alheios, pois se sentia desconfortável com a própria presença. Ele não se via encaixado em nenhum grupo específico, sempre confuso sobre si mesmo. Park Jim...