🏳️‍🌈Amor transbordando

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Capítulo 19
Amor transbordando

Jungkook ficou ansioso para a festa nos dias seguintes. Ele se mostrou animado e feliz em comemorar seu aniversário com amigos que não esperava encontrar.

Só estávamos um pouco aflitos com o fato de a festa ser em um domingo, mas a nossa responsabilidade ainda nos faria levantar cedo e ir estudar. Eu não pretendia beber, também, porque tinha prometido aos pais de Jungkook que o levaria para casa em segurança e, preferencialmente, sóbrio. Até porque o meu amor podia querer beber e eu tomaria conta dele melhor.

Álcool não me faz falta, de qualquer forma.

— Ji. — Como sempre, é a voz dele que me chama atenção, e eu viro o rosto na sua direção. — Não se mexe!

— Amor, eu estou cansado já. — Reclamo.

— Só mais um pouquinho, eu juro.

Eu respiro fundo e volto para a posição original, sentindo minhas costas doerem pelo tempo em que estou assim.

Eu estou no meu sofá, apenas de boxer, e Jungkook resolveu que queria me desenhar. Isso não é um treinamento. Me senti a própria Rose a bordo do Titanic, sendo pintada pelas mãos do Jack, sabe?

Mas o meu Jungkookie é muito mais bonito, Leonardo DiCaprio que me perdoe.

— Por que me chamou, bebê? — Indago, sem me mover.

Quando ele me pediu de um jeito tão manhoso para me desenhar, eu achei que ele faria um esboço enquanto me olhava e que depois seguiria sem precisar de mim, mas assim estamos há quase três horas. Não aguento mais.

— Só para dizer que você é lindo demais. — Ele dá de ombros, pelo pouco que vejo dele.

E um sorriso bobo se abre no meu rosto e eu não consigo o fechar mais. Minha vestimenta em nada combina com a minha feição, mas não me importo com isso. São detalhes que Jungkook é capaz de moldar ao riscar no papel.

— Tá, pode se mexer. — Me diz.

— Vou preparar um lanche. — Aviso, me mexendo e sentindo todos os meus ossos fazerem barulho. — Você me deve uma massagem.

Ele me ignora, focado demais em seu desenho, e se encolhe para que eu não o espie quando passo por perto. Sério, o que deu nesse garoto? Até agora não entendi o porquê de ele ter me pedido com tanto dengo para me desenhar.

Não que eu vá reclamar.

Andando até a cozinha, preparo sanduíches para nós e suco de laranja, o favorito de Jungkook. Acho que ele poderia viver só com isso, sendo bem sincero.

— Amorzinho. — Ele chama, e eu apenas o encaro por cima da divisa entre a sala e a cozinha. — Levanta a mão para mim, por favor?

Eu concordo, sem entender, e levanto a mão na direção dele, que ri por alguma razão e volta para o papel. O que acabou de acontecer?

— Por que está rindo?

— Sua mão é tão pequena, é fofa. — Me diz, mas sequer me olha.

— É essa mão pequena que te dá carinho!

— Sim, o melhor carinho do mundo. — Rebate, voltando a me deixar derretido. — Você foge da regra.

— Como assim?

Ele ri, fica vermelho e desvia o olhar do meu, mas diz ainda assim:

— Dizem que homens com mãos grandes, também são grandes... É... você sabe onde. — Ele diz, e eu prontamente entendo. — Mas a sua mão é pequena... E por baixo das roupas, não há nada de pequeno em você.

As Cores do Amor | jjk + pjmOnde histórias criam vida. Descubra agora