capítulo 2

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Gabriely★

Já que meu pai saiu vou aproveitar que tô sozinha em casa e fazer pipoca pra assistir filme.
Desço as escadas e vejo que a pipoqueira tava suja, quem usou ela hoje? Quando chego na sala vejo o folgado daquele garoto deitado no MEU sofá, comendo a MINHA pipoca e assistindo filme como se nada estivesse acontecendo.

-Por que você não saiu como os outros fizeram, hein? -implico com ele

-ixi, tá bravinha Gabi?

-Cala boca, idiota! E é Gabriely pra você, entendeu? -Ele não responde nada -Vai ficar aí só me olhando?

-Por que você não para de reclamar e vem logo assistir filme? Eu sei que você desceu aqui em baixo pra isso

-Não quero!

-Ok então, sobra mais pipoca -Reviro os olhos e sento do lado dele

-Só pela pipoca...

-Eu sei que eu não fui educado com você hoje mais cedo...

-Ainda bem que você sabe!

-Desculpa, eu não queria ter feito isso, só não estava muito bem sabe.

-Tá -finjo que não me importei com o que ele falou

-Vai ficar me evitando sempre agora?

-Você me chamou aqui pra assistir filme ou pra ficar conversando? Só cala boca e fica quieto porra.

[...]

O filme acabou, meu pai já chegou em casa e falou que vamos sair para jantar, então resolvi tomar banho e me arrumar.

Peguei um vestido preto que marca bem o meu corpo, nem tão chique, mas também não tão simples, até porquê meu pai não me avisou aonde seria o jantar

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Peguei um vestido preto que marca bem o meu corpo, nem tão chique, mas também não tão simples, até porquê meu pai não me avisou aonde seria o jantar.

Quando saio do quarto vejo Felipe que tinha acabado de se arrumar também. Calça jeans, camisa preta, uma corrente prata e tênis. Percebo que ele reparou em mim e nem soube disfarçar, logo depois nossos olhares se encontram. Ele ia falar alguma coisa, mas meu irmão chegou na hora para avisar que a gente já estava saindo.

Chegamos no restaurante Giuseppe Grill um dos melhores restaurantes do Rio de Janeiro.

-Ouvir dizer que a comida daqui é muito boa -Diz Carol com um sorriso no rosto

-É sim, muito boa -Diz meu pai -E você Gabi? sempre tão comunicativa, não falou nada do carro até aqui

-Eu não tô muito afim de falar hoje -Sorrio de leve

*Notificação*
"Número desconhecido"

-Oii Gabi, é Felipe
-

Peguei seu número com Alex

-Oi, não devia pegar número dos outros sem permissão né
-Já falei pra não mim chamar de Gabi


-Por que vocês dois não param de mecher no celular e comem a comida de vocês? -Meu pai fala um pouco incômodado com a situação

-Desculpa pai, será que a gente podia ir embora? É que eu não estou me sentindo bem

-Filha, fazer essa disfeita assim pra seus irmãos e sua madrasta

-Tudo bem amor, se ela não tá se sentindo bem é melhor ir pra casa mesmo, outro dia a gente vem -Meu pai concorda

Em casa

Fi-nal-men-te, não estou me sentindo mal, sendo bem sincera eu estou ótima só queria voltar para casa. Podem até dizer que eu sou chata e mimada, mas eu não sou assim, nunca fui, deve ser essa mudança toda.

-Filha -meu pai entra no quarto -Tá melhor?

-Sim pai, só estou com sono, preciso dormir

-Tá bom, boa noite então! Qualquer coisa me chama

-Boa noite!

Antes de vestir meu baby doll, peguei minha garrafinha com água no frigobar e bebir um pouco, fiquei deitada na cama pensando no que fazer, até porque não tava com sono, só falei isso para o meu pai, para não deixar ele preocupado. Escuto barulho de passos, e cada vez vai ficando mais alto, escuto o barulho da porta do meu quarto abrindo e quando olho, adivinha quem está lá? Isso mesmo... Felipe.

-Que foi agora? Não desgruda mais de mim?

-Eu só vim saber como você está.

-E desde quando você se preocupa com alguém? Eu acho que nunca, né?

-Para de falar o que você não sabe!

-Da licença que eu quero ficar sozinha -Falo brava. Não sei o motivo pelo qual eu implico tanto com ele, mas só de ver já me dá raiva

-Não, eu não saio!

-Como não? O quarto é meu e eu tô mandando você sair daqui agora

-Se não o que?

-Se não eu chamo meu pai aí você sai daqui rapidinho, quer encarar?

-Tão chata e brava, e ao mesmo tempo tão linda

-Cala boca!

-Porque você não cala boca e me beija?

Não falo nada, só que meu coração começa acelerar ao ver ele se aproximando. Ele me puxa pela cintura, me levando de encontro ao corpo dele e rapidamente nossos lábios se encontram, estava bom. Ou melhor... estava perfeito, então só continuei o beijo. Mas chegou uma hora que a falta de ar começou a bater e tivemos que parar, ele me deu um selinho e saiu do meu quarto. Nosso beijo se encaixou, teve química e ele beija muito bem, parecia um sonho.

Puta que pariu...eu não acredito que a gente se beijou, ele é filho da minha madrasta, quase meu irmão. Se alguém descobrir fudeu!

Meu meio irmão Onde histórias criam vida. Descubra agora