Felipe∆
Hoje foi dia de passear com a Manu antes da viagem. Ela disse que queria ir ao parque, mas durante o dia é fechado, então viemos em uma praça e ela está no pula-pula há meia hora.
Vou até o carrinho de pipoca e compro duas pipocas doce. Olho para o pula-pula e vejo a Manu descendo enquanto me procura. Vou até ela e ajudo-a a calçar seu sapato.
—Manu:Eu preciso de água. –Diz cansada tentando controlar sua respiração–
Seguro em sua mão indo até mochila cheia de coisas que a minha mãe mandou eu trazer. Segundo ela é importante levar tudo que a criança pode precisar toda vez que for sair, tem até remédio, então suponho que tenha água também.
Ela bebe a água tão rápido que fico até com medo dela engasgar.
—Vai com calma aí. –Ela solta a respiração que estava prendendo e me entrega a garrafa–
Sentamos em um banco da praça e lhe entrego a pipoca.
—Você tá gostando da escola?
—Manu: É legal, mas sinto falta dos meus outros amigos.
—Os de Pernambuco? –Ela balança a cabeça– Não gosta dos seus amigos daqui?
—Manu:Gosto, eles são legais comigo. –Ela suspira antes de continuar falando– Sinto falta do Marley
Marley era o cachorro da Manu que ficou com nosso pai em Pernambuco. Ela vivia com ele para cima e para baixo, levava para todos os lugares possíveis. Mas uma coisa que ela não sabe é que ele infelizmente morreu...
Quando Carlos me expulsou de casa, fui para casa do meu pai e ele me contou que há uma semana Marley tinha sido atropelado. Eu não contei nem para minha mãe e sei que um dia terei que contar para Manu ou ela vai descobrir sozinha. Porém, ainda não é a hora certa.
Saio dos meus pensamentos quando vejo a Manu correr em direção a rua. Saio correndo atrás dela antes que algum carro passe e o pior aconteça.
—Manuela, para de correr!
Ela para do lado de uma moça que estava passeando com seu cachorro.
Agora eu entendi porquê ela correu.
O cachorro era todo preto e peludo, não sei de que raça é, mas é muito lindo.—Desculpa, moça. Eu não conseguir controlar ela!
—Manu:Desculpa. Eu só queria ver o cachorro.
—Xx:Tudo bem! –A moça sorrir amigável– Ele adora crianças, muitas vezes elas param pra brincar com ele aqui na praça. Já estou acostumada.
—Bom, agora a gente precisa ir. –Manu faz uma carinha triste mas se despede do cachorro– Desculpa mais uma vez, moça– Sorrio–
—Manu:Compra sorvete pra mim?
—Compro! Mas tem que prometer que vai se comportar. É perigoso atravessar a rua correndo, ainda mais indo falar com estranhos. Já pensou se a moça não fosse uma boa pessoa ou o cachorro fosse muito bravo? A mamãe me mataria se algo acontecesse com você.
—Manu:Desculpa de novo....
—Tá tudo bem, pirralha! –Abraço ela– Vamos comprar seu sorvete e ir para casa.
—Manu:Ah, tava tão legal.
—Tem uma surpresa quando chegar em casa... Mas não conta pra Gabi que eu te falei isso, finge que não sabe de nada.
—Manu: Tá bom! –Ela sorrir e pega o sorvete de baunilha da minha mão–
O caminho foi um completo silêncio, até estranhei já que a minha irmã é a pessoa mais tagarela que eu conheço.
Abro a porta de casa e vejo Gabi e Alex sentados no sofá.
—Gabi: Estávamos esperando vocês.
—Manu: Cadê a surpresa?
—Manuela! –Ela rir–
—Gabi: Que surpresa?
—Manu: Felipe falou que ia ter surpresa quando chegasse em casa.
Gabi me olha com um olhar de quem vai me matar a qualquer momento e ergo minhas mãos para cima
em forma de defesa.—Manu: O que foi, gente?
—Gabi:Nada não, Manu. É que seu irmão é um estraga prazeres.
—O pior de tudo é que eu falei pra ela não contar. Dedo duro.
—Alex: Tá bom, deixando a briguinha de casal de lado. Qual é a surpresa?
—Gabi: Não é bem uma surpresa. Nossos pais precisaram sair e vamos passar a noite com vocês hoje, então resolvemos fazer uma festa do pijama.
—Só nós quatro!
—Manu:Ebaa! Eu gostei!
—Alex: Eu também!
—Então podemos começar com a primeira prova. –Alex e Manu me olham animados– Vocês precisam ir lá em cima e quem pegar todas as coisas que a gente precisa para passar a noite aqui na sala ganha o primeiro desafio.
Eles saem correndo em direção aos quartos pegando tudo que vêem pela frente.
—Gabi:Inventou isso agora né? –Ela rir–
—A gente precisava desse tempinho, vai! Nem que seja só por um minuto.
Ela se aproxima de mim me dando um selinho.
—Gabi:Bora na cozinha fazer alguma coisa pra comer. Certeza que a Manu só comeu besteira hoje.
—Tá insinuando que eu não sou responsável?!
—Gabi:Bom...eu não disse nada, mas já que você falou
—Falou a pessoa mais responsável do mundo.
—Gabi:Mais de que você, eu sou!
[...]
—Cobertas, travesseiros, jogos, comidas... Pra duas crianças vocês conseguiram pegar bastante coisa.
—Gabi: Só está faltando os colchões. Mas isso Felipe e eu pegamos pq é pesado para vocês.
—Se comportem! A gente já volta.
Gabi e eu carregamos os colchões reservas que ficam no "quartinho da bagunça" para sala. Juntamos dois colchões de casal e enquanto ela ajudava a Manu e o Alex escolherem um jogo eu vim à cozinha pegar os sanduíches que fizemos
—E aí, já escolheram? –Digo, sentando-me no colchão–
—Alex:Sim, vamos começar com cara a cara.
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Meu meio irmão
FanfictionSinopse♪ +18| Contém gatilhos, violência, conteúdo sexual Imagina sua mãe te abandona para se casar com um homem, você fica morando com seu pai, até ele decidir se casar e do dia pra noite você ganha uma madrasta e de brinde mais dois irmãos. Com c...