Capítulo 49

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𝐌𝐚𝐫𝐚𝐭𝐨𝐧𝐚 𝟓/𝟔

Felipe∆

São quase seis horas da tarde, o dia passou rápido hj. Minha mãe termina de arrumar algumas coisas antes de Carlos passar para buscar ela.

—Queria que ficasse mais tempo.

—João: Bebezinho de mamãe!

Mostro meu dedo do meio e João apenas rir.  Escutamos uma buzina do lado de fora e provavelmente deve ser o Carlos.

—Carol: Prometo que venho te visitar mais vezes. Preciso pegar a Manu na creche ainda.

Nos abraçamos e João e eu acompanhamos minha mãe até a porta. Assim que ela é aberta Katie sai de dentro do carro e cumprimenta minha mãe que entra logo em seguida.

Antes do carro da partida olho para o banco de trás e vejo a Gabi... Ver ela me deixou estranho, é como se realmente fôssemos estranhos um para o outro agora.

Não que eu queira, mas deu vontade de falar com ela, explicar tudo direito. Abraça-la, senti-la em meus braços.
Nossos olhos se encontram e mesmo um pouco longe consigo ver seus olhos enchendo de lágrimas.

Porra...

—Katie: Obrigada pela carona, senhor Carlos. Tchau, tia.

—Carlos: Disponha!

—Carol: Tchau, Amoreco! Aparece lá em casa qualquer dia.

Vejo Carlos da partida no carro, Katie entra e eu fecho o portão entrando em casa mais uma vez.

Vou direto para o meu quarto, não quero conversar. Pego algumas coisas da faculdade para tentar estudar. Não fui no dia da prova e com certeza tem matéria acumulada. Estou até pensando em trancar a faculdade... Pelo menos por um tempo.

Escuto uma pequena batida na porta do meu quarto que estava apenas encostada. Katie pergunta se ela pode entrar e eu deixo.

—Katie: Como você passou o dia hoje?

—Até que foi legal, comparado aos outros dias.

—Katie: Desculpa pelo tapa, mas você mereceu.

—Tudo bem, já passou! –Suspiro alto –Kat... A Gabi tá bem?

Não sei porque perguntei isso agora, vai dá muito na cara que eu reparei nela dentro do carro...

—Katie: Bem, BEM, ela não tá, mas tá tentando seguir a vida igual você.

Murmuro um "hum" e depois fico em silêncio.

—Katie: Se você sente falta dela porquê não vai atrás?

Continuo em silêncio.

—Katie: Bom... Vou deixar você aí. Qualquer coisa chama.

Katie sai do quarto e eu deito na cama encarando o teto. Como eu vou resolver isso?

Após longos minutos eu lembro de uma coisa... Uma coisa que não fiz desde que tudo isso aconteceu. Levanto-me rápido da cama e saio do quarto.

Meu meio irmão Onde histórias criam vida. Descubra agora