Capítulo 41

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Gabriely★

Entro em casa e me deparo com Olívia arrumando algumas almofadas no sofá. Desde o dia que Carol veio morar aqui, meu pai deu férias para Olívia e confesso que já estava com saudades de vê-la pela casa.

—Olívia? Meu Deus, que saudade que eu tava de você! –Digo contente e ela me puxa para um abraço.

—Olívia: Voltei hoje! Senti muito sua falta também.

Diria que Olívia é uma figura materna para mim, ela começou a trabalhar nessa casa quando eu nem pensava em nascer.

—Queria muito te atualizar das novidades, mas no momento preciso falar com meu pai, sabe se ele está em casa?

—Olívia: Não tem problema, querida! Ele está no escritório.

—Obrigada por avisar! Prometo te contar todas as fofocas em breve!

—Olívia: Acho bom mesmo, viu mocinha. Também tenho muita coisa para te contar, agora vá!

Subo as escadas e vou até o escritório do meu pai, ele não está trabalhando esse horário, mas o escritório é o cômodo privado dele, então sempre está aqui. Bato três vezes na porta antes de abrir um pouco e perguntar se posso entrar. Ele deixa.

—Tá ocupado, pai?

—Carlos: Não, pode falar!

Entro no escritório me sentando em uma cadeira a sua frente. Não seria uma conversa e sim um pedido, não sei qual será a reação dele.

—Queria te pedi uma coisa... –Ele fica em silêncio então continuo– Pode me levar a delegacia?

Meu pai arregala os olhos espantado. Já imaginava que essa séria a reação dele, não estou nem um pouco surpresa.

—Carlos: Aconteceu alguma coisa? Por que quer ir a delegacia?

—Eu... –Respiro fundo– Eu queria falar com a minha mãe.

Eu sei, isso é muito estranho. Não queria ver a minha mãe por tão cedo, ela nunca foi nada para mim, nunca me amou ou demonstrou cuidado, me sequestrou e viu o filha da puta do marido dela sendo morto a tiros na sua frente e tudo que ela fez foi rir.
Mas por algum motivo eu sinto que preciso falar com ela.

Meu pai continuou paralisado em sua poltrona sem saber muito bem o que responder. Conseguia ver na sua expressão que ele não esperava isso vindo da sua própria filha. A garota que jurou para si mesma que não queria ver a mãe nunca mais.

—Carlos: Filha, se você tiver precisando de qualquer coisa pode falar comigo. Se for assunto de mulher a Carol tá aí para isso.

—Não é isso, pai! Não é assunto de mulher nem nada desse tipo, mas eu sinto que preciso ver ela. Por favor... –Ele suspira antes de responder.

—Carlos:Tudo bem. Eu te levo até lá, mas tem que me prometer que vai ser uma visita rápida.

—Eu prometo!

[...]

Estou em uma "sala de visitas" enquanto liberam a minha mãe. Não sei qual será sua reação quando me ver aqui.
Antes que pudesse pensar muito a porta se abri e um policial direciona minha mãe até a mesa que estava.

Meu meio irmão Onde histórias criam vida. Descubra agora