Capítulo 5

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Gabriely★

Mais um dia nesse inferno, que alguns chamam de escola. Além de ser um saco aguentar esses bando de idiotas a manhã toda, ainda tenho que aturar a Meggie, filha do diretor. Ela é a típica garota riquinha insuportável que se acha melhor do que todo mundo.

Costumávamos ser amigas no jardim de infância, mas ela mudou muito de uns tempos para cá. Comecei a me afastar dela depois de umas atitudes nada legais que ela andava tendo, fazia bullying com as pessoas e aprontava horrores na escola.

Não tô querendo dizer que ela é um monstro ou um bicho de sete cabeças, mas ela sabe muito bem como encostar nas feridas de alguém. Principalmente as minhas e não mede esforços para isso!

Meggie tem um namorado, na verdade tá mais para bichinho de estimação dela, porque ele só faz o que ela mandar.

—Maggie:E aí boneca de poço –É assim que ela costuma me chamar —Sua mãe te trouxe para escola hoje?...pera, esquecir que você não tem mãe

—Aí Meggie, porque você não me deixa em paz? cuida da sua vida!

—Bryan: Pelo visto ela tá brava hoje Meggie, resolveu até abrir a boca para se defender! –Bryan é o namorado de Meggie

—Uau! Você já pode sair sem coleira, que bonitinho.

—Meggie: Gabriely como sempre nos agraciando com sua presença desnecessária.

—Se eu fosse tão desnecessária assim Meggie, você não faria questão de está falando comigo não é mesmo?

Viro as costas para ela, seguindo em direção ao meu armário, apenas para guardar o livro que não precisarei na próxima aula. Porém, Meggie, não contente com a situação veio atrás de mim.

Meggie me puxa pelo braço e desce suas mãos até meu pulso.

—Me solta, Meggie –Falo sério olhando para ela.

Ela sabia dos cortes porque uma vez me viu fazendo isso no banheiro da escola, por sorte ela nunca contou nada para ninguém, mas me ameaçava com isso várias vezes, o que me causava pânico.

Meggie começou a apertar meu pulso com suas unhas, estava doendo muito, até que olhei para meu moletom e estava encharcado de sangue, me assustei ao vê aquilo e sair correndo para o banheiro para tentar me limpar.

Entro no banheiro com os meus olhos cheios de lágrimas, estou tentando limpar o sangue do meu braço com água e papel toalha.

Escuto barulho de alguém se aproximando da porta. Quando olho era Felipe.

—O que você está fazendo no banheiro feminino? –Pergunto ingnada com a situação.

—Felipe:Na verdade, é você que está no banheiro masculino. –Olho para ele assustada —O que você está fazendo aqui? Não deveria está em aula?

—Sim, deveria. Mas meu casaco manchou e eu precisei vim limpar.

—Felipe: Com isso aí garanto que você não vai conseguir –Fala apontando para o papel toalha

—O que você quer que eu faça? Foi o único que eu trouxe.

Ele abre sua mochila pegando um casaco de lá.

—Felipe:Toma –Fala me entregando o casaco

—Você não vai usar?

—Felipe: Você tá precisando mais que eu –Ele sorrir

—Obrigada! –Sorrio de volta

[...]

Saio da aula de física indo para o refeitório, já estava morrendo de fome porque não tomei café.

Vejo uma menina loira, cabelo cacheado e olhos castanhos claros.
Ela estava parada em frente a bancada, provavelmente pensando no que iria comer.

—Esse aqui é muito bom! –Aponto para uma torna de chocolate com morango.

—Gostei da sugestão, obrigada! –Ela sorrir

—De nada! –Sorrio de volta —Qual seu nome? Nunca te vi por aqui

—Me chamo Melanie, sou aluna nova!

—Prazer Melanie, eu me chamo Gabriely, mas pode me chamar de Gabi

—Melanie:Ok, Gabi! Qual sua próxima aula?

—Biologia e a sua?

—Melanie: A minha também, podemos ir juntas! –Fala animada

—Claro! –Dou risada vendo a animação dela

Melanie e eu passamos o resto do intervalo conversando, ela me disse que morava em Minas Gerais e seus pais receberam uma possibilidade de emprego muita boa, então ela veio morar no Rio de Janeiro e estava animada para conhecer a cidade e fazer novas amizades.

Eu nem precisava falar muita coisa, Melanie é a pessoa mais tagarela que eu já conheci, não parava de falar um segundo, parecia até que já nos conhecíamos a anos.

Gostei desse seu jeito, afinal eu era mais calada e ela me animava. Já considerava ela como minha melhor amiga.

[...]

Finalmente a aula acabou, e como Melanie falou que queria conhecer a cidade, eu oferecir a ela uma tarde na praça para conversarmos melhor e aproveitar para tomar um sorvete.

Mandei uma mensagem para meu pai avisando que chegaria mais tarde em casa e que poderiam almoçar sem mim.

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Erros? Me avisem!🍒

Meu meio irmão Onde histórias criam vida. Descubra agora