Capítulo IV

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     Quando a sua dama de companhia deixou o local, aqueles rapazes se aproximaram. Eram bem jovens, deveriam ter vinte e dois anos, apenas. Um era alto, a brisa de outono sempre balançava seus cabelos loiros presos num rabo de cavalo, a sua roupa estava impecável, seu amigo era da mesma altura, porém com cabelos escuros e curtos, sua roupa estava boa, mas não tão impecável quanto a dele.

— Milady —, O loiro pegou sua mão e a levou até sua boca, — permita-me. — A beijou. — Sou lorde Tom Baynard.

     O outro pegou a mão desocupada da senhorita e tratou de beija-la.

— Sou lorde Jerry Baynard, e a senhorita quem é?

     Educadamente, eles deixaram de segurar suas mãos.

— Sou Brigite Moreau. — Reverenciou. — Sem títulos. — acrescentou.

— Gostaríamos de reservar uma dança com a senhorita, achamos a senhorita uma graça. — Tom gracejou.

— De certo, os dois tem suas danças reservadas como as primeiras, assim que a música começar. — Brigite sorriu educadamente.

     Ouvindo isso, os rapazes se afastaram e voltaram para onde estavam anteriormente. Assim que isso ocorreu, a dama voltou e notou que eles não olhavam mais para aquela direção.

     De certo que, perderam interesse quando eu saí e perceberam que eu era uma dama de companhia. Concluiu. Melhor só, do que, mau acompanhada!


     Quando a música começou, o rapaz loiro no qual conversara antes veio lhe chamar para a dança. Eles deram as mãos e se juntaram à quadrilha de danças.

     As moças formavam uma fila e os rapazes outras, as moças seguravam suas saias e os rapazes faziam uma pose de “Napoleão Bonaparte”.

     Eles deram três passos para a esquerda, giraram e bateram palmas, novamente, para a direita, giraram e bateram palmas. Os pares foram se encontrar e se giraram, indo para a fila oposta, eles se giraram com quem estava ao lado e novamente iam ao encontro, girava com seu par e depois com quem estava ao lado.

     As moças balançavam seus pés com graça, fitando seus pares... Um...dois... três “chutes”. Elas deram mais um giro, agora esperando pelos seus pares que foram buscá-las. Brigite deu sua mão a Tom, que a conduziu para a fila dele, depois a conduziu para a fila dela e depois novamente para a fila dele. Todos deram as mãos e formaram uma roda.

     Eis que, quando a roda chegava na metade de seu curso, levantavam as mãos e giravam para o outro lado, três vezes. Então os rapazes ficavam em frente as damas e se ajoelhavam, deixando apenas o dedo indicador levantado, elas apoiavam suas mãos neles e giravam ao redor deles. Levantando a saia do vestido, enquanto caminhavam.

     Ao completar o círculo que elas faziam em volta ao par, eles entenderam as mãos e as moças se entregavam à aquela euforia. Os cavalheiros se punham de pé e convidavam as moças para uma valsa.

     Repetindo a sequência um, dois, três, davam um passo para frente, outro para a direita e outro para a esquerda, repetindo duas vezes.

Um, dois, três...
Um, dois, três....

    A dança com Tom estava agradável, porém ele não dançava nada bem. Seus passos eram robóticos.

A Duquesa Perdida (NOVELETA)Onde histórias criam vida. Descubra agora