Capítulo VIII

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     Quando o sol começara a raiar, o próprio lord Olivier entrou no quarto de sua não-amiga. A fazendo despertar imediatamente e se cobrir. Ele abriu as cortinas, iluminando o quarto.

— Lorde Cartier?! — gritou. — O que o senhor faz em meu quarto?! Não sabe o quão inapropriado é?

— Em meus domínios, eu decido o que é apropriado ou não. — Ele deu de ombros. — Vim só te acordar. — Parou de frente para ela.

— Seu louco! — Jogou um travesseiro nele, mas ele desviou. — E se eu dormisse pelada?

— Aí eu teria que me controlar. — gracejou.— As criadas logo entrarão com sua próxima vestimenta, vi que gostou do estilo de minha irmã. Mandei comprarem roupas para a senhorita, nesse estilo.

     Sentiu as bochechas queimarem, mas sentiu-se exuberante por dentro.

— Não me chame de senhorita, é irritante. — repreendeu.

— Não me chame de senhor, é irritante. — ele a imitou.

     Seus olhares se encontraram, e puderam jurar sentirem faíscas. Algo surgir dentro de si, mas se esconder debaixo da cama de seus corações.

— Tudo bem, Bri, como você quiser. — Deu de ombros.

     Ela riu pelo nariz, fazendo uma reverência exagerada.

— Sou eu quem agradeço, Oli. — disse solta, ao perceber as palavras que soaram, deu um tapa em sua boca.

— Para. Eu gostei do apelido. — Olivier elogiou, erguendo uma de suas sobrancelhas.

     Por alguns momentos, ele se sentou na cama e olhou fixamente para a dama, tentando desvendar os segredos que aqueles olhos verdes como a sorte guardavam em seu oculto.

— Quero que me acompanhe a minha ida à cidade.

     Ele não pediu, apenas ordenou, como uma exigência. Ela assentiu, engolindo a seco.

     Após, Olivier se levantou e deixou o quarto, imediatamente as criadas entraram e a ajudaram a se vestir.

     O vestido deixava os ombros e colo expostos, enquanto levantava o seios das moças e os deixava parcialmente expostos. Era laranja claro, com babados brancos. A manga era curta, e branca. Enquanto a saia descia abertamente com a cor principalmente e acompanhada daqueles graciosos babados.

     O cabelo estava preso em um coque baixo, algumas mechas soltas. E um chapéu, da mesma cor predominante, estava na cabeça da moça.

     Ela desceu sozinha desta vez, e encontrou o seu não amigo no hall. Ele a deu o braço, e os dois juntos caminharam até a carruagem.

— Apenas relaxe. — Ele abriu a porta da carruagem. — Não vão te reconhece, afinal nem te conhecem. — Ele a levantou pela cintura e a sentou na carruagem.

O rosto da moça fica corado, suas orelhas estão da mesma cor de um pimentão. Vermelhas, queimando. Parece que está saindo fumaça pelas suas narinas, como uma chaleira faria quando estivesse pelando de quente.

— Relaxa, linda. — Ele se sentou e fechou a carruagem.

     O trajeto se seguiu em silêncio, a não ser pela parte em que Olivier passou a Brigite algumas regras.

A Duquesa Perdida (NOVELETA)Onde histórias criam vida. Descubra agora