Capítulo 16 - A lontra novamente

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Perseguindo as três pessoas discretamente. Viu-as entrar no hospital. Não demorou muito para seu aprendiz lobo-guará surgir em suas costas.

— O que procuramos? — questionou o canídeo.

— Três fêmeas suspeitas — disse Milo. Descreveu-as para que o lobo-guará soubesse quem procurar.

Entraram no hospital e à primeira vista foi de pessoas na entrada esperando atendimento. Não viram nenhum dos três elementos que procuravam.

O lobo-guará questionou à recepcionista em qual ala a sua tia estava internada, pois ela sofrera um acidente recentemente. A jovem loba pegou papéis em busca de nomes e questionou qual era o nome da tia. Falou um nome e a recepcionista indicou o local onde ela estaria. Crisônsio e Milo caminharam pelo caminho indicado, em parte.

— Vamos aproveitar para encontra-las — falou o dente-de-sabre.

Eles seguiram por corredores, procurando pelos quartos e encontraram-nas descendo as escadas. Esperaram por alguns instantes e para descerem as escadas. Viram-nas entrar em por uma porta, contudo, eles mesmo não conseguiram entrar.

Voltaram para o andar onde entraram e ficaram pensando por um longo tempo como entrariam. Precisavam agir o mais rápido possível. Os dois machos questionaram-se o que poderia estar acontecendo lá embaixo.

Perceberam que não viram o tempo passar quando a lontra maga passou pela porta das escadas e andou próximo a eles. Milo a seguiu. Ao perceber que estava sendo seguida, parou de andar, virou-se para ele, pegou-o pelo braço e o puxou para andar mais rápido.

— Você de novo!

— Me acompanhe — falou ela.

O lobo-guará correu para acompanha-los e os três seguiram para o lado de fora do hospital.

— Está colocando as pessoas em perigo de novo! — falou o dente-de-sabre, irritado em ter que limpar a cagada de um colega novamente.

— Me acompanhe que eu lhe conte — repetiu ela.

Os três pararam em um bar, sentaram-se em uma mesa e ela pediu uma cerveja gelada. A bebida chegou rápido à mesa e eles se serviram.

— Tem coisas muito erradas acontecendo aqui — ela começou. — Depois que você foi embora, me levaram ao hospital e um médico veio falar comigo. Fez perguntas sobre o que tinha do outro lado e eu perguntei o porquê de tantas perguntas. Ele me disse que estava investigando as coisas que havia do outro lado.

"Perguntei a ele como sabia do portal. Na primeira vez, ele me contou que foi de ouvir as pessoas falando. Só que ele começou a falar com mais alguns detalhes e questionei com mais afinco.

"Ele perambulou pelos locais em que portais foram abertos e os estudou. Só que o sem vergonha não falou nada para ninguém para poder estudar eles por mais tempo."

— Você também não se importou em deixar aquele portal gigante por dias em busca de sua mestra — lembrou o dente-de-sabre. — Sabe quantos portais ele já viu?

— Vinte — ouvir aquilo fez o dente-de-sabre engasgar. Crisôncio deu-lhe tapas nas costas para desengasgar.

— Está de palhaçada comigo garota?

— Não estou!

Um grupo de machos rodeou a mesa deles e olhou com firmeza para Patrícia, a lontra. Os machos eram formados por um lobo, uma hiena, um coiote e uma lontra.

— A senhorita não deveria estar em um bar — anunciou o lobo com um sorriso malicioso no rosto. Os outros sorriam junto, olhando para a lontra fêmea como se ela fosse o mais suculento pedaço de carne do açougue.

As aventuras do Dente-de-Sabre: Portas de outros mundosOnde histórias criam vida. Descubra agora