Capítulo 10

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  Eu estava começando a me sentir um pouco culpada pelo gelo duro e frio que eu estava dando no Peter e um pouco em T.K. Na maior parte do tempo eu estava com Lucy conversando, tentando esquecer essa minha empatia de merda que tenho. Eu queria conversar com eles, principalmente com aquele gato ciumento.
Recebi diversas mensagens dele no meu celular pedindo desculpas, mas ignorei todas. Conversar por mensagem não tem o mesmo efeito que presencialmente. Mandei uma mensagem dizendo que iríamos conversar mais tarde, entretanto eu não sabia quando que iria ser "mais tarde".

[...]

Já era hora de irmos embora. Não tinha mais nada para fazer nessa maldita casa de praia. Todos queriam voltar para suas casas, inclusive eu.
O clima no carro estava uma bosta. Todos menos Lucy sabiam o porque da atmosfera estar desse jeito, tão caída. Me sentei no banco de trás ao lado da minha amiga, enquanto Peter e T.K estavam na frente. Lucy e eu tínhamos dormido apoiadas uma no ombro da outra, mas na realidade, apenas ela dormia de verdade, eu estava fingindo para escutar a conversa deles.

-Isso é tudo culpa sua...! -Peter murmura com irritação na voz.

- Você ameaça as pessoas que se aproximam dela, seu maluco. É muito fácil para você me culpar pelos seus próprios erros, panaca - T.K respondeu secamente.

- Qual é a parte de "ela é minha" você não entendeu?

- Ela é sua?! Você não pode possuir alguém! Desde de quando você pode decidir quem pode conversar com a S/N, ou sequer observá-la? Isso é muito controlador da sua parte! Tem sorte dela não ter coragem de terminar com você, seu psicopata! - T.K me fez sentir um pouco para baixo, simplesmente por ser a verdade.

Mesmo que a pessoa esteja sendo muito babaca comigo, eu ainda seria amiga dela. Não importa se ela me apunhalar pelas costas ou me usar. Eu serei burra de dar outra colher de chá.

- Ora... Coragem ela tem... ela apenas não quer. Ela me ama - respondeu com um voz apaixonadamente saliente.

Meu coração por algum motivo bateu mais rápido depois que ele falou aquilo... Esse Peter sabe como mexer com  os meus sentimentos. Estou quase dando um beijo nele. Não sei se é a seca ou a paixão cega.

- Isso é o que você acha... - deu de ombros.

O resto do caminho eu continuei fingindo que estava dormindo, enquanto eles discutiam silenciosamente com troca de olhares e grunhidos nervosos. Até finalmente se cessar quando T.K chegou em seu ponto de partida e eu também.

Lucy e eu descarregados nossas coisas de dentro do porta-malas e colocando-os em seus devidos lugares no apartamento. Peter encheu meu saco para ajudar antes de ir embora.
Enquanto eu arrumava as minha roupas que usei na praia, ele se aproximou de mim cautelosamente com hesitação. Até finalmente me alcançar e se ajoelhar perto de mim.

- Vamos, S/N, quando você vai parar de me ignorar? Isso está me matando, sabe... - ele falou em um tom triste.

Pensei um pouco antes dr falar "me come logo, porra", porque seria meio estranho. Se bem que ele é estranho... Enfim!

- Peter, você é psicótico... - quebrei o silêncio, e provavelmente o coração dele também.

Eu vi aqueles grandes olhos azuis caindo de tristeza e uma ansiedade crescendo...

- Como assim... cari... nho? - eu o interrompi me aproximando de seus lábios para fingir um beijo.

- Mas é o meu psicótico... - sorri para o mesmo e dei um selinho antes de me levantar e ir pegar uma mochila limpa - Estava pensando em dormir em sua casa... posso?

Seu rosto logo ficou extremamente contente e esperançoso, além de seu sorriso quase rasgar seu rosto ao meio. Estava do jeito que eu queria, agora só precisava que ele aceitasse uma coisa...

Your BoyfriendOnde histórias criam vida. Descubra agora