Capítulo 14

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No dia seguinte, Peter, apenas me encarava com cara de arrependido, mas eu o ignorava... Tudo bem... Só de vez em quando.
Faltava pouco para eu começar uma discussão sobre ontem, mas tinha outras coisas em minha mente agora. Eram quase 09:00 e eu e ele já fomos colocar as coisas na traseira do táxi, quando de repente eu recebi uma ligação da Lucy.

- O que foi, Lucy? - perguntei.

- S/N, ainda bem que consegui te ligar. Eu estou até agora tentando fazer isso, mas você não atende o celular, menina. O que estava fazendo esse tempo todo? - ela perguntou.

- Desculpa, meu celular deveria estar com o meu namorado quando você me ligou - falei brincando com uma pedra no chão.

- Aquele tal de Peter? - ela suspirou - Que bom que pelo menos tem alguma vida sexual ativa, mas você está me deixando um pouco de lado, sabe. Não podemos sair algum dia desses? Tipo, só nos duas?

 Ouvir me Peter me chamar para entar no veículo enquanto eu pensava em uma resposta para dar a Lucy. Ela não estava mentindo quando falou que estou dando mais atenção para o Peter do que ela. Na verdade mesmo, ela não é a única. Fiz isso com o T.K também e me arrependo por isso.

- Me desculpa, Lucy, mas eu vou estar algumas semanas fora... Vou a Paris com o Peter - falei me sentindo um pouco culpada.

 Ela demorou poucos segundos para responder, porém, eu percebi o quão chateada ela ficou com a minha resposta. Apenas pelo silêncio que ela deixou.

- Não, tudo bem. Quando você voltar a gente se fala. Me conta tudo depois... Beijo - ela desligou sem ao menos eu dizer adeus.

Minha consciência estava mais pesada do que nunca. Primeiro meu melhor amige me disse para ficar longe e agora minha amiga está triste. Esse relacionamento está afetando muito as minhas amizades. Ou talvez seja eu mesma que causei isso. Eu não sei a quem culpar aqui. Eu amo Peter, sim é verdade, mas as vezes eu penso que... sei lá... Eu não consigo dizer direito, mas me corrói por dentro saber que aos poucos eu vou perder meus amigos.

- Querida? - Peter me chamou tirando-me da imersão de pensamentos.

- Hã? O quê? - perguntei confusa.

- Você está bem? É que esteve encarando a janela durante muito tempo, mais que o normal... Tem algo errado? - ele sobrepôs sua mão a minha acariciando gentilmente.

- Eu estou bem... Só estou pensando demais. Não tem com o que se preocupar... - falei afastando minha mão da sua.

Persistente, o mesmo, tentou mais uma vez ficar de mãos dadas comigo. Desta vez eu cedi. Ele parecia mais estranho que o normal... principalmente ontem de noite. O que deu nele para agir daquela forma? Ele parece ao mesmo tempo mais feliz, porém também parece mais pocessor, sei lá.

- Só saiba que eu estou aqui para qualquer coisa, tudo bem? Pode me contar o que for que eu guardo segredo e fico do seu lado. Porque você é a razão de eu estar muito mais feliz todos os dias. Eu te amo, S/N, e nada pode mudar isso. Se não quiser me contar agora tudo bem... - ele falou da forma mais fofa.

Pensei até que o taxista iria chorar ali mesmo enquanto dirigia. Eu sorri e demonstrei seu reconhecimento com um beijo aconchegante.

- Tenta dormir um pouco. Sei que ainda está cansada. Deixa que eu te acordo quando cehgarmos no aeroporto - ele deitou sua testa na minha e enfim fechei os olhos para cumpir o que me receitou.

[...]

Acordei já com Peter tirando as malas do bagageiro e levando-a até a entrada do aeroporto. Era um lugar enorme. Havia muita gente, senti que poderia me perder, a propósito, é a minha primeira vez indo viajar de avião. Por isso, segurei na mão de Peter firmemente e ele retribuiu com um sorriso.

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