Capítulo 7

314 42 1
                                    

Durante a semana houve centenas de tentativas de beija-la, mas você simplesmente desviava ou dava passos para trás. Isso deveria deixa-lo irritado, porém ele é paciente e isso faz seu sangue ferver de pura paixão, puro tesão. "Ela vai ser minha". Você vai ser dele por completo.

Eren não media esforços para conseguir agradar sua "convidada", trancava a casa e ia até a pequena cidadezinha atrás de chocolates, sorvete ou qualquer outra coisa que [Nome] gostava. Já você só conseguia pensar no dia em que iria para casa. Você até tentou convencer Eren de que não diria nada do ocorrido a ninguém, mas ele não, nem se quer pensou na hipótese de deixa-la livre. Para ele isso era amor, para você era uma loucura tem cabimento.

Não somos os mesmos para sempre, estamos em constante mudança, é um fato, mas ninguém iria imaginar isso...
Eren havia acabado de chegar do mercado com uma sacola de papel nos braços, ele assobiava uma canção dos Beatles enquanto abria a porta, entrou com calma e trancou a porta, pôs as compras em cima da mesa e foi guarda-las, após se direcionou até o quarto onde [Nome] dormia e para sua surpresa ela não estava lá. O desespero logo tomou conta ele olhou para os lados e não havia nada além de desordem. A cama estava no centro do quarto e em cima da cama está a cômoda realmente pesada e no teto um buraco, telhas fora do lugar assim como as madeiras que a seguravam. Havia duas opções ou ela ainda estava no teto ou estava longe dali. Yeager correu até o lado de fora e olhou a casa, mas não havia ninguém só uma marca bem expressiva no chão de uma suposta queda. Você havia saído e com sorte estaria por perto, caso contrário estaria perdida e poderia morrer de frio. O jovem de olhos verdes pegou um casaco extra e uma lanterna e correu até a floresta.
Se passou 25 minutos e Eren andava e gritava "[Nome]" várias e várias vezes, mas sem resposta só o som horrendo do vento batendo nas árvores. Estava começando a esfriar e onde estaria [Nome]? Se demorasse mais você poderia morrer de frio, já que ele havia deixado apenas com uma blusa fina de mangas e um jeans. Já escuro o coração do jovem Yeager estava completamente partido e sem esperança quando ouviu um barulho de galho quebrando, se aproximou e então começou a ouvir uma respiração. Ele correu e encontrou sua amada deitada perto de um lago quase congelado. Estamos no final do outono e o inverno está chegando. Você estava encolhida, descalça, ele foi até você e a abraçou logo jogando o casaco por cima.

- Por que fez isso? Não me dê esse susto de novo!

- Eren? – você sussurrava.

- Xiii... – a pegou no colo e seguiu até a cabana. A deixou em cima do tapete perto da lareira que foi acendida de imediato e logo veio cobertores e mais cobertores. Seus pés descalços estavam sujos de terra então Eren esquentou água e os limpou com uma toalha enquanto ela tremia em frente à chama. Mais tarde ele notou que  você havia dormido e não querendo a deixar só ficou ao seu lado.

Yeager pode ser visto como louco, mas sua admiração por você é real. Ele olhava a jovem dormir com maior dedicação.

Quando deu por si estava abraçando-a e pegou no sono.

Na manhã seguinte Yeager acordou com um peso por cima de seu peito e algo o cercando, o abraçando e então te viu dormindo tranquila junto a ele. Pode ser que esse seja o momento de felicidade pela fuga, por que sem isso vocês não dormiriam juntos ali e você não teria dormido abraçada daquele jeito. Eren queria preparar um café da manhã para [Nome], mas não queria sair daquela posição então ficou mais um tempinho, pois logo você despertou e de forma preguiçosa abriu os olhos e por instinto o apertou contra si, ele sorriu e então você se afastou bruscamente dele.

- Foi você que me abraçou, acabei de acordar. – fez sua defesa.

- Como eu vim parar aqui?

- Depois de ter fugido? Eu fui esperto, te encontrei perto do lago que já está com a superfície cristalizada. Você ia morrer lá por pura estupidez!

- Estupidez? Me sequestra e diz que eu fiz uma estupidez?!

- Vejo que acordou afiada... Bom agora eu vou fazer o café da manhã para nós.

- Não estou com fome. – seu estômago roncou.

- É, tô vendo. – ironizou. Se levantou e foi até a cozinha – Acho engraçado que esses dias você estava me tratando tão bem. Fomos amigos e ai você me apunhala pelas costas... Isso não é bom.

- Eu, eu...

- Você? Só peço que seja sincera comigo. Se quer dizer que me odeia então diga, isso dói, me deixa magoado, só que você mentir para mim é ainda pior.

- Mas eu estava sendo sincera só que quando você saiu eu vi aquela oportunidade de voltar para casa, ter minha antiga vida de volta e eu não poderia deixar isso passar.

- Antiga vida? – se virou encostando-se na pia – O que era sua antiga vida? Sofrer diariamente por estar sozinha? Por não ter seus pais e viver apenas com um gato em uma casa grande onde ta cheia de lembranças tristes? É isso que você queria? Eu tô tentando de dar uma chance de voltar a viver de novo!

- Mas isso aqui não é viver!

- E como você sabe? Está a tanto tempo só que nem deve se lembrar do que é ser amada pro alguém, mas eu, eu estou disposto a te fazer lembrar, lembrar de tudo. – se aproximou – Se lembrar do que ter alguém te dando "boa noite" e "bom dia". – se aproximou ainda mais – Quero que se lembre de como é ter alguém segurando sua mão. – colou seus corpos – Quero que sinta de novo como é estar viva! – então a beijo.

De forma intensa e explosiva e em momento algum você se recusou, muito pelo contrário suas mãos foram parar em sua nuca enquanto as deles estavam em sua cintura logo.

Abruptamente você se afastou dele, ofegante, assustada e excitada. Ele sorriu cafajeste.

- Uau! – saiu de seus lábios.

- Não fala nada! – você disse envergonha.

- Beijar você é maravilhoso, imagine fazer outras coisas...

- Calado!

- O que? É verdade!

Então você deu as costas e voltou para o quarto. 

Síndrome de Estolcomo Onde histórias criam vida. Descubra agora