Capítulo 5

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Dias haviam se passado e a única coisa que [Nome] fazia era olhar pela janela a floresta escura e fria. Seus olhos umedeciam ao lembrar de casa, a saudade de sua antiga vida machucava freneticamente seu coração.

- Você não está feliz. – e lá estava Eren encostado na porta observando-a – Posso fazer alguma coisa? – ela negou – Meu amor não fique assim.

- Quero voltar para casa.

- Aqui é sua casa agora, deve se acostumar. – disse de forma passiva – Eu sei que é difícil entender, mas você será feliz. – sorriu e foi abraçá-la em forma de consolo – Vai ficar tudo bem.

[Nome] se sentia amedrontada toda vez que ele a encostava, não sabia o que ele queria de fato. Para você, Eren não passa de um louco. Havia tantas coisas em sua cabeça, nada parecia estar certo e de fato não estava, a saudade de sua casa, do seu gato e principalmente dos seus pais estava criando um rombo em seu coração.

- Vou preparar um chocolate quente para você, vai se sentir melhor. – porém ela nem havia se mexido.

Na cozinha Eren preparava a bebida para a garota, mas ele sabia que ela não estava feliz e isso o machucava, mas ele também acreditava que era o melhor para ela. Eren tinha certeza que esse amor seria correspondido, poderia levar dias, semanas ou meses, mas ela iria aprender a amá-lo.

Talvez vocês estejam achando que Eren é um louco, psicótico, sequestrador e bom estão certos, mas Yaeger também é sensível, doce e amável, nunca havia feito mal a ninguém, aliás já havia feito algumas coisas não agradáveis, mas acreditava fielmente que seus sentimentos pela jovem [Nome] eram reais. Já ela só acreditava que ele era um sequestrador psicótico o que é verdade, porém ela sempre ficava intrigada com o comportamento de Yeager, com aquele sorriso doce, a voz mansa e agradável em sua mente tudo conspirava para que ela surtasse de vez.

E lá estava ela olhando pela janela, seus pensamentos estavam longe, seu coração apertava e suas esperanças diminuíam cada vez mais. Talvez esse seja seu destino, pensou.

- Aqui está. – disse Eren entregando uma xícara branca – Seu chocolate. – mas ela não lhe deu atenção – Está mesmo triste não é? Imaginei que ficaria assim. Quer conversar sobre? – ele colocou a xícara ao seu lado.

[Nome] respirou fundo, aquilo havia a deixado irada.

- Conversar sobre? Conversar sobre? – disse alto – Acha mesmo que eu ficaria feliz sendo presta? Ainda mais com você! Eu nem sabia quem era você! Eren me responde uma coisa: que porra é essa que você pensa? Acha da noite para o dia eu vou acordar e amar você? Ahm? Acha mesmo que alguém seria capaz de amar você? Tenho uma surpresa. Não. – Yeager piscou algumas vezes em busca de controle – Eu odeio você!

- Cala essa boca! – ele gritou – Nunca mais diga isso! – a pegou pelo braço fazendo com que ela derramasse o chocolate ao seu lado e arrastou a garota até o sofá jogando-a – Eu sou só o que te restou. Sua família está morta. Ou você fica comigo ou não fica com mais ninguém.

- E-e-eu... – as palavras pareciam travar em sua boca.

- "Vo-vo-você" o que? Ta arrependida? Pode pedir desculpas, mas precisa de uma punição.

- Que? – disse incrédula.

- Vai ficar amarrada no quarto. Uma vez por dia eu vou te soltar para ir ao banheiro.

- O que? – ainda sem acreditar.

- A partir de agora...

Foi arrastada até o quarto, Eren trancou a porta atrás de si, abriu uma gaveta do armário e pegou uma corda.

- Deita ai. – disse autoritário.

[Eren] o olhou assustada e permaneceu imóvel.

- Eu disse para deitar! – gritou e sorriu ao vê-la visivelmente assustada – Agora você vai ficar ai, quieta.

Deu um nó em seu tornozelo e outro na cabeceira da cama. A jovem estava assustada, olhava para seu tornozelo preso, puxou algumas vezes na tentativa inútil de se livrar da amarração, olhava para o garoto de olhos verdes.

- Você ta louco?! Me solta! Me deixa sair! – gritou puxando a perna várias e várias vezes.

- Se não parar vai acabar se machucando. – deu as costas e saiu deixando-a aos gritos

- Me tira daqui! Socorro! Eu quero sair! Me tira daqui! – logo ela começou a chorar.

[Nome] olhava para os lados em busca de algo para poder cortar a corda que a prendia, seu desespero era grande, ela tinha certeza que sua sanidade estava indo embora. Esse seria seu fim.

Síndrome de Estolcomo Onde histórias criam vida. Descubra agora