Três dias em que os dois conversavam de forma amigável, apesar de que na hora de dormir você se sentia desconfortável de dormir na mesma cama que Eren, porém não era de todo mal por que estava frio e ter ele por perto a mantinha aquecida.
Ele respeitava o seu espaço, sabia que se quisesse conquistar de vez deveria dar a você espaço para que fique confortável. Os dois durante a noite dormiam tarde conversando sobre coisas aleatórias, música, livros... Eren estava feliz com isso enquanto [Nome] estava seguindo com seus planos, mas você estava gostando da companhia dele.
- Mais é claro que sim! – [Nome] afirmava se sentando na cama.
- Guns não é melhor que o Nirvana! – ele dizia se sentando também.
- Olha o grunge é legal, mas por favor o Hard Rock é bem melhor!
- Heresia!
- Por favor Eren, admita!
- Nunca! – riu – Nunca mesmo!
- Ah, ok.
- Metallica ou Megadeth?
- Metallica, claro. – disse num tom obvio.
- Tenho que concordar... – disse pensativo.
- Eles tem um som legal, bem legal.
- Acho que é melhor irmos dormir. – ele disse olhando o relógio ao lado da cama.
- É, são quase 3 da manhã!
- Boa noite [Nome].
- Boa noite Eren.
Disseram deitando e ficando de costas um para o outro. A noite passou e os dois ficaram cada vez mais próximos por conta do frio. Quando amanheceu [Nome] foi a primeira a acordar, se esticou um pouco e notou que Eren ainda estava deitado, você sabia que deveria se importar com a presença dele ali, mas não se importou, na verdade você nem ligou por conta da preguiça. [Nome] o olhou algumas vezes e então o cutucou até que ele foi acordando devagar.
- Oi... – disse sonolento.
- Tô com fome. – você disse.
- Espera mais 5 minutos? – disse ainda de olhos fechados – Mais 5 minutos... – então você notou que ele havia voltado a dormir, porém sua barriga roncou.
- Então tá. – disse se levantando enquanto se coçava.
Foi até a cozinha dando uma boa olhada nas coisas que estava a sua disposição. Fez suco, preparou algumas torradas e pegou algumas fatias de bolo colocando tudo na mesa e tomando seu café.
Após o término você lavou a louça que havia usado e então foi até a uma estante onde havia alguns livros, os olhou e pegou O Conde de Monte Cristo e então se sentou em um sofá embaixo da janela trancada, mas podia ver a chuva fina cair através do vidro embaçado.
No quarto, Eren se mexia de forma preguiçosa até que notou a solidão na cama, se levantou e foi até a cozinha vendo a mesa posta e [Nome] lendo adoravelmente. Não pode conter o pequeno sorriso desenhado em seus lábios.
- Bom dia! – ele disse coçando os cabelos desgrenhados.
- Hum! Oi, fiz café. – disse voltando sua atenção a leitura.
Eren se sentou e tomou seu café da manhã em silêncio a fim de não interromper a concentração de [Nome], mas ela mesma quebrou o silêncio enquanto fechava o livro.
- Posso fazer uma pergunta?
- Pode. – ele respondeu.
- Quantas namoradas você já teve?
- Quer saber quantas eu trago aqui? – ela o olhou assustada – Nunca trouxe ninguém aqui além de você.
- Ah, mas não era isso que eu gostaria de saber...
- Bom eu namorei apenas uma garota, mas não gostava dela de verdade.
- E qual era o nome dela?
- História. Eu tinha 16 anos, mas não durou muito.
- Por que não?
- Eu estava apaixonado por você. – você ficou sem jeito e até um pouco amedrontada – Eu sempre amei você [Nome], desde a primeira vez que nos vimos eu soube que era você. – se levantou andando até ela – Não havia por que eu namorar outras garotas.
- E-eren... – tentou dizer.
- É verdade. Eu sempre te amei, mas você nunca me notou. – o garoto de olhos verdes começou a ficar irritado ao lembrar da rejeição sofrida durante anos – Eu só queria te fazer feliz. – estava cada vez mais próximo – E quando você estava com aquele cara eu, eu... Eu não sabia o que fazer, eu odiava isso tudo, odiava quando você estava com outros caras e então eu fodia qualquer vadia, como se você fosse se importar. – a ira estava nítida em seus olhos.
- Eu, eu.... Eren...
- Cala a boca! Você me traiu!
- Não, eu, eu não...
- Por que? – seus olhos verdes lacrimejaram – Por que? – algumas lagrimas começaram a cair e o choro foi inevitável – Eu não o suficiente? – caiu sobre os joelhos e logo deitou sua cabeça no seu colo.
- Shiiii... – você tentou acalmá-lo apesar da tremedeira por conta do medo.
- Eu juro que vou ser melhor, eu juro... – segurou firme nas coxas de [Nome] – Naquela noite era eu e você?
- O que? – os olhos verdes encaram os castanhos.
- Era eu que você queria ou aquele seu ex-namorado patético?
- Não! Não...
- Se menti para mim eu juro que não vai gostar.
[Nome] sentia tanto medo que não conseguia raciocinar. Pânico. Pavor. Não sabia ao certo, mas a certeza é de que não estava bem. Você não entendia por que havia essa mudança repentina de humor, ora agressivo, ora gentil, você não sabia lidar com isso.
Por outro lado Eren se sentia traído, arrasado, sentia como se seu peito tivesse sido esmagado. Ele a amava tanto, a amava mais do que ele mesmo.
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Síndrome de Estolcomo
Hayran Kurgu[CONCLUÍDA] sín·dro·me (grego sundromê, -ês, reunião) substantivo feminino 1. [Medicina] Conjunto de sinais e sintomas que caracterizam uma doença. 2. Conjunto dos sinais e sintomas que caracterizam determinada condição ou situação. 3. Caracterizad...
