Tudo estava escuro, parecia que a escuridão havia tomado conta daquele lugar, mas afinal de contas que lugar era aquele? Só se ouvia uma voz de uma mulher mais velha com seus quarenta anos chamando:- [Nome] querida... - sua voz era suave e melancólica - É a mamãe, o papai está te esperando no carro para voltarmos para casa. Todos nós como uma família novamente.
No escuro o rosto levemente envelhecido se fez presente. Cabelos castanhos e ondulados, olhos verdes e um sorriso forçado direcionados a [Nome].
- Mamãe? É você? - você perguntou segurando as lágrimas, mas sentia em sua garganta algo se formando.
- Sim. - logo sua expressão mudou, o sorriso forçado sumiu e agora havia um olhar de puro ódio - Sua garota imprestável! Por que não veio com a gente? Você deveria estar aqui... - a voz foi ficando grave e o rosto da mulher foi deformando como se estivesse derretendo.
[Nome] levantou assustada, seu coração parecia que iria sair de seu peito, sua respiração estava acelerada. Piscou algumas vezes ainda atordoada e viu onde estava e aí toda a realidade tomou conta. Eren ainda estava deitado, até que era madrugada, porém ele estava acordado olhando para você sério.
Você dobrou os joelhos e os abraçou, tentou ser forte, mas logo as lágrimas começaram a rolar pelo seu rosto, tentou controlar a respiração para que não fosse possível notar seu estado, mas Eren sabia que você não estava bem e fez questão de levantar e abraçá-la, [Nome] não se afastou, mas também não retribuiu o abraço.
- Seja o que for foi só um sonho ruim... Eu estou aqui! - ele tentou confortá-la usando um tom de voz doce e extremamente agradável.
[Nome] não parava de chorar, pois para você houve um abandono.
Para você o fato de estar viva era um fardo terrível, você não teria coragem de tirar a própria vida, mas não queria estar nela sem seus pais, você sentia como se cada batida de seu coração fosse um pulso de traição contra seus pais mortos.
- Quer que eu traga alguma coisa para você? Hm? - ele perguntou de forma doce e você negou com a cabeça e voltou a se deitar encolhida olhando para a parede, Eren a abraçando, mas ela tentou se livrar de seu carinho, porém ele sendo mais forte a manteve por perto. Olhando não parecia que ele queria ser carinhoso e sim agressivo...
Você se manteve quieta até que o sono viesse novamente.
Na manhã seguinte o sol raiava frio, era possível ouvir passarinhos cantando nas copas das árvores.
Apesar do frio o dia estava bastante claro e seria perfeito para renovar as energias. [Nome] acordou e olhou ao redor se vendo só na cama, aquilo foi um grande alívio para você, pois o garoto Yaeger só lhe causava medo.
Você levantou e sentiu um choque ao tomar seus pés no chão frio, logo calçou os pés e foi caminhando até a cozinha onde encontrou seu sequestrador conversando e ansioso no telefone, ela encostou-se a uma estante repleta de livros e se escondeu apenas observando o que ele falava.
- ... mas eu não sei... Mãe! Quero ficar só aqui!... Eu sei, eu sei... Não sei, acho que pode demorar mais do que eu imaginava... Tá, tchau. - desligou o celular e o guardou no bolso - É feio ouvir a conversa dos outros [Nome]. - disse ainda de costas.
- Ah... - você não sabia o que responder - Como, como... - ele a interrompeu.
- Como sabia que estava aí? Senti o cheiro doce, seu cheiro. - ficou de frente.
Seus olhos verdes penetrantes fizeram seu corpo vibrar de forma incomum.
- Venha, preparei o café da manhã. - se dirigiu até a mesa onde se sentou e começou a se servir - Eu sei que gosta de panquecas. - sorriu de forma um tanto maldosa.
- Ah... Sim, sim... - você disse meio assustada - Pode pegar o molho? - seus olhos estavam assustados, seu corpo tremia levemente.
- Sente-se querida. - na tentativa de ser cordial puxou a cadeira e com a mão apontou para a mesma, [Nome] se aproximou devagar ainda com receio, sentou-se à mesa e piscou algumas vezes olhando para a mesa posta a sua frente.
Querendo ou não fazia tempo que ela não era tão mimada assim, pois vivia só. Estranho? Sim, mas as coisas têm a tendência de piorar.
Após o café da manhã Eren acompanhou sua querida [Nome] até o lado de fora da casa e pela primeira vez você sentiu a brisa fria bater em seus cabelos, fechou os olhos e respirou fundo, a poucos passos dali o garoto de belos olhos verdes observava a cena com total contemplação, ele a via como uma deusa. Ele observava cada centímetro do seu corpo, ele viu de câmera lenta ela abrir os olhos e umedecer os lábios. Seu coração disparava, seu corpo vibrava e a paixão tomava conta de seu ser.
- Eu te amo! - ele disse sem pensar duas vezes.
- O que disse? - você olhou para o garoto.
- Eu disse que te amo.
- Sabe o que é o amor?
- O que você acha que é [Nome]?
- Amor é quando você quer que a outra pessoa seja feliz independente de tudo.
- Concordo. Por isso que você está aqui, para ser feliz.
- Mas eu não estou feliz Eren.
- Você vai ser feliz, eu posso te fazer feliz mais do que qualquer um nesse mundo!
- Mas não assim Eren, eu não amo você, eu não quero ficar aqui, eu quero ir pra casa!
- [Nome]! - ele disse alto - Você vai ser feliz! - ele estava alterado e irritado - Você é minha! Só minha! Apenas minha!
Você deu dois passos para trás assustada, engoliu em seco, seus olhos estavam tão tristes e assustados que até deu um pequeno nó no peito de Eren.
- Desculpa por ter gritado... É que pensar em perder você me dá um nó no coração, uma dor no peito. - seus olhos marejaram, algumas lágrimas teimosas caíram de seu rosto macio - Eu não posso viver sem você, eu não posso ficar sem você meu amor!
- Hum. - ela tentou dizer algo, mas só isso saiu do fundo de sua garganta.
- Não fica brava! - você, por medo,
assentiu - Agora venha, vamos... - sorriu sem vontade.
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Síndrome de Estolcomo
Фанфик[CONCLUÍDA] sín·dro·me (grego sundromê, -ês, reunião) substantivo feminino 1. [Medicina] Conjunto de sinais e sintomas que caracterizam uma doença. 2. Conjunto dos sinais e sintomas que caracterizam determinada condição ou situação. 3. Caracterizad...