O incidente anterior, ou melhor dizendo, surto que o rapaz teve foi devidamente esquecido. Não é que [Nome] iria apagar aquilo da memória, mas entendia, de alguma forma, o que ele estava sentindo. Ele a amava, ou pelo menos pensava que sim e em um momento de desespero pediu que seus sentimentos fossem retribuídos.
Depois de pensar sobre isso ela se levantou da cama e foi até a cozinha o encontrando.
- Bom dia, minha querida. – dizia Eren sorrindo enquanto preparava de forma alegre o café da manhã.
- Oi, oi... – disse baixo.[Nome] respirou fundo, seu coração acelerou e veio aquele frio na barriga, mas não era medo que ela sentia, não dessa vez, estranhamente era algo que ela havia sentido uma vez com seu ex-namorado. "Será? Não, não pode ser." Se perguntou enquanto se sentava na mesa.
- Suco ou café? – ele perguntou.
- Ahm?
- Quer suco ou café?
- Café, café...
- Tem waffles, torradas e ovos mexidos.
- Que disposição a essa hora da manhã. – disse a garota olhando o relógio na parede.
- Acordei animado hoje. – sorriu roubando-lhe um selinho e logo se sentando – Sabe, estava pensando aqui, faltam cinco semanas para o Natal e o que quer ganhar?
- Eu, nada não.
- Tem certeza?
- Tenho, tenho.
- O que houve? Está tão quieta.
- É só que eu estou com um pouco de sono ainda.- Está tudo bem, mas sabia que teve um Natal em que eu prendi meu casaco...
E então ela parou de ouvir, ela o olhava, mas sua atenção estava concentrada em seus lábios rosados e bem desenhados, em seus olhos verdes, na curva de seu maxilar e o quão sexy ele ficava enquanto seu cabelo caia sob seus olhos. Dizem que todos nós temos aqueles 6 segundos se coragem em que fazemos coisas que queremos. Nesse pequeno surto de loucura [Nome] se levantou indo em direção a Yeager o puxando da cadeira e o beijando de forma profunda e intensa.
Da cozinha para a sala onde se jogaram no sofá ainda entre os beijos intensos e molhados. As mãos dele percorriam o corpo dela apalpando-o, primeiro suas coxas, subindo para sua bunda até agarrar de forma firme e impiedosa em seus cabelos. Logo suas roupas foram tiradas de seus corpos e jogadas em um canto qualquer. Eren segurou firme o quadril de [Nome] e o impulsionou para cima e para baixo penetrando-a.
Para muitos isso pode ser loucura, mas também deve ser entendido que há algum tempo que, caso ainda não notado, [Nome] sentia uma atração física forte por ele, talvez pelo seu sorriso ou pelo fato dele ser absurdamente sexy, ela ainda não sabia ao certo apenas sentia e sentia com muita força. Era algo surreal, parecia algo externo que vinha e tomava seu corpo possuindo-a. Para ela tudo estava bagunçado, sua mente dá mil e uma voltas por segundo a cada vez que Yeager a beijava ou puxava seus cabelos. Sem pudor. Palavras que pareciam não existir. Eles, naquele momento, estavam se entregando ao mais primitivo e sórdido desejo. Todas as mordidas distribuídas deixavam marcas em seus corpos. Se houvesse vizinhos com certeza ouviriam os gemidos e as lamúrias, mas por ser um lugar afastado ali não havia perigo de que alguém escutasse os palavrões e dentre outras coisas.
Já esgotados os dois deitaram no chão tomando o fôlego. Eren olhava para ela, tentando esconder o sorriso que desenhava levemente seus lábios rosados, ele se sentia como nunca antes. Ela, apenas tentava não pensar em nada.
- Eu.. – Eren começou a falar, mas logo foi interrompido.
- Não diga nada. – ela respirou fundo – Não estraga tudo falando besteira.
O silencio voltou, passaram um tempo deitados até que [Nome] se levantou e catou suas roupas indo depois ao banheiro, trancou a porta para garantir que ele não a perturbasse. Ligou o chuveiro entrando de cabeça, a água estava no ponto certo, bem quente, dando para notar o vapor que saia."Qual meu problema agora? Eu não posso continuar com isso. [Nome] você tem que se livrar disso! Como é que você faz isso com você? Surtou?... Gostar é uma palavra forte, mas atração se encaixa perfeitamente. Puta que pariu. Por que ele tem que ser tão gostoso? Caralho, eu to muito fodida nessa vida! Se eu ficar nessa eu sei que vou me dar mal além do que não quero passar o resto dos meus dias nesse lugar! Que se foda essa porra toda!"
Era exatamente o que ela pensava no banho além das lembranças de minutos atrás. Já Yeager tinha pensamentos diferentes, além de relembrar o ocorrido já tinha em mente o próximo passo.
"Ela é o amor da minha vida. Eu sei disso. Ela me provou isso hoje, provou que me quer, mas só não entendo sua resistência. Mas e se eu tiver errado? E se ela não gostar realmente de mim? Ninguém mente para mim. Nunca. Ela não faria isso. Nós nos amamos, eu sei disso, ela me ama também."
[Nome] saiu do banho enrola em uma toalha branca entregando outra a ele.
- Peguei para você. Pode ir tomar seu banho. – deu as costas indo até o quarto pegar roupa limpa.A definição da palavra amor é complexa e ao mesmo tempo tão simples, assim como senti-lo. Amar alguém é cuidar e em todo caso era o que Eren estava fazendo; então isso seria amor? Amor também pode ser uma atração que tem base nas relações sexuais então o que [Nome] sentia era amor?
Durante aquela semana inteira eles não se falavam direito, mas a noite estavam lá desfrutando do corpo alheio para o prazer individual.
Naquela manhã [Nome] acordou sozinha, foi ao banheiro e depois tomar café, mas quando chegou à cozinha encontrou o garoto Yeager conversando no telefone.- Eu sei mãe.... Olha aqui o sinal não é muito bom... Eu sei que eu prometi ficar pouco tempo, mas eu estou bem aqui... Eu já conversei com ela e eu volto no final do ano, provavelmente.... Eu te amo.... Também estou... Não precisa vir aqui... Mãe.... Mãe... Olha é que eu preciso de um tempo sozinho aqui e vai ficar tudo bem, não é que eu te ame menos... Ok... Até breve. – desligou.
- Sua mãe ligou?
- Ah, está ai, sim ela ligou.
- Quer dizer que eu vou sair em breve.
- Talvez, acredito que sim. Você poderia ter pedido por ajuda, sabe disso não é?
- É, eu sei, mas você poderia ter me matado também e é a sua mãe, se você dissesse que estava vendo um filme ela poderia acreditar e não iria cavar o quintal para achar meu corpo.
- Acha mesmo que eu seria capaz de te matar? – se aproximou.- De você eu espero tudo.
- Tudo? – colocou suas mãos na cintura da moça.
- Eu não estou aqui por vontade própria.
- Mas se pudesse sair agora o que você faria?
- Eu não sei.
- Não sabe?
- Não.
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Síndrome de Estolcomo
Fanfic[CONCLUÍDA] sín·dro·me (grego sundromê, -ês, reunião) substantivo feminino 1. [Medicina] Conjunto de sinais e sintomas que caracterizam uma doença. 2. Conjunto dos sinais e sintomas que caracterizam determinada condição ou situação. 3. Caracterizad...