Estagiária ²

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Mergulhei no projeto para a apresentação e mal percebi que a maioria dos funcionários já se preparava para ir embora. 
— Vai dobrar?
– Ela me estendia minha caneca de café. 
— Que horas são? 
— Passou das dezoito. 
— Meu Deus… já?
– Ela meneou a cabeça.
— Eu tô muito atolada aqui. Vai embora, menina. Você já passou muito do horário. Vou chamar um táxi pra você.
Logo o segurança da noite entrou para fazer a verificação do setor, e foi até minha sala.
— A senhora vai ficar até tarde, doutora?  — Vou sim, não tenho hora pra sair hoje, talvez vire a noite por aqui.
– Disse a ele.
— Vou pedir uma pizza mais tarde pra gente, espera pra comer comigo. 
— Vou trancar a porta do escritório por segurança e seguir a ronda. 
— Tudo bem, eu tenho a chave. Vou descer já para colocar a mocinha aqui num táxi.  Ela esperou o segurança descer e me encarou.
— Por que eu não posso ficar com você? 
— A senhorita não tem hora pra estar em casa? 
— Eu estaria na aula agora.
— Maraisa, você não pode faltar aula.
— A professora de hoje já liberou. Me diz o que eu posso ajudar.  Me dei por rendida, já que eu realmente precisava de ajuda, e pedi que digitasse algumas coisas no computador.
Ela trabalhava séria, não tentou nada e realmente estava disposta a me ajudar.
No escritório só a movimentação da equipe de limpeza que deixava tudo pronto para o dia seguinte e logo iriam embora. 
Pedi umas pizzas por volta de oito horas, Maraisa havia ido ao banheiro e quando chegou a entrega, o vigilante me levou no escritório.
Eu já estava descalça, cabelos presos e com a mesma camisa que eu fui ao shopping, o homem não entendeu nada. Dei a ele uma caixa e uma garrafa de refrigerante, e logo me respondeu que estaria na sala da segurança, que se eu precisasse era só chamar.
  Fui ao banheiro da diretoria lavar as mãos, já levando minha mochila comigo, e Maraisa estava frente ao espelho, havia acabado de lavar o rosto e os cabelos estavam meio úmidos.
— Desculpa… vim nesse banheiro mesmo que era mais perto.
– Falou se justificando já que o sanitário dos outros funcionários era no corredor. Prendi a menina na pia, inconsequentemente sem pensar em mais nada.
Tomei sua boca com a vontade e o tesão que eu contive por meses a fio, me livrando da sua camiseta e deixando seu tórax coberto apenas pelo sutiã cor da pele que ela usava.  Ajudei que ela se sentasse sobre o balcão, e me encaixei entre suas pernas, sem soltar nossas bocas.

Maraisa gemia em mim, por vezes arqueando a cabeça para trás, deixando-me o colo livre. Se desfez da própria peça íntima, deixando os seios na altura da minha boca. Um cheiro de suor e perfume doce me enlouquecendo, e passei a minha língua levemente sobre seus mamilos, vendo
—a se segurar na minha nuca.
Meu sexo pulsava e pedia mais dela, cada beijo era intenso, único. 
Por vezes ela passava a língua na minha boca, nos meus lábios, arfando em mim. Segurei em suas costelas e chupei seus seios com mais força, ouvindo
—a gemer meu nome. 
O calor do banheiro logo me fez suar, e minha testa molhada tocava em seu corpo. Ela tirou minha camisa, e tentava abrir o fecho do meu sutiã, sem sucesso. Mordi seu lábio inferior e me afastei um pouco, tirando então o que cobria meus seios. Voltei a segura-la pela cintura e meus beijos passavam do pescoço ao seu colo, por todo seu busto.

Maraisa gemia de forma incrível e fatalmente ela percebeu que quanto mais o fazia, mais eu aumentava minhas investidas.  Segurei sua bunda por fora da roupa, apertando-a para mais perto de mim, sentindo suas mãos entrarem em meus cabelos, e puxando-os levemente.
Eu a queria de todo o custo e forma. Só fingia para mim mesma que não a desejava. Ela sabia disso. Ela tinha certeza. E cada vez que eu a beijava era correspondida a altura. Pus então minhas mãos por dentro de sua calça, apertando sua bunda, e ela gemeu alto. Circundei no cós da sua calça, roçando sua pele, até passar perto do seu umbigo. 
Maraisa jogou o corpo para trás, facilitando-me chegar até seu sexo, mas sem toca-lo totalmente. Ela segurou minha mão, e eu cessei o movimento, pensando que ela não queria. Quando ela abriu o botão e desceu o fecho. Olhei em seus olhos, ela estava entregue. Alcancei seu clitóris, que rígido e molhado, pulsou nos meus dedos.  A menina cravou as mãos nos meus ombros quando a penetrei, gemendo e chamando meu nome. Beijava sua boca entrando e saindo dela, que rebolava na minha mão. 
— Marília… Fode… me fode… vou gozar.  Seus pedidos com a respiração ofegante me fizeram tremer. Meu sexo já pulsava tanto que eu também não aguentaria muito tempo. Baixei minha calça e me toquei ao mesmo tempo que fazia nela. A cada gemido eu melava e me contraía mais. O tesão era tão intenso que eu gozei antes dela. Tirei as mãos de mim, e a puxei mais forte pela cintura, fazendo meus dedos a penetrarem mais fundo. E em alguns minutos ela gozou, deixando a cabeça cair no meu ombro.
— Meu Deus… que loucura…
– Sussurrei. 
— Foi ruim?
— De jeito nenhum…, mas é loucura.
— Você se prendeu tempo demais...
— Preciso de um banho.
– Ignorei o comentário dela.
— E eu preciso ir pra casa. Ou minha mãe manda me matar.  Nos arrumamos e chamei um táxi para ela, mandando pizza para que ela levasse para casa. *
— Bom dia. – Ela entrou na sala a um sinal meu, mas pedi que mantivesse silêncio.
— Oh! Sim, está tudo pronto para amanhã. – Eu andava de um lado para outro da sala, nervosa.
— O senhor não vai se arrepender. Sim… sim… eu sei que está preocupado, mas não perderemos esse projeto, ok? Dou minha palavra! Estarei lá amanhã!
– Sentei na minha cadeira, esgotada. 
— Você não dormiu, não é?
– Maraisa sentou-se a minha frente, segurando levemente a minha mão, e retirando-a em seguida. 
— Virei a noite nessa merda.
– Apontei para o notebook e a infinita quantidade de papéis sobre a mesa.
— E quanto mais eu olho mais eu encontro alterações a fazer. O prazo era para mês que vem, mas eles pediram um adiantamento e eu disse que daria conta.  — Eu não sou a profissional que você é, mas posso tentar ajudar... E se me ensinar algo? – Eu sorri gentil de volta, ela não tinha culpa do meu mau humor.
— Podemos começar tomando um café, porque eu encontrei a caixa da pizza intocada na copa, então você não comeu nada. Realmente eu não havia parado para comer, estava preocupada demais, quando me dei conta o dia já tinha amanhecido, e foi o tempo de tomar um banho rápido no escritório mesmo. Pensei que Maraisa fosse fazer algum comentário sobre a noite anterior que me deixasse ainda mais nervosa, mas ela estava agindo normalmente, então aceitei que fôssemos a uma cafeteria próxima.
A companhia dela foi extremamente agradável e em alguns momentos eu até me esqueci do trabalho. Gostei de vê-la falando sobre seu dia a dia, família e escola. Tínhamos alguns anos de diferença de idade, e ela parecia uma jovem promissora. De todos os aprendizes que passaram por mim, certamente ela é a melhor. Em todos os sentidos. Voltamos para minha sala e comecei a explicar as mudanças que eu fiz, e dessa forma acabei percebendo algumas coisas que eu poderia mudar para melhor. Aproveitava e ensinava sobre o que fazer na reunião e no que eu precisava dela.
A manhã foi extremamente mais tranquila, com a presença dela ali eu estive mais calma e vi coisas no projeto que antes me cegaram. 
— Vamos almoçar?
– Convidei olhando o relógio.
— Hoje não vai dar, mas adoraria.
— O que houve? 
— Minha mãe está aqui no centro e vou almoçar com ela. Pensei alguns minutos, e logo encontrei a solução, que de longe parecia a mais ética, viável ou correta. E eu certamente enlouqueci. 
— Ligue para ela e peça para esperar na portaria, já vamos descer. Eu vou levar vocês para almoçar e aproveito e conheço-a.
— Ela não vai aceitar, Marília. Mamãe tem muita vergonha e aqui não é lugar para a gente como nós.
— Maraisa me ouça. Eu sou “gente como vocês”. Eu sou a única pessoa formada na família, meus pais nem o ensino fundamental tem. Peça pra ela me esperar, quero muito conhecê-la. 
A jovem foi ligar para a mãe e enquanto isso eu tratei horários com a responsável pelo projeto que emprega Maraisa, já que amanhã ela teria que sair comigo, e hoje eu pretendia me estender um pouco no almoço.
O pessoal do escritório já estava acostumado com minhas trocas de roupa no meio do expediente, visto que muitas vezes usava meu almoço para ir a academia, então foi fácil colocar meu tênis e camiseta sem atrair atenção. Quando a menina voltou, ficou me encarando alguns segundos. 
— Como sabia que ela iria aceitar? 
— Sexto sentido. O almoço foi extremamente tranquilo e agradável.
A mãe de Maraisa era muito simpática, e me revelou que estava doida para me conhecer, já que a filha passa horas falando de mim em casa, deixando a menina bastante sem graça, sobretudo quando me revelou que achava que a garota estava apaixonada por mim.

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