Você de novo?

Sempre fui seu... (p. 47)

Chegando lá, parei meu carro na entrada e dei a chave para o manobrista, mas antes abri a porta do passageiro e estendi minha mão para Julieta, que aceitou e correspondeu com um sorriso.

- Dou três segundos para os paparazzis, começarem a lançar seus flashes em nossa direção. – Disse em meio à um sussurro e ela me lança um sorriso cumplice.

- 3... 2... 1... – Assim que ela termina de contar os flashes são direcionados à nós, fizemos poses e respondi algumas perguntas como: "Quando irá acontecer o casamento?" ou "Com a quebra de uma peça da máquina de tecidos o lançamento da coleção de verão iria atrasar?".

Fomos então liberados pelos jornalistas e adentramos o grande salão, ele estava elegante com tons em amarelo e dourado, mesas estavam dispostas nas laterais e ao centro uma pista de dança juntamente com um palco com alguns instrumentos musicais e músicos.

- A festa está incrível. – Comentei olhando ao redor.

- Concordo. – Escuto aquela voz já conhecida por mim e viro-me rapidamente.

- Christopher! – Exclamo e vou de encontro ao meu amigo e dou um abraço rápido e duas batidas em seu ombro. – Finalmente a patroa soltou a coleira? – Disse brincalhão.

- Nah, só soltei um pouco a corda guia. – Disse Dulce com um vestido lindo em preto e vários straz prata. – Bom te ver Poncho e... Julieta. – É notório o seu tom de descontentamento, apesar de que ela nunca gostou de Julieta.

- Você está belíssima Dulce. – Diz minha noiva, segurando firme meu abraço.

Estamos em uma conversa muito agradável com o casal do ano, como diz a People do México, e os olhos de Christopher e de Dulce fixam atrás de mim, viro-me e vejo Ela descendo as escadas da entrada até o salão, ela estava linda com um vestido vermelho vivo, com seu cabelo preso em um coque elegante e sua maquiagem realçava sua beleza, não era nem básica e nem extravagante, mas o batom vermelho estava lá, realçando ainda mais seus lábios.

- Nossa... Ela está incrível. – Diz Dulce ao meu lado, concordo com a cabeça sem poder desviar meu olhar dela.

- Hey, limpa a baba. – Cochicha Christopher em meu ouvido, só assim volto para a realidade e ele ri.

Olho para o lado e vejo Julieta me olhar com cara feia, parecia que estava com ciúmes, mas não dei muita atenção, voltei minha atenção para Anahí e em como ela estava linda, mas meu transe é logo retirado quando vejo Joaquim passar a mão em sua cintura como forma de posse, mas eu vejo que ela odiou a atitude dela, mas meu ciúme ainda presente em meu ser, me fez querer as mãos do rapaz da cintura dela.

Noto eles se aproximando e vejo nervosismo em seu olhar, eu ainda conhecia cada parte do seu corpo, por mais que já tiveram se passado anos, ela trocou poucas palavras e logo foi chamada para discursar sobe o evento e ela abrilhantou mais a noite, com o fim todos a aplaudiram de pé, desde noa ela tinha aquele carisma para liderar de forma amigável e humilde.

Vejo ela se levantando e ir em direção aos banheiros, como se fosse ironia ou não, meu intestino deu sinal de vida, pedi licença aos presentes me minha mesa, que eram o pessoal da indústria em que comando, segui até o banheiro, mas não havia plaquinhas, então entrei no que estava à minha frente e assim que entrei, eu a vi saído do cubículo onde se encontrava o vaso sanitário.

- O que faz aqui? – Ela diz com a um tom de assustada.

- Desculpa não tinha plaquinha e eu.... – Anahí não me deixa terminar minha frase, me cortando logo em seguida.

- Você é um pervertido descarado. – Ela tenta passar por mim, mas acaba tropeçando em seu próprio pé, quase caindo ao chão, como tenho bom reflexo a seguro em meus braços e nossos olhos se encontram, como na primeira vez que nos encontramos, mas dessa vez, alterno o olhar entre seus olhos azuis e sua boca vermelha, nossas cabeças vão se aproximando e o barulho da maçaneta é escutado e a porta se abrindo, ambos olhamos para a mesma direção.