Quando o Sol se pôr (p.41)

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- Você? – Pisquei vária vezes tentando me acostumar com o que estava em minha frente

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- Você? – Pisquei vária vezes tentando me acostumar com o que estava em minha frente.

- Anahí? – Perguntou o homem a minha frente quase não o reconheci.

- A minha nossa! Christian? – Ainda olhei, sem acreditar. – Ai minha nossa! – O abracei assim que tive uma confirmação com sorriso.

- Chica, você está muito bonita, esse cabelo, nessa cor ... – Falou todo contente. – Magnífica, mais bonita impossível.

- Awn! São seus olhos. – O abracei novamente. – Mas e ai o que está fazendo aqui?

- Pois bem, sou o novo advogado da Portillo Modas. – Fez sinal com os dois braços abertos com as palmas das mãos para cima.

- Fico muito feliz. – Olhei para o lado e só assim vi sua maleta no chão.

- Pois bem, tenho que resolver umas pendências que seu irmão deixou para última hora. – Suspirou. – Depois que Dulce anunciou a gravidez, ele só pensa nisso. – Sorri de lado ao lembrar de quando eles me ligaram.

Início Flashback

Estava em meu escritório em Londres, quando recebi uma ligação de vídeo chamada do meu irmão.

- Olá! Titia do ano! – Ele nem havia me dado um oi direito, já foi soltando a bomba em meu colo.

- Oi... Titia? Como assim titia? – Olhei para tela com o semblante de que não estava entendendo nada.

- Sim titia e madrinha! – Dulce Maria surgiu do além. – Você aceita ser a madrinha de nosso bebê?

- Nem em minha décima encarnação recusaria um pedido desse. – Sorri abertamente para os dois, por um minuto me imaginei com Alfonso e um tristeza me abateu. – Sim, eu aceito ser a madrinha dessa linda criança que irá nascer. – Sorri abertamente para eles.

Fim flashback

- Entendo completamente, confesso que fiquei muito surpresa quando eles me ligaram contando a situação em que se encontravam. – Sorri de lado. – Mas preciso entrar, vamos combinar de fazer algo com o pessoal. – Sugeri e ele sorriu abertamente.

- Sim, seria ótimo, mas eu realmente preciso ir. – Assenti. – Nos vemos mais tarde.

- Claro. – Concordei. – Boa sorte no que for resolver.

- Obrigado. – Agradeceu-me e desceu as escadas rapidamente e atravessou a rua movimentada da grande Cidade do México.

Girei meus calcanhares e encarei o grande prédio espelhado, sorri ao recordar de quando era criança e brincava pelos corredores, juntamente com Joaquim. Fiz uma nota mental de mandar uma mensagem em seu Whatsapp, queria muito ver meus amigos, especialmente Julieta que há anos não via, apenas trocamos algumas mensagens ou ligações.

Suspirei e entrei, estava na hora reencontrar pessoas do meu passado, tomei o elevador panorâmico, uma das últimas obras da empresa, a cada andar uma vista maravilhosa, Londres era linda, mas não tanto quanto a minha cidade natal.

As postas se abriram e eu entrei com o pé direito no corredor das salas da direita e da esquerda e ao final dele uma porta dupla envernizada, com trinco dourado e na frente estava a mesa da secretária, sorri ao ver que ainda era a Senhorita Sara, pois seu nome estava na plaquinha que há anos dei de presente para ela.

Abri as portas e me deparei com uma vista esplendia da cidade, segui na parede feita de janela, atrás da cadeira, fiquei observando a vista quando escutei uma voz.

- Senhorita, você não pode ... – Virei-me e sorri ao ver Sara. – Minha nossa! Anhaí, você está tão linda, não a reconheci de costas. – Sorri abertamente e fui abraçar ela, muitas vezes em minha adolescência ela me ajudou com questões femininas, pois infelizmente minha mãe não estava conosco. – Que saudade menina.

- Senti saudades de você também. – Voltei a abraçar. – Vamos sentar para podermos conversar. – Apontei para os sofás que tinha ali na sala, ela era muito ampla com vários móveis. – Mas enfim, me deixa a par de todas as novidades da empresa.

Então ela começou a afalar e segui com a análise alguns documentos que precisaria enviar para a fábrica, para a confecção das roupas, durantes esse anos percebi o quanto meu pai dava duro para fazer funcionar as suas indústrias.

Após algumas hora de trabalho, meu estômago roncou de fome, percebi que já estava na hora do almoço, então me direcionei ao refeitório, meu pai sempre tratou bem seus funcionários, sempre os tratava como parte da família, ao menos essa era a minha visão, chegando lá, todos estavam sentados à mesa, cada setor estava separados em uma mesa diferente, sorri ao comparar com os colégios londrinos.

Maite, assim que me viu acenou e fui me juntar à ela, conversamos sobre tudo, além de meus familiares e alguns amigos, ela era uma pessoa incrível, muito alto astral que me fazia bem sempre, conversamos coisas banais sem ter haver necessariamente sobre Londres ou os anos que passei longe do México, ela sabia a minha dor e agradecia muito por ela tentar me fazer esquecer aquele episódio, que me impulsionou a sair do país.

Voltando para o trabalho, estava procurando uma pasta preta, pois como papai havia me ensinado os documentos eram catalogados por cores, as verdes era documentos do dia a dia, as vermelhas eram aqueles que só os diretores e a presidência tinham acesso e a preta, eram documentos importantes para a empresa, que apenas os presidentes tinham acesso, vi a dita pasta, na última prateleira estante, que por sua vez era três vezes o meu tamanho, olhei ao redor e não vi nada alto suficiente, que eu pudesse usar, apenas a cadeira de rodinha.

Me apoiei nela e subi, mesmo assim não alcancei a prateleira, comecei a subir nas de baixo, pois estavam vazias e assim me ajudavam a pegar a pasta, porém ambas quebraram devido ao meu peso e me dependurei na estante, que por sorte estava pregada junto à parede, meu pés estavam balançando e não conseguia mais encontrar a cadeira o desespero foi se espalhando pelo meu corpo, meus dedos foram deslizando e estava pronta para o baque, pois eu iria cair e direto ao chão.

[Música on – Por Besarte (Refrão) – Lu]

Fechei meus olhos, mas o chão gélido não veio de encontro ao meu corpo e sim braços fortes, abri meus olhos e vi o homem mais lindo que já vi, o mesmo que em minha juventude me levou ao céu e ao mesmo tempo o inferno. 

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