Quando o Sol se pôr (p.42)

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[Música on – Por Besarte (Refrão) – Lu]

Fechei meus olhos, mão o chão gélido não veio de encontro ao meu corpo e sim braços fortes, abri meus olhos e vi o homem mais lindo que já vi, o mesmo que em minha juventude me levou ao céu e ao mesmo tempo o inferno.

[Música on – Por Besarte (Refrão) – Lu]

- Pode me soltar, por gentileza? – Falei impaciente, pois aquele toque trouxe-me lembranças de um passado que só me deram tristezas.

E assim ele fez, me afastei prontamente.

- O que você está fazendo aqui? – Perguntei cruzando os braços na frente de meu peito.

- Eu vim falar com o presidente. – Disse dando de ombros. – Onde está o seu irmão?

- Está de férias. – Falei sentando-me na cadeira de couro preta. – Mas pode falar comigo, já que por hora, sou a presidente daqui. – Cruzei meus braços e esperei que ele continuasse.

- Pois bem. – Iniciou Alfonso. – Precisamos de uma verba a mais para o concerto de umas máquinas de costura, como sabe sou o diretor da fábrica que faz as roupas. – Assenti positivamente.

- Sim, de fato já estou ciente da peça. – Lembrei que uma das minhas ações dessa manhã foi assinar um termo para a compra da peça para o equipamento. – O dinheiro já está na conta da fábrica, se era só isso, pode se retirar. – Apontei para a porta enquanto fingia ler algum documento. Escutei ele suspirar, mas segui com um olhar quando ele estava de costas.

Soltei o ar que nem havia percebido que o prendia, as lembranças me invadiram, desde o momento em que nos conhecemos até o fatídico dia de hoje, tratei de afastar logo esse passado que luto todos os dias para esquecer. Escuto uma batida em minha porta e vejo minha amiga entrar por ela, assim que digo um "entre".

- Será que a senhora Presidente tem tempo para mim? – Diz Mai em tom brincalhão.

- Para você sempre. – Digo com um imenso sorriso e ela me abraça.

- Estava pensando em sair depois que o expediente acabar, com alguns funcionários, gostaria de saber Vossa Alteza gostaria de juntar a plebe? – Perguntou em um tom zombeteiro, sorri de lado.

- Para onde meus fiéis súditos desejam ir? – Entrei na brincadeira também.

- No Luke's. – Disse ela.

- No Luke's?! A lanchonete? – Perguntei achando estranho.

- Na verdade, o filho dele, o Guido, assumiu o lugar do pai e assim transformou em uma loja de drinks com pista de dança, à noite, já durante o dia continua a lanchonete que amamos – Esclareceu-me, mas o que eu notei foi que seus olhos brilharam quando ela fala em nosso conhecido.

- Então eu aceito, vou adorar revisitar a lanchonete. – Sorri para ela e ela saiu em direção a sua sala, ela era a Diretora do RH, era ela que indicava os melhores funcionários para nós da presidência ou da diretoria escolher.

Após o fim do expediente, encontrei minha amiga no hall de entrada e seguimos no carro dela até o local na qual havia me convidado.

Chegando lá, foi a maior algazarra, eles brincavam comigo, me faziam perguntas sobre Londres, adorei responder todas, bebi várias coisas diferentes, que confesso, me deixaram com uma alegria exagerada, procurei Mai com os olhos e vi que ela estava em um canto conversando com o atual gerente do Luke's, sorri ao ver a cena, minha amiga deve ter toda a felicidade do mundo,

Busquei meu celular em minha bolsa e chamei um Uber, em minutos o carro chegou, segui para a casa do meu pai, que seria meu por alguns meses, adentrei e segui direto para o meu quarto, tomei um banho e coloquei meu baby doll de cetim rosa, com a barrinha do short e da regata marrom, fiz uma trança e deitei, a fim de dormir, mas as imagens do que ocorrera logo após o almoço.

Suspirei frustrada, me virei para o outro lado da cama e forcei-me a me esquecer do ocorrido, depois de muito custo, senti meus olhos pesarem e tudo ficou escuro. 

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