Tudo passa... Ou talvez não? (p.16)

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Julieta

Chegando a sala de jogos vejo que Miguel, está conversando com Mia, a encaro e faço a minha melhor cara de amiga triste, sei que ela vai sair de perto dele.

Avistei Mia saindo de perto dele e comecei a me aproximar.

- Oi Miguel. Tudo bem?

- Oi Juli. – Respondeu me dando um beijo na bochecha. – Estou sim e você?

- Bem também. – Respirei fundo. – Posso falar com você?

- Claro, pode sim. – Esboçou um sorriso e olhando seu celular. – Pode ser depois? Agora preciso ir.

- Miguel... – Não deu tempo de eu continuar a frase e ele saiu às pressas.

Peguei meu celular e mandei uma mensagem para Joaquim.

Preciso de você agora. No mesmo lugar de sempre.

Encaminhei a mensagem e fui em direção à saída de sala de jogos. Depois de um tempo caminhando cheguei ao meu destino, era um contêiner vazio que há tempos o colégio não usava e situava-se atrás das dependências do mesmo e uma espécie de floresta.

Adentrei e Joaquim já estava à minha espera.

- Até que enfim chegou. – Veio em minha direção e me dando um selinho em meus lábios. – Estava com saudades.

- Aff, tão melodramático. – Esbocei um sorriso confiante. – Precisamos fazer algo em relação à Mia e Miguel, eles estão se aproximando de mais e não estou gostando disso.

- Amorzinho, calma eu tenho um plano. – Diz Joaquim.

- Fala logo. – O tom de minha voz sai entusiasmada.

Ele começa a falar e vou abrindo um sorriso com sua ideia. Ela é genial, como não pensei nisso antes.

- Então fazemos isso. O que achou? – Indaga-me

- Ela é perfeita. Matamos dois coelhos com uma, finalmente teve uma ideia boa. – Falo-lhe.

[Música on – Mi Delirio – Anahí]

Ele me beija freneticamente, ele passa a sua mão pelo meu corpo chegando em minha intimidade e afasta minha calcinha, pois estava de uniforme, e introduz dois dedos. Aquilo me deixa molhadinha e mais que depressa estamos sem roupa e em um vai e vem alucinante.

Depois de um tempo terminamos nosso ato, nos vestimos e saímos fingindo que nada aconteceu.

Eu tenho uma atração carnal por Joaquim, não passa disso, olho como se fosse um cachorrinho, pronto para fazer tudo que eu mando, mas ele sabe se fazer presente quanto solicito e necessito de um carinho a mais.

[Música off – Mi Delirio – Anahí]

Miguel

Depois que recebi a mensagem de Diego e de Geovanni me chamando para jogar bola, eu aceitei de bom grado, não jogava desde que meu pai faleceu, estava sentindo falta de correr atrás de uma bola e marcar alguns gols.

- Cheguei, fico em qual time? – Pergunto para os rapazes.

- No meu. – Diego fala – Nós seremos o time que jogará sem camiseta.

- Tudo bem. – Mais que depressa estamos posicionados no campo.

- Se prepara para perder Dieguinho. – Diz Geovanni.

- Vai sonhando. – Diego dá risada. – Já sabe se perder vai ter que cumprir a aposta?

- Você que irá cumprir. – Ele aponta com o dedo. – E desafio Miguel a fazer junto com você.

- Que aposta vocês estão falando? – Digo intrigado.

- Se eu perder, tenho que dar um selinho na professora Hilde. – Fala Geovanni. – E se eu ganhar vocês terão que dar. – Ele fala apontando o dedo para nós dois em sincronia.

- Sério? – Falo dando risada e olhando para Diego.

- Muito sério. – Ele me encara com as feições sérias. Depois começa a gargalhar olhando minha expressão de assustado. – Vem, vamos dar início ao jogo.

Iniciamos, marquei um logo de início, depois Geovanni marcou mais um, depois Diego. Por fim marquei mais um.

- Acho que vencemos. – Fala Diego dando um pulo de alegria.

- Não valeu, não valeu. Poxa, vocês dois são bons. Isso não valeu. – Fala Geovanni incrédulo.

- Vai ter que pagar a promessa, querido Geovanni. - Digo a ele ao meio de risos.

- Ahh vão a merda, vocês. – Cruza os braços igual criança mimada. – Nunca mais aposto com vocês dois.

Diego e eu nos acabamos de dar risada da situação.

- Ok, como sou um homem de palavra. – Fala com a mão no peito, como se fosse cantar o hino nacional. – Vou pagar o que apostei.

Então nós três nos dirimos a sala onde estava a professora Hilde, nos apoiamos na quina da porta e cochichamos:

- Vai lá Geovanni, sua amada lhe espera. – Digo para ele contendo uma gargalhada.

- Ahh cala boca Miguel. – Fala me dando um tapa na cabeça e solto um aii bem baixinho.

- Vai lá Geovanni, para de enrolação. – Diz Diego.

- Ok, ok. – Diz ele indo em direção a ela.

- Não acredito que ele vai fazer isso mesmo. Não acredito. – Fala Diego aos risos.

- Nem eu. – Começo a dar risada também.

Geovanni se aproxima da professora e começa a falar com ela, não consigo decifrar o que é, em seguida ele tasca um beijo e sai correndo.

- Corre que a onça despertou. – Diz ele com a cara de espanto, então começamos a correr e a professora atrás de nós.

Depois de um tempo correndo, damos um encontrão com o Diretor Antônio e ele nos encara fixamente.

- Por que estão correndo rapazes?

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