Saturday night, again (p.33)

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Miguel

Com o decorrer do dia de sábado, fiz várias coisas com meu tio, ajudei-o a cortar a grama, a aparar os arbustos de minha tia.

Depois de longas horas ao seu lado, fomos chamados por minha tia, para lancharmos e eu e Lupi, nos arrumar para irmos à casa dos Colucci e assim o fizemos. Chegando lá, fomos recepcionados por Diego e Roberta, eles formavam um casal lindo, totalmente o oposto um do outro mas lindo.

- Hey! Vocês vieram. – Disse Roberta.

- Acha mesmo que eu perderia de dar uma surra nesses panacas? – Disse Lupita apontando para mim e Diego, fazendo assim Roberta abrir um enorme sorriso.

- Vem, vamos entrar. – Por fim o anfitrião se pronunciou.

- LUPI! – Gritou Mia no topo da escada. – FINALMENTE VOCÊ CHEGOU! – Assim que chegou ao pé da escada se jogou nos braços de minha prima. – Não estava mais aguentando o mel desses dois. – Apontou para o casal de mais cedo.

- Ahh Barbie, nem vem. – Disse Roberta bagunçando seu cabelo.

- Para Robertinha. – Falou batendo na mão da cunhada e arrumando os fios que estavam fora do lugar, elas tinham uma relação amigável, mas não tanto e aquilo me fez rir.

- Cadê o Geovanni? – Questionou Mia.

- Ele teve um contratempo com o açougue de seu pai e logo chega. – Ela apenas assentiu.

Algumas horas se passaram e Geovanni havia se juntado ao grupo de amigos, passaram mais de quatro horas jogando e as meninas mostraram que eram ótimas no jogo de corrida que haviam escolhido para jogar.

- Bum! Ganhamos! – Disse Roberta.

- Meninas não sabem jogar. – Falou Mia com uma voz engraçada, relembrando o que Geovanni falara no início da noite, fazendo todos rirem, menos ele, que ficou com uma cara de tacho.

- Ai ai, estou com sono. – Pronunciou Roberta e as meninas concordaram.

- Acho bom todos dormirem certo? – Falou Diego e assentimos, pois já se passava das duas da manhã.

Chegamos ao quarto de hospedes onde seria meu por uma noite, fui ao banheiro vesti uma calça de moletom e uma camiseta de manga curta velha e fui em direção da cama, deitando nela comecei a pensar nos jogos, que jogamos e nas expressões de Mia, aquilo me fez abrir um largo sorriso, virei-me para o canto e dormi.

Acordei com barulhos de trovões, estava com muita sede e resolvi descer e beber um pouco de água.

Mia

A noite foi incrível, demos uma surra no Geovanni que estava se achando, dizendo que ele era bom em todos os jogos, mas na verdade ele não sabia perder.

Acordei no meio da noite assustada, olhei para a janela do meu quarto e vi que estava clareado com barulho de trovões.

Droga – Pensei, a cada clarão e trovão eu dava um pulo em minha cama, olhava para o lado para ver se alguma das meninas estavam acordadas, mas não, dormindo igual pedra. Peguei uma lanterna em minha mesa de cabeceira, pois acendi o abajur e estava sem energia.

Levantei-me e fui sorrateiramente para fora do quarto, desci as escadas e fui em direção a cozinha, mas a cada clarão um pulo eu dava, chegando lá vou até a pia, tentar me acalmar com um pouco de água. Escuto alguns barulhos vindo da sala de jantar, pego uma frigideira que está no gancho de panelas e sigo em direção ao som.

- QUEM ESTÁ AÍ? – Grito no meio da cozinha, nada de respostas. – EU ESTOU ARMADA! QUEM ESTÁ AÍ? – Nada novamente. Vejo uma silhueta masculina passando pela escada, pego a lanterna que está na cozinha, meu coração está completamente acelerado, vou em direção a escada que fica entre a sala de jantar e a sala de estar, pronta para dar frigerada em qualquer um que fosse.

- HEY! – Gritou Miguel, assim que me viu com frigideira em mãos. – O que você está fazendo? – Indagou-me.

- Eu, bem... – Droga por que não consigo falar direito na presença dele? – Vim tomar água e escutei alguns barulhos e AAAAAAAAAA! – Joguei a frigideira para o ar e me refugiei nos braços do menino a minha frente.

[Música on – Una cancón – RBD]

Aquele cheiro que ele emanava, me fazia nunca mais querer sair de seus braços, aqueles olhos me hipnotizavam, eu poderia ficar alí para sempre.

Céus, o que esse garoto está fazendo comigo? Eu nunca gostei dele tanto assim, Mia, para!

- Mia? – Ele me chamou e eu o encarei.

- Hm? – Foi o que eu consegui dizer no momento.

- Não me diga que está com medo desses trovões. – Olhou-me incrédulo, eu o soltei rapidamente.

[Música off – Una cancón – RBD]

- Para sua informação queridinho. – Fiz um sorriso sínico. – Eu tenho medo sim. – Quando terminei de falar mais um estrondo vindo do céu. – AAAA! – Gritei mais uma vez dando um pulo. – Bom se me der licença, caipira eu tenho que voltar dormir, sabe como é: É difícil ser eu. – Girei meus calcanhares sem dar tempo dele dizer um a, e subi novamente para meu quarto, fui praguejando até deitar-me e fechar novamente meus olhos e depois disso vi só escuridão. 

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