O dia em que tudo começou... (p.5)

56 8 0
                                    

Quase caindo ao chão senti dois braços me segurando, quando olhei era Miguel, meio clichê né? Mas gostei de ele ter me salvado outra vez, enquanto estávamos nos fitando chegou alguém com uma lanterna e questionava:

- O que vocês estão fazendo aqui?

Assim que consegui descer dos braços dele encarei o homem que esbravejava. Então sem demora eu tentei me explicar.

- Di-diretor Antônio, nós... Nós... – Fique sem nada em minha cabeça para poder explicar e segurando um sorriso da situação em que ele se encontrava, com o cabelo grisalho bagunçado, com um pijama azul de ovelhas brancas e de pantufa de vaquinha, aquelas holandesas. Ele interveio e falou:

- Os dois, para minha sala, agora.

E fomos os dois seguindo o diretor e segurando o riso, pois o roupão do diretor estava todo enrolado na par, mas não deu muito certo, pois como não sei conter os risos e minha gargalhada é alta, acabei soltando um grunhido entre meus dedos e do nada ele parou no meio do corredor e virou-se:

- Quer nos contar a piada que está passando em sua cabecinha senhorita Colucci? – Olhou-me com a expressão de zangado, então respondi:

- Claro que não senhor diretor, não é nada. É... é que estou rindo de nervoso. É isso, estou rindo de nervoso. – O Antônio deu de ombros e continuou andando.

Miguel se aproximou e cochichou: - Você mente muito mal sabia? – Em seguida eu falei e fiz o sinal de shiii, levando o dedo em minha boca.

Chegando na direção ele nos encarou e perguntou:

- Então, quero uma explicação. – Respirou fundo. – O que os senhores estavam fazendo sozinhos na cozinha da cantina?

Respirei fundo e quando iria responder, contar a verdade, parece que Miguel leu meus pensamentos e interveio, para não me colocar em encrenca.

- Eu estava sem sono, então resolvi ir no quarto de minha prima a Lupita, para ver se ela estava acordada, precisava conversar com ela, mas quando iria bater na porta, ela – fez sinal para mim com o dedo polegar – abriu antes e ela estava indo pegar água na cozinha, então acompanhei ela para conhecer melhor o colégio.

- Isso explica uma parte. – Antônio respirou fundo, coçando a testa com uma mãe e a outra na Cintura. – E o que ela fazia em seus braços, quando eu cheguei.

- Avistei um pote de doces em cima do armário, e queria um então pedi a Mia para que ela pegasse um para mim e um para ela, – ele respirou fundo - então por ser um toco de gente, - quando falou isso meu sangue ferveu e fiz mais um bico e o encarei com raiva por um instante e afastei todo e qualquer sentimento bom que tinha por ele – ela se desequilibrou e caiu da cadeira. Foi isso que aconteceu, peço desculpas se fiz algo de errado.

- Certo, certo. – Respondeu o diretor. – Por ser tarde da noite e eu estou com muito sono, não vou dar castigo para os dois, então vão dormir que amanhã tem aula. – Assenti com minha cabeça e saímos da sala de Antônio. 



--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

P.S.: Comentem o que estão achando, sua opinião é de grande valia. <3 <3

Você de novo?Onde histórias criam vida. Descubra agora