Otro día que vá (p. 40)

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Alguns anos depois...

Alguns anos depois

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- Eu não posso ir. – Estava ao telefone com meu irmão, andando pelos corredores da empresa de meu pai em Londres. – O amarelo. – Falei para minha assistente de confecção que perguntava qual cor do tecido ficaria melhor.

- Por favor Anahí, eu preciso desse tempo com a Dulce, ela está grávida! – Sorri ao lembrar que minha cunhada estava grávida, os dois casaram-se no final do ano passado e já estão esperando um bebê.

- Mas Christopher, estamos quase lançando a nova coleção, o desfile já está próximo, é semana que vem. – Suspirei e meu irmão suspirou também. – Tá, tá... Vou cuidar da empresa aí, enquanto você tira as suas férias, para cuidar de Dul e da bebê.

- Já falei que você é a melhor irmã do mundo? – Falou do outro lado da linha comemorando, sorri.

- Hmm, hoje não. – Me fiz de desentendida, escutei ele sorrir do outro lado. – Se cuidem. – Disse e logo depois encerrei a ligação, entrei em minha sala que era a presidência e sentei-me em minha cadeira, atrás de mim tinha uma vista linda de Londres, olhei para o céu e ele estava nublado como de costume nessa época do ano, aqui a maior parte dos dias chove.

Alisei minhas têmporas, sentia uma leve dor se formar, procurei em minha gaveta um remédio, para que isso não piorasse ao decorrer do dia e eu ficasse insuportável.

Ouvi algumas batidas em minha porta e vi minha assistente entrar.

- Any, temos que ter a sua autorização em alguns documentos para a realização do desfile. – Estava pensando em nomear alguém, nada melhor que Martina, minha assistente, ela conhece a empresa como a palma da sua mão.

- Martina? – A chamei e tive toda a sua atenção para mim. – O que acha de comandar a empresa enquanto eu estiver no México?

O barulho do avião pousando me deu duas sensações totalmente distintas. A de alegria, pois estava voltando para casa e a de tristeza, pois foi aqui que descobri que o amor da minha vida, quer dizer, a pessoa que eu achava que iria ficar pelo resto dos meus dias, não era a pessoa certa para mim, senti minha garganta fechar ao lembrar daquele fatídico dia, espantei esses pensamentos, não sabia o que Alfonso estava fazendo e certamente não queria saber.

Saindo do portão de desembarque vi uma placa enorme com meu nome nela, sorri ao ver que todos vieram me buscar, Mai, Dul, Ucker e meu pai, apressei os passos e demos em um abraço em grupo.

- Senti tanta saudade de vocês. – Falei por fim.

- Se viesse nos visitar com mais frequência, não sentiria. – Dulce se pronunciou, percebi que ela teve que adotar a cor natural de seus fios de cabelo, pois poderia fazer mal ao bebê.

- Como sempre afiada, não é dona Dulce Maria? – Sorri ao perceber que ela não gostou nadinha da menção à palavra dona.

Conversamos durante o trajeto todo, contei como andava o progresso da filial em Londres e sobre a nomeação de Martina, meu pai e meu irmão ficaram muito contes com a minha escolha, pois de fato ela conhecia empresa tanto quanto eu.

Após a minha chegada em casa, Nana estava preparando o nosso jantar, fiz questão dela se juntar a nós, juntamente com Sara, fiquei feliz que depois de anos papai tomou coragem e à pediu em namoro.

Depois de me despedir de todos, subi em direção ao meu quarto, quando abri a porta vi que tudo estava em seu lugar, minha cama de frente à porta, meu closet com as prateleiras e cabides vazios e meu banheiro, tomei um banho um rápido e me deitei, logo senti meus olhos pesarem.

No outro dia acordei com os raios de sol adentrando pela porta de vidro da varanda, acabei esquecendo de fechar as cortinas, escutei suaves batidas e uma voz que reconheci bem.

- Acorda senhorita Anahí, estão esperando a senhorita levantar para tomarem café em família. – Nana dizia do outro lado da porta, respondi um Ok e fui em direção ao banheiro para fazer a minha higiene matinal e segui para a sala de jantar, após isto peguei minha bolsa e fui para empresa, pois de fato iria começar hoje mesmo, isso era uma faixada para que eu não pensasse nele.

Sai do meu carro, bem meu pai me emprestou um durante a minha estadia aqui na Cidade do México, estava prestes a pisar no último degrau quando acabei tropeçando e fui amparada por braços devidamente cobertos por um blazer de cor cinza escuro, voltei meu olhar para aqueles olhos verdes que conhecia de quem era.

- Você...

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