Amor

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Flávia não sentia nenhuma vontade de interromper aquele contato mais íntimo que estava tendo com Guilherme. Diferente disso, estava amando todas as sensações que estavam sendo despertadas em cada parte de sua pele, do seu corpo...

Mas, um alerta vermelho começou a piscar em sua mente: Guilherme não negou um envolvimento com Rose, quando questionado, apenas desconversou.

Não estava disposta a ser amante, tendo-o apenas escondido em sua cama, por mais que quisesse, e muito, continuar o que havia começado com ele.

Com muito esforço, obrigou suas mãos a soltarem os cabelos curtos dele e seu corpo a se afastar das carícias maravilhosas que ele fazia na pele sensível de seu pescoço.

Ele a fitava com uma súplica no olhar, ainda com uma mão apertando-a no quadril e outra emaranhada em seus cabelos. Não queria parar. Queria tê-la outra vez em seus braços chamando seu nome enquanto sentia e lhe dava prazer. Queria se fundir a ela até se tornarem um só. Queria devorá-la até que ela sentisse o mesmo desejo e amor que ele sentia por ela.

Porém, ela parou, com a respiração descompassada, desviou os olhos dos dele, desceu de seu colo e se sentou novamente no banco ao lado, ajeitando a saia.

- Eu fiz alguma coisa errada? – Perguntou desesperado de desejo e medo.

- Não! – Olhou a estrada escura pela janela - Você pode me deixar na Paula? Eu combinei de dormir na casa dela hoje – Estava agoniada, não podia olhar para ele senão voltaria a beijá-lo como fazia há alguns minutos.

- Flávia! – Chamou-a com a voz doce, aproximando sua mão do queixo empinado dela, fazendo-a o olhar nos olhos – Olha para mim! – Pediu.

- Vamos, por favor! – Implorou, desviando os olhos para a janela novamente. Sem querer força-la a falar, mesmo a contragosto, decidiu atender o pedido.

Após passar as mãos em seus cabelos bagunçados, ele ligou o carro e seguiu a viagem - totalmente silenciosa - até o grande prédio de Paula.

Assim que o carro parou, Flávia fez menção de descer, mas Guilherme a segurou pelo braço, ansioso.

- O que foi que aconteceu? Me fala, por favor! – Insistiu.

- Guilherme, eu estou cansada. Eu quero entrar! – Desconversou. O homem apenas assentiu chateado, assistindo, contrariado, ela sair do carro, após acenar rapidamente, e entrar no prédio.

Flávia estava inquieta quando entrou no amplo apartamento de Paula, que estava com seu pijama de seda e creme no rosto.

- O que foi que aconteceu, Flávia? – Perguntou após fechar a porta – Você está com uma cara estranha.

- Eu e o Guilherme...a gente quase...transou – falou enquanto se sentava no sofá.

- Sério?! – Perguntou surpresa – E por que 'quase'? – Quis saber.

- Eu parei – Confessou.

- E por quê? – Franziu o cenho – Não sentiu vontade?

- Não, não é isso – negou rapidamente – foi maravilhoso – sorriu sem mostrar os dentes - Eu queria continuar, mas...é que eu perguntei diversas vezes a ele se existe alguma coisa entre ele e a Rose e.... ele não negou. Não quero me tornar amante, Paula...servir apenas para o divertimento dele.

- Garota, se ele não assumiu com todas as letras que está com a magrela lá, você não se tornaria amante dele; e se você estava com vontade e não sente nada por ele, qual o problema de se divertir um pouco? – Indagou enquanto enchia duas taças com vinho branco.

Ainda Amo Você - FlaguiOnde histórias criam vida. Descubra agora