Depois de receber a notícia sobre o bloqueio de seus bens e dinheiro, Guilherme murmurou um "espere" para seu melhor amigo, Luca, e andou com passos duros até a sala da presidência - agora ocupada por Antônio.
Uma vez que Regina não estava em sua mesa, Guilherme entrou na sala da presidência sem ser anunciado, deparando-se com Antônio perceptivelmente perdido com as funções do cargo de presidente. Ao ver seu antigo amigo entrando na sala furioso, o rapaz se levantou da cadeira tão cobiçada e olhou para Guilherme com deboche.
- A que devo a honra? - O rapaz disse com um sorriso no canto dos lábios.
- Por que você bloqueou minhas contas? - Perguntou, irritado.
- O que deveríamos fazer, Guilherme? - Antônio riu sem som, olhando sarcasticamente para o homem de um metro e noventa parado a poucos passos dele - Você correu para comunicar sua saída da empresa para a imprensa e, com isso, muitos contratos foram cancelados, as ações caíram. Precisávamos agir antes que o prestígio da minha empresa fosse minado por você - Guilherme travou o maxilar, furioso - Queria que ficássemos de braços cruzados vendo você destruir a MB? - Antônio riu - O que aconteceu? Destruímos os seus planos? Por isso está bravo?
- Então, esta é a sua manobra para se vingar de mim... me caluniando?
- Se você estivesse sentado nessa cadeira, faria o mesmo - Afirmou, olhando Guilherme com obviedade.
- Não fiz e nunca faria isso com alguém injustamente, porque tenho caráter, Antônio, o que você e sua família parece não ter - Cuspiu as palavras, irritado.
- Você não faz tudo sozinho? - Indagou, com raiva - Afinal, tudo dá certo para você, você não precisa de ninguém. Recomece. Aí está a oportunidade. Vamos ver o que você pode fazer sem nós.
- Antônio - Guilherme falou suavemente, mas com os olhos brilhando de raiva -, não se preocupe comigo, preocupe-se com você, afinal, terá que dirigir esta empresa sem mim. Não terá mais a mim para fazer o trabalho duro, enquanto você se exibia por aí. Estou curioso para ver o que você vai fazer! Ficarei feliz em assistir seu castelo ruir - Saiu da sala, sem se despedir.
Antes que pudesse voltar ao seu apartamento para arrumar suas coisas e ir embora, Guilherme - ainda com o sangue fervendo de raiva pela discussão que teve com Antônio - ouviu longe a voz assustada de Flávia lhe chamando, o que varreu toda a sua irritação para fora de seu corpo.
- Guilherme! - Ela o chamou mais uma vez, fazendo-o parar e virar-se para ela que caminhava na sua direção - Gui! - Ela falou, ofegante e preocupada - É verdade o que a Teca está espalhando por aí, que você está sendo processado e foi despejado?
- É verdade! - Ele confirmou, tristemente.
- Eu não posso acreditar nisso... Eu não sei o que dizer. Como eles puderam fazer isso? - Ele apenas comprimiu os lábios em uma linha reta - Gui, eu sinto muito - Flávia disse num fio de voz, com os olhos marejados - Se eu pudesse fazer algo para parar tudo isso, mas... é tudo culpa minha...
- Flávia, já conversamos sobre isso... nada disso é culpa sua e nada disso me incomoda. Deixe-os fazer o que quiserem. Vou encontrar uma maneira de resolver tudo.
- Não... você diz isso para me acalmar. Se eu não tivesse entrado na sua vida novamente, se eu não tivesse começado a trabalhar aqui, você ainda seria o presidente - Ela disse sem conter uma lágrima que escapou de seus olhos - e não estaria sendo expulso da empresa que construiu do zero e nem de sua casa.
- Flávia - Ele levou seu polegar até as bochechas molhadas pelas lágrimas - Que bom que você voltou para a minha vida. Se você soubesse como era chato sem você - Disse docemente - Não estou arrependido e você também não deveria estar. Pare de ficar triste por causa disso. Você é minha casa - Falou a última parte num sussurro que ele não teve certeza se ela ouviu, pois, a garota continuou aflita.
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Ainda Amo Você - Flagui
RomanceEm que Flávia se divorcia de Guilherme quando ele decide sair do emprego e se dedicar ao projeto de seu app. Em que Guilherme se torna um dos empresários mais ricos do RJ, após receber o investimento em seu app e se divorciar de Flávia. Um reencontr...