Cap 3 | KATY FERRARO

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Cheguei ao elevador em tempo recorde, porém, tenho certeza de que ouvi um som de descontentamento atrás de mim, um resmungo em forma de xingamento.

O que é?

Ele quem disse que não volta atrás e que eu poderia estar em um encontro mais promissor. Não vejo problema nisso. Ele não precisa saber que vou embora para casa, fracassada, em minha primeira vez com um cliente estranho pra caralho.

Assim que entrei no elevador e me virei, encontrei-o com os braços cruzados, me observando. Fiquei intrigada com aquilo, aqueles eram os braços mais enormes que eu já havia colocado meus olhos, mas lembrei-me que não sou seu tipo.

— Espere, só estou um pouco cansado... — ele disse casualmente — fique para uma bebida, pelo menos.

O quê?

Ele acha que é assim?

— Por que você tomaria uma bebida com uma mulher que não faz seu tipo e que não te atrai? — questionei-o — Porque foi isso que entendi.

Nessas horas a minha insolência me colocava em maus lençóis. Eu não sabia me calar nas horas que eram necessárias.

— Você faz muitas perguntas e isso não é nada bom. — Ele retrucou imperativamente.

— Como se você fosse respondê-las de alguma maneira... — rebati.

O que estava acontecendo?

Ele semicerrou seus olhos em minha direção e caminhou até a porta do elevador, agarrou-me pelo punho, puxando-me para dentro novamente. O toque de seus dedos não foi suave, mas levaram uma onda de eletricidade por todo o meu corpo. Caminhando comigo até o sofá, induziu-me a sentar. Sim, ele não perguntou se eu queria me sentar, simplesmente me empurrou para o móvel.

— Sou Aleksios Dobrev. — Murmurou seu nome.

Realmente, russo.

O nome girou em minha cabeça, parecia interessante, mas, não era um bom negócio... então, em minha mente, o chamaria de Alek.

Eu poderia sonhar um pouco.

— Humm, meu nome é Katy. — Não disse meu sobrenome, isso não era importante.

— Só isso? — perguntou intrigado — Nome de trabalho?

— Podemos dizer que sim. — Não dei mais detalhes. Isso não é uma coisa pessoal para se tratar com um estranho e isso era o que estava nos documentos falsos que possuía.

— O que quer beber?

Sou um fiasco para bebida. Não poderia me exceder mais do que duas doses, uma terceira seria minha ruína e em uma quarta eu estaria perdida.

— O que você beber. — Respondi confiante e ele me devolveu um olhar questionador, como se me perguntasse com os olhos se isso era mesmo sério.

— Bebo coisa forte — ele disse — algo que uma mulher não beberia e eu também não permitiria de qualquer forma. — Concluiu, me deixando confusa.

— O quê?

— Há algum coquetel que goste? — ele respondeu com outra pergunta.

— Pode ser um vinho, está bom para mim. — Pedi e ele acenou.

— Você parece tensa... — ele comentou, seu olhar fixo em mim.

Ótimo, caralho!

O homem me leu? Analisou-me por uns minutos e percebeu que eu estava receosa? Sou tão transparente assim?

Puta merda!

— É só uma impressão sua. — Tentei desviar, mas a minha voz traiu meu nervosismo.

DOMINIUM  - A PERDIÇÃO DO PAKHAN.  VOL 1( EM ANDAMENTO )Onde histórias criam vida. Descubra agora