Capítulo 6 | KATY FERRARO.

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Ele ainda respirava fortemente contra meu ouvido, recuperando o fôlego... aquele monte de músculos em cima de mim era uma perdição grande demais para o meu próprio bem.

Levei minhas mãos para suas costas e passei a ponta das minhas unhas devagar, observei seu corpo arrepiar-se com aquele pequeno gesto, por aquele pequeno toque... suspirei em seu ouvido e dei um apertão em sua bunda. Meu Deus, isso sim era uma bunda digna de um macho: dura, coxas grossas, tudo nele é perfeito.

— Nada mal, Alek! — disse pressionando sua cintura com minhas pernas ao redor dela.

Ele ergueu-se com uma expressão diferente e saiu de dentro de mim. A camisinha estava cheia, parecia que fazia tempo que ele não gozava de verdade.

— Você é um homem viril, a mulher que se casar com você um dia, terá sorte. — Tentei soar descontraída enquanto me ajeitava no sofá, mas minhas palavras pareciam sem vida, vazias.

Ele me encarou por um momento antes de responder, e o olhar dele me fez sentir um calafrio.

— Eu nunca vou me casar, de onde tirou essa ideia maluca?

Ele falou com tanta convicção que me fez rir, mas foi um riso sem graça, porque todo homem diz isso no final das contas. Então não dei muita importância para esse fato, quando ele diz que nunca vai se casar.

Ele buscou por suas roupas e eu comecei a procurar pelas minhas tentando disfarçar a sensação de desconforto que crescia dentro de mim. Eu estava exposta, vulnerável, e não sabia como lidar com isso.

— Foi bom para você? — A pergunta dele me pegou de surpresa. Ele estava mesmo me perguntando se ele havia me... Senti uma pontada de irritação misturada com algo que não consegui identificar.

— Sim, foi ótimo! Você pode se considerar um FDS. — Respondi de maneira automática, sem colocar muita emoção nas palavras.

— Um o quê? — perguntou com uma expressão confusa... e eu confesso: estava me divertindo com aquilo.

— Descubra. — Soltei, em um tom brincalhão. Ele bufou, e eu percebi que minha provocação não teve o efeito desejado.

— Eu nunca perco o controle dessa maneira... — ele murmurou mais para si mesmo, mas eu ouvi claramente. Aquelas palavras me atingiram de forma estranha, como se eu tivesse feito algo errado.

Achei minha calcinha, meu sutiã e comecei a vesti-los.

— É bom perder o controle às vezes, Alek. — Respondi, tentando soar indiferente, mas a verdade é que eu estava começando a me sentir desconfortável com toda a situação.

— Meu nome é Aleksios. — Ele corrigiu, rosnando o nome, como se quisesse impor uma distância maior entre nós.

— Até agora pouco eu te chamava de Alek, é bom variar também. — Dei de ombros, mas meu tom era quase apático. Eu estava tentando manter a compostura, mas ele estava me afetando de uma maneira que eu não esperava.

— É muito insolente...

— E você gosta. — Cortei-o, sem realmente acreditar nas minhas palavras. Eu estava tentando retomar o controle, mas sentia que ele estava escapando entre os meus dedos.

Ele me lançou um olhar duro, e eu senti o peso da situação começar a me sufocar.

— Faz isso com todos os seus clientes?

DOMINIUM  - A PERDIÇÃO DO PAKHAN.  VOL 1( EM ANDAMENTO )Onde histórias criam vida. Descubra agora