Corvos

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Há mais ou menos uma semana atrás tudo voltou ao normal, porém duas vidas não deveriam voltar a ser como eram antes e não voltaram, essas vidas pertencem a Hinata e Itachi, eles que descobriram um novo sentimento entre eles durante a convivência, contudo não poderiam vive-lo pois era proibido, sujo e incabível que a relação deles tivesse futuro.

Todavia, era pedir demais que apenas esquecessem um do outro, pois o sentimento estava ali dentro, grudado na alma e que nem mesmo um jutsu poderoso poderia apagar.

Ventava forte onde estava, no topo daquela colina, Itachi deixava o vento lhe atingir o rosto, afinal não eram ventos gerados com o chakra de algum ninja. O vento soprava para longe as lembranças constantes de sua e não sua Hyūga, suspirou baixo para não atrair a atenção de Kisame, que desde a sua volta lhe tinha feito mais de mil perguntas.

- Apenas a morte! A última coisa que desejo para você. - Pensou triste, sabendo que mesmo que conseguisse uma brecha para se despedir, ela não recordaria de nada.

— Anda pensativo meu amigo, mais que o normal. - Comentou, Kisame. Itachi ignorou o comentário do amigo pois ele sabia que se resolvesse desabafar com o espadachim, o mesmo iria fazer milhares de comentários com alguma saída para que Itachi pudesse viver com ela. — Parece que você está sem paciência! - Continuou o espadachim. — Sabe que se precisar, estou aqui.

— Encontrou o lugar?

— Vamos. - Resolveu deixar de lado a conversa com o Uchiha.

Os dois começaram a caminhar em silêncio, Kisame respeitava Itachi e o conhecia o suficiente para saber que o amigo queria silêncio e precisava de um tempo para pensar.

A longa caminhada teve o seu fim quando chegaram próximo a caverna em que os nukenins da vila da Pedra estavam. Esperaram o anoitecer chegar para que todas as vítimas estivessem unidas naquele esconderijo e quando todos estavam naquele local a dupla de renegados deu início ao plano.

Kisame jogou a Samehada esconderijo adentro, acertando em cheio o corpo do líder dos nukenins e assustando os demais que prepararam-se para o combate, mas que não tiveram muita reação pois olharam nos olhos do Uchiha, Kisame deu tempo apenas para Itachi sair da caverna e segundos depois transformou o esconderijo em um mar, um mar de corpos.

Fora da caverna, Itachi estava a uns passos distante, caminhava calmamente enquanto processava a ideia de mais mortes em sua consciência. Ele não era bom, não servia de exemplo, não poderia ter amado, não deveria querer uma segunda chance, não deveria querer viver novamente.

Pôs a mão em seu peito, em cima do coração e puxou o pano do manto, ele queria gritar, queria ir até ela, a sua calmaria mas não podia.

— Droga.

— Está tudo bem com você? Está sentindo alguma dor? - Kisame, indagou preocupado com a saúde do amigo.

— Eu estou bem. - Mentiu. — Vamos.

— Tudo bem. - Optou por não se intrometer.

(...)

Acordou de bom humor, hoje finalmente sairia para uma missão.

Seria dentro da vila, mas poderia voltar a atuar como kunoichi, além do fato de que hoje era o último dia dos seus exames.

Sim, ela estava desde o dia de seu regresso sendo obrigada a fazer exames para descobrirem o que aconteceu com ela, mesmo que estivesse sendo obrigada a fazer os exames, uma parte dela queria comparecer pois queria saber o que era aquele branco em sua mente.

Enfim, Hinata tomou o café da manhã com o Ko pois Hiashi levou Hanabi para uma reunião de clã e Neji estava em uma missão. Saiu da casa após uma amistosa conversa com seu cuidador e seguiu caminho para a casa de uma senhora, essa senhora é uma moradora da vila, que perdeu todos durante as guerras ninjas e que por solidão e precisão, decidiu comprar uma missão, nessa compra ela deixou claro que queria somente a companhia de uma boa pessoa para passar o dia, e essa missão foi designada a Hinata.

Conheci o "monstro"Onde histórias criam vida. Descubra agora